Corpo de bombeiros promove ajuda humanitária no terremoto na Turquia

Acionado via Itamaraty, pela terceira vez, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), vai figurar no cenário internacional de ajuda humanitária em países que foram devastados por desastres naturais.

A corporação segue como referência nesse tipo de atendimento e conta com a expertise de especialistas que vivenciaram grandes ocorrências em Moçambique e no Haiti.

Seis militares do CBMMG, que integram o Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad), irão se juntar a equipes de bombeiros de São Paulo e do Espírito Santo. A equipe já está em São Paulo, participando das reuniões de briefing e preparação. O embarque para Ancara, capital Turca, será por meio de uma aeronave cargueira da Força Aérea Brasileira, ainda sem previsão de decolagem.

A equipe mineira será chefiada pelo major Heitor Mendonça e atuará junto aos outros militares brasileiros em ações de gestão em desastres, aplicando o conhecimento de busca em escombros, podendo também contribuir nas atividades de planejamento e inteligência, mapeamento estratégico, georreferenciamento, busca aérea, distribuição de alimentos, desobstrução de vias, dentre outras missões características deste tipo de evento.

https://youtu.be/pO9GlYvU914

Equipamentos

Devido às características da tragédia, os militares avaliam a possibilidade de encontrar pessoas com vida, por isso irão munidos de equipamentos autossuficientes de iluminação, baterias de rompimento, martelo rompedor, moto rebolo, equipamentos específicos para busca.

O major Heitor explica que o terremoto gera a possibilidade de espaços isolados, os chamados bolsões, que permitem que haja sobrevivência por mais tempo. Exatamente por isso, eles correm contra o tempo para que consigam embarcar o quanto antes para ajudar a encontrar pessoas com vida.

A missão é coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), responsável pela cooperação humanitária do Governo Federal, em colaboração com os Corpos de Bombeiros Militares.

‘Parecia um trovão’, diz morador de Congonhas que presenciou terremoto

O terremoto que atingiu Congonhas, cidade da região Central de Minas Gerais, na noite desse domingo (15), foi sentido como um “trovão”, na análise do inspetor de manutenção elétrica e presidente da associação de moradores do bairro Basílica, David Junior Souza Carmo, de 36 anos.

David conta que estava trabalhando em seu quarto, quando, por volta das 22h, percebeu que objetos em sua cômoda haviam se movimentado. “Eu também vi minha janela tremer. Foi algo que durou por volta de três segundos”, de acordo com ele.

Segundo David, o barulho se assemelhou a um trovão, mas, “ao olhar para o céu e não ver nenhuma nuvem”, imaginou que se tratava mesmo de um tremor de terra. Ele conta que relatou o caso em suas redes sociais, e diversas pessoas comentaram ter sentido o estremecer em diversos bairros também, como o Pires, Bom Jesus, Dom Oscar e Boa Vista.

Apesar de muitos moradores terem achado que o tremor tinha relação com a barragem Casa de Pedra, pertencente à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), esse não foi o temor de David.

“Como a sirene não tocou, eu fiquei mais tranquilo”, contou. A Defesa Civil da cidade e a própria empresa informaram que a barragem está segura e que não corre qualquer risco.

Evento é normal, segundo especialistas

Professores do Instituto de Geociências (IGC) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) confirmaram que o fenômeno tratou-se de um terremoto, mas alertaram que o evento é normal.

“Tremores como este ocorrem no Brasil inteiro com regularidade e podem ser provocados pelos movimentos da crosta terrestre que atuam em escala global. É um mobimento de micro placas”, destacou o professor Allaoua Saadi, do IGC.

“Podem ocasionar pequenas rachaduras em casas ou um mal estar momentâneo em quem o presencia, mas não é nada de muito preocupante”, pondera.

O professor Luiz Guilherme Knauer corrobora a afirmação de Saadie complementa que, “com essa escala, as pessoas podem sentir algo vibrar em casa ou perceber que algum objetivo caiu, é algo muito comum”, observa.

Monitoramento

A prefeitura de Congonhas informou, por meio de nota, que também esteve na barragem e confirmou o tremor de terra. “A Prefeitura e a Defesa Civil reforçaram o patrulhamento e a vistoria no local, para seguir acompanhando de perto quaisquer procedimentos e possíveis novos tremores”, disse em nota.

A CNS informou ao O TEMPO que não detectou nenhum tremor na cidade. “O monitoramento realizado permanentemente não verificou nenhuma anomalia na barragem Casa de Pedra que permanece segura e estável”, informou a empresa.

O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado na noite de domingo. Militares estão na região também.

FONTE O TEMPO

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