Mineradoras, Gerdau, PMOB e ADESIAP buscam alternativas para tráfego de caminhões e diminuir impactos de mega investimentos

Nesta quarta feira, dia 28/02, os representantes das empresas Gerdau, CDA (Grupo Avante), LGA Mineração, Minas Mineração, ADESIAP-OB, MMLOG, Infraplan se reuniram na Prefeitura de Ouro Branco juntamente com o Prefeito Hélio Campos e o Secretário de Meio Ambiente Neilor Aarão.

A reunião teve por objetivo alinhar a proposta que vem sendo discutida desde 2002 que prevê a realização do ESTUDO DE VIABILIDADE VIÁRIA DO TRANSPORTE DE MINÉRIO na região do Alto Paraopeba e Inconfidentes, criando uma rede alternativa para desenvolvimento dos planos de expansão das empresas mineradoras sem impactar as rodovias públicas como a MG030, MG443, MG356, MG129 e a BR040.

O estudo ainda visa integrar esta alternativa junto a rodovia do minério que ligara a região até próximo a Belo Horizonte reduzindo consideravelmente o fluxo de carretas nas rodovias públicas, como na BR040. A proposta deverá ser concluída em até 90 dias, que obteve total apoio dos participantes inclusive para seu custeio. O produto dos estudos será apresentado para as Prefeituras da região, Governo do Estado de Minas Gerais e Ministério Público Estadual, e pretende servir de plano orientador para elaboração da infraestrutura viária denominada de “Rodovia do Minério”, podendo inclusive servir de base para estabelecer parcerias público privadas entre as empresas mineradoras, município e governo do estado. Na oportunidade, o prefeito Hélio Campos destacou que a integração das empresas no desenvolvimento do projeto reduz os custos e possibilita o desenvolvimento sustentável na região.

O secretário de Meio Ambiente Neilor Aarão enfatizou a importância da construção compartilhada de alternativas, considerando o interesse de cada empresa em seus projetos de expansão juntamente com o interesse público para que as empresas possam expandir com mais segurança no horizonte de pelo menos 30 anos, reduzindo ao máximo os impactos causados pela atividade mineradora, sobretudo nas rodovia públicas. Para elaboração dos estudos, serão utilizados sistemas americanos de informação e geração de dados, além de uma equipe técnica altamente qualificada.

Réveillon ou férias no Rio? Passeio já começa com estresse na Grande BH

BR-040 rumo ao RJ tem pior trecho a partir de Nova Lima. Tráfego pesado de carretas, asfalto deteriorado e trânsito de estradas vicinais são alguns dos desafios

Carretas abarrotadas de minério se espremendo na pista que deveria ser de trânsito rápido, enquanto seus motoristas tentam fugir do asfalto esmagado da faixa da direita; carros, caminhões, caminhonetes, tratores e até carroças entrando e saindo de vias rurais, levantando nuvens de poeira e espalhando barro dos pneus; tudo isso em via estreita, com segmentos sem acostamentos e pontes apertadas. Logo de início, a viagem de Belo Horizonte rumo ao litoral do Rio de Janeiro pela BR-040 já exige toda capacidade dos motoristas. Nesse percurso, o segmento entre Nova Lima, na Grande BH, e Conselheiro Lafaiete, na Região Central, é o pior, segundo a pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) de Rodovias 2023.

Com base nos mapas produzidos nesse levantamento, a reportagem do Estado de Minas vem publicando um guia com as condições dos principais roteiros procurados pelos mineiros para os recessos de final de ano e férias de janeiro. Na primeira reportagem da série, o Estado de Minas mostrou as condições da BR-381, para o Vale do Aço, Porto Seguro (BA) e São Paulo. Na sequência, as sofríveis condições da BR-262 rumo ao Espírito Santo e um alívio na direção do Triângulo Mineiro. Nesta edição, o trabalho mostra o estado da BR-040, até Brasília e Rio de Janeiro, além das condições da BR-135, até Montes Claros, da BR-356, para Ouro Preto, e da MG-050 com destino à região do Lago de Furnas, no Sul de Minas.

O estudo da CNT revela que Minas tem 43,1% das rotas examinadas com condições de pavimentação, sinalização e geometria ruins ou péssimas, enquanto 35,6% são classificadas como regulares e apenas 21,3% em situação boa ou ótima. Esses percentuais representam a média dos três critérios, referidos no levantamento como “condição geral” da via. O estado geral da BR-040 e da BR-101 a partir de BH, nos 459 quilômetros avaliados na viagem para a capital fluminense, é considerado regular em 243 quilômetros (53%), bom em 195 quilômetros (42%) e ruim em 21 quilômetros (5%).

O trecho de condições gerais ruins fica entre Congonhas e Conselheiro Lafaiete, sendo que um segmento ainda maior, quando se observa apenas a questão da conservação do pavimento, se encontra com classificação ruim devido a buracos, trincas, remendos e afundamentos. São 55 quilômetros da BR-040 entre Nova Lima e Ouro Branco. Há também classificação ruim de pavimento nos 40 quilômetros da mesma rodovia que separam Santos Dumont de Juiz de Fora.

Estrutura projetada se tornou obsoleta

Um dos integrantes do movimento SOS BR-040, que há 10 anos busca soluções para a rodovia, Sandoval de Souza Pinto Filho descreve inúmeros problemas no trecho mais crítico, entre o trevo da estrada de Ouro Preto (BR-356), em Nova Lima, e o trevo de acesso a Ouro Branco, após a cidade de Congonhas. “É nítido que o volume de veículos que trafega pelas pistas supera muito o projeto da estrada, que, onde foi alargada, na verdade, só recebeu parte do antigo acostamento. Com isso, não há mais acostamento em vários trechos”, observa.

A intrincada rede de acessos rurais que despeja desde veículos agrícolas a cavalos na rodovia é um dos problemas que o ativista destaca para a insegurança e conservação desse segmento. “Aquilo é um trem fantasma. Uma série de acessos irregulares, que piora já em Congonhas, no Km 600 até o Km 618. Essas estradinhas sem pavimento injetam um tráfego local que entra e precisa atravessar ou acelerar para o ritmo de viagem, levando poeira e barro que emporcalham a rodovia e entopem as drenagens, retendo a água das chuvas, fazendo com que carros atolem e aquaplanem. O mesmo ocorre com as carretas de mineradoras”, critica Sandoval.

De acordo com ativista de Congonhas, o fluxo intenso de carretas acima do peso compromete vários pontos do pavimento na faixa da direita, o que faz com que condutores de carretas trafeguem pela esquerda. Outro problema são as pontes muito estreitas que, diante do aumento do tráfego no recesso e férias, costumam resultar em grandes engarrafamentos (que já ocorrem nos horários de pico), ao afunilar as pistas no Km 612 e no Km 615. Ele também cobra a instalação de áreas de escape para carretas nas curvas mais fechadas, depois de fortes descidas.

“São 10 quilômetros de descidas fortes até a curva da Celinha, no Km 588, e oito quilômetros até a Curva do Pires. Os veículos de transporte pesado chegam muitas vezes com superaquecimentos de freios e saem passando por cima do que estiver na frente. Com essas áreas, poderiam fazer como no Anel Rodoviário de BH e sair da pista em segurança”, sugere.

Realidades bem distintas em rodovias concedidas

A partir do eixo da BR-040, outros dois circuitos rumo a destinos tradicionais de viagem em Minas Gerais apresentam situações distintas. A saída para a BR-135, pedagiada e concedida, tem conceitos bom para 93 quilômetros e regular para 206 quilômetros entre Curvelo, na Região Central, e Montes Claros, no Norte de Minas.

Já partindo da porção Sul da 040, na BR-356, que foi concedida ao estado de Minas Gerais, os pesquisadores da CNT encontraram uma situação bem diferente. Todo o trecho entre Nova Lima e Ouro Preto foi considerado ruim nos 68 quilômetros analisados. Enquanto o pavimento desse segmento e a sinalização foram avaliadas como ruins, a geometria recebeu classificação péssima.

O estado precário de rodovias e trechos viários que serão mais intensamente usados pelos viajantes neste período de férias e festas são reflexo direto da dependência rodoviária das atividades brasileiras em relação a Minas Gerais, um estado de ligação com a maior malha do país. É o que destaca o professor Raphael Lúcio Reis dos Santos, do Departamento de Engenharia de Transportes do Cefet-MG.

“Os deslocamentos nacionais de cargas e pessoas são feitos de forma significativa pelas rodovias, e essa sobrecarga ocasiona patologias (buracos, afundamentos, trincas e remendos) e toda uma gama de desgastes”, considera. “Quando chega um período como o de férias, injetamos ainda mais veículos nessas vias, como ocorre na BR-040, onde o transporte de cargas de mineração se desloca lado a lado com carros pequenos indo para o litoral, por exemplo”, afirma.

O professor defende que as já tradicionais proibições de tráfego de carretas muito longas sejam mantidas nas datas mais conturbadas de saída e retorno de férias. “É usual nesse período haver restrição a veículos pesados, e isso é importante pelo aumento do fluxo de tráfego. São rodovias já com problemas, e essa concorrência dos veículos menores com os pesados se mostrou causa de acidentes recentes”, destaca o especialista.

Falta de prevenção resulta em buracos

As avarias no pavimento, principalmente em áreas de intenso tráfego, são esperadas e por isso, segundo o professor, deveriam ser combatidas com manutenções preventivas. No manual de pavimentação asfáltica básica da Petrobras Asfaltos e da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto (Abeda) fica bem claro que “as estruturas asfálticas não sofrem danos de forma súbita, mas sim deterioração funcional e estrutural acumuladas a partir de início de abertura ao tráfego. Na estrutura, associam-se os conceitos: serventia, desempenho, gerência, restauração, manutenção preventiva e reconstrução”.

Um dos componentes dos veículos que mais sofrem com o asfalto em condições ruins são os pneus e a suspensão, segundo o professor Raphael Lúcio. “Os pneus são fundamentais. Furar um pneu pode ser o início de um acidente. Além de tudo, trafegar em vias esburacadas implica aumento de consumo de combustível e mais gastos de pneu. Antes de viajar, é importantíssimo que as pessoas façam uma revisão do veículo. Observem pneus, a calibragem ideal para bagagens e número de passageiros. Além da situação da suspensão”, recomenda.

Para o especialista em transporte e trânsito, o mapeamento da CNT é fundamental para que os motoristas se informem e o poder público possa agir para garantir a segurança do tráfego nas rodovias. “A pesquisa nos mostra a situação atual e pode ajudar a fazer um planejamento mais eficiente, prevendo o que se deve encontrar ao viajar, onde há condições precárias. O motorista deve conhecer mais sobre o trecho por onde vai passar. Antecipar os locais de abastecimento, para não ficar sem combustível. Dormir bem. Descansar quando precisar nas paradas. São uma série de recomendações que ajudam a ter uma boa viagem”, indica.

Condição melhor rumo a Brasília

No sentido oposto à saída para o Rio de Janeiro, as condições da BR-040 em direção a Brasília são melhores, segundo os levantamentos da Confederação Nacional do Transporte. Nesse percurso, são 460 quilômetros em situação boa e 234 quilômetros em condição regular, de acordo com os mapas avaliados pela reportagem. O que não significa que não existam problemas estruturais, a exemplo da falta de duplicação das pistas a partir de Curvelo em direção à capital federal, trecho em que o tráfego pesado de caminhões de transporte de carvão também desafia motoristas de veículos menores.

FONTE ESTADO DE MINAS

Prefeitura inicia mais uma obra de melhoria do tráfego na cidade

A Prefeitura iniciou na manhã desta quarta-feira, 20/12, a abertura da Alameda Francisco Tolentino, no Bairro Angélica, ligando a Rua Francisco de Souza à Rua Coronel Licínio Dutra.

O alargamento da via tem o objetivo de proporcionar mais uma alternativa de acesso para os moradores do bairro ao Centro. Com mais uma opção de trajeto, a obra visa ainda desafogar o fluxo de veículos em outras vias mais movimentadas na região.

Segundo o prefeito Mário Marcus esta é mais uma obra sendo executada pela prefeitura no programa de melhoria do tráfego na cidade. “Sabemos da importância destas obras para a melhoria do tráfego na cidade. O objetivo é proporcionar acessibilidade e melhor fluxo aos moradores, atendendo às suas necessidades”.

Veículos de grande porte terão tráfego restrito nas rodovias estaduais durante feriado de Carnaval

Medida visa garantir mais segurança e fluidez em rodovias de pista simples

Os veículos de carga de grande porte não poderão circular nas rodovias de pista simples sob responsabilidade do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), nos dias 17, 18, 21 e 22/2, período de Carnaval e Quarta-feira de Cinzas.

O objetivo é proporcionar mais segurança para quem vai se deslocar pelas rodovias mineiras e dar maior fluidez ao tráfego.

A medida, prevista na portaria 4021/23, de 15/2/2023, vale para veículos da categoria Grande Porte e engloba as Combinações de Veículos de Carga – CVC, as Combinações de Transporte de Veículos – CTV e de cargas indivisíveis, entre os quais o tipo bitrens, treminhões e rodotrens.

As restrições acontecerão nos seguintes dias e horários: sexta-feira (17/2), de 15h às 22h; no sábado (18/2), entre 6h e 12h; na terça-feira (21/2), de 16h às 22h, e na quarta-feira (22/2), entre 6h e 12h.

Conforme portaria, estão suspensos, também, os serviços de escolta oficial para os veículos superdimensionados no período do Carnaval, em razão do efetivo da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais e do DER-MG estarem atuando em outras ações de segurança viária.

Caso algum motorista seja abordado realizando deslocamentos com os veículos impedidos de circular, o infrator fica sujeito às penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro (art. 187-I, da Lei Federal nº 9.503, de 1997), como a perda de quatro pontos na carteira, multa e retenção do veículo até o término do horário de restrição.

A portaria determina, ainda, a restrição de circulação de veículos de grande porte nos feriados da Semana Santa, Tiradentes, Dia do Trabalhador e festividades de Fim de Ano.

FONTE AGÊNCIA MINAS

BR-356, que liga BH a Ouro Preto, tem mudança de tráfego

Desvio de três quilômetros foi feito para garantir a segurança dos motoristas que transitam na região

Está liberada, desde domingo (15/1), a via construída pela mineradora Vale como alternativa de desvio ao trecho da BR-356, entre os quilômetros 38 e 41, da ponte da Lagoa das Codornas até o trevo da Polícia Militar Rodoviária, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A via liga a capital mineira à cidade histórica de Ouro Preto.

Google Street Wiew / Reprodução

O uso do desvio é uma medida preventiva e que visa garantir a segurança dos motoristas que trafegam na região, uma vez que o trecho original pode ser impactado durante o processo de descaracterização da barragem Vargem Grande, localizada na mina Abóboras, também em Nova Lima. O tráfego voltará para a via original depois de finalizadas as obras de eliminação da barragem, com término previsto para 2027. 

De acordo com o tenente da Polícia Rodoviária Estadual, Frederico Andrade Cunha, comandante do Posto 4, após a liberação do trecho não houve nenhuma ocorrência. “A via é nova, segura e bem sinalizada”, afirmou.

Ainda de acordo com o tenente, no domingo (15/1) a Vale colocou uma equipe na BR para dar apoio aos motoristas que trafegavam no local.

Segurança    

A barragem Vargem Grande faz parte do Programa de Descaracterização das barragens a montante, instituído pela Política Estadual de Segurança de Barragens. Além da obrigação da descaracterização, a normativa determina que os empreendedores devem apresentar alternativas de disposição de rejeitos, valendo-se da melhor tecnologia disponível.

O processo de descaracterização na estrutura já foi iniciado em áreas onde não há aumento de risco. A barragem está em nível 1 de emergência do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) e segue com monitoramento permanente do Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG), além de passar por inspeções de equipes internas e externas.

BR-040 é considerada a rodovia mais mortal do país

Motoristas devem ficar atentos às vias de maior tráfego em Minas. Defesa Civil alerta para temporada de chuvas, época em que aumentam acidentes e óbitos

Com pistas duplicadas em apenas 268 quilômetros dos 850 totais, representando 31,5% da extensão, a rodovia BR-040, em Minas Gerais, entre o Rio de Janeiro e Goiás, se tornou uma das vias que mais requerem atenção dos motoristas neste fim de ano e início de 2023. Principalmente com a previsão da Defesa Civil mineira de que o volume de chuvas pode ser maior que o da temporada passada, quando um trecho em Nova Lima chegou a ser engolido pelo transbordamento da barragem da Vallourec, em janeiro. Em processo de licitação, os números de 2021 mostraram que a estrada é a mais mortal do país, com uma pessoa perdendo a vida a cada 12 acidentes, mais violenta que a BR-381, a Rodovia da Morte, com uma morte a cada 14,7 acidentes.

Para ajudar os motoristas a planejarem uma viagem segura e sem surpresas, a reportagem do Estado de Minas preparou um mapeamento de bloqueios, estreitamentos, perigos, buracos e condições das principais rodovias mineiras, com destaque para a BR-040 (veja o mapa) e para a BR-262 (na página seguinte). Na edição passada, o EM mostrou as condições da BR-381.

Para uma rodovia que sofria com os acidentes e retenções do desativado (2010) Viaduto das Almas (Viaduto Vila Rica), em Ouro Preto, a situação mudou pouco para quem trafega pela BR-040 no segmento entre BH e Rio de Janeiro, uma vez que o trecho de 70 quilômetros entre Nova Lima, Itabirito, Ouro Preto, Moeda, Congonhas e Conselheiro Lafaiete continua apresentando mais obstáculos, perigos e acidentes.

Uma das maiores reclamações é quanto ao tráfego pesado de carretas carregadas de minério e suspeitas de insuficiência das drenagens da via, acusações trocadas em inúmeras audiências públicas por representantes da concessionária Via 040 e das empresas de extração mineral. Com o entupimento de canaletas e grelhas pluviais, são frequentes os alagamentos, a degradação da pista e também a progressiva destruição das bases da estrada pela erosão.

(foto: Artes/EM/D.A Press)

Em audiência pública na Câmara de Congonhas, em 6 de dezembro de 2022, os vereadores cobraram melhorias na drenagem, sobretudo no km 619, entre os bairros Pires e Jardim Profeta, que sofrem com os alagamentos. “Basta chover que a estrada se torna pura lama. Parece que estamos atravessando uma estrada rural, de terra e não de asfalto. A via encobre os buracos e obriga que os motoristas imprimam uma direção muito mais cautelosa. Quando a chuva passar, tudo vai virar uma cortina de poeira. Passou da hora de as mineradoras e a Via 040 fazerem alguma coisa, antes que mais tragédias ocorram”, cobra o diretor da União das Associações Comunitárias de Congonhas (Unaccon), Sandoval de Souza.

SINUOSO Dentro dos 70 quilômetros mais críticos, há ainda outros trechos que ficaram conhecidos pelos acidentes. Um dos mais perigosos fica em Itabirito, no km 588. Trata-se de um segmento sinuoso, que termina com a forte curva do Ribeirão do Eixo, onde muitos veículos, sobretudo de carga, entram em velocidade incompatível e acabam se acidentando. Bem próximo, a Curva do Cavalo, também em Itabirito, no km 596, ainda é conhecida pelos desastres.

Os viadutos em curva sobre as cidades de Santos Dumont e Simão Pereira também são dignos da atenção dos motoristas, bem como curvas mais exigentes com históricos de acidentes em Cristiano Otoni (km 656), Barbacena (kms 712 e 717), Santos Dumont (km 741), Ewbank da Câmara (km 758) e Matias Barbosa (km 815). No Rio de Janeiro, a subida da Serra de Petrópolis, no sentido Belo Horizonte, inspira cuidados por ter pistas estreitas, ainda que duplas, e não ser dotada de acostamentos. Neblina e nevoeiro também são frequentes, sobretudo nesta época do ano.

Transporte de cargas compromete o asfalto

O tráfego pesado também é uma marca da saída de Belo Horizonte para Brasília pela BR-040. Ainda que apenas em 110 quilômetros, até Curvelo, as pistas sejam duplicadas, esse é um dos segmentos mais críticos, pois a estrada concentra acessos a bairros, empresas, comércios, pontos de transporte coletivo e travessias de pedestres de bairros populosos da Grande BH, especialmente em Contagem (Morada Nova, Jardim Bandeirantes, Vila Paris, Kennedy, Ceasa, São Sebastião, Novo Boavista e Parque Industrial) e Ribeirão das Neves (Liberdade, San Marino, Vereda, San Remo, Jardim Colonial, Veneza, Florença, Vale das Acácias, San Genaro), o que inspira muito cuidado de viajantes, condutores de cargas pesadas e de passageiros.

As fortes chuvas que marcaram o início do ano comprometeram várias bases dessa estrada que precisaram ser reforçadas. Muitos trechos de acostamento foram engolidos por erosões e também foram reparados, mostrando os danos que chuvas dessa intensidade podem trazer.

A principal reclamação dos motoristas até Sete Lagoas, a 70 quilômetros de Belo Horizonte, é a pista escorregadia por derramamento constante de cargas, como carvão e minério destinados às siderúrgicas, o que termina com carros e carretas sofrendo derrapagens e se acidentando fora da pista ou na valeta central que separa as duas mãos de direção.

Tanto no sentido Rio de Janeiro quanto para Brasília, várias obras (veja a relação no mapa) de drenagem, reconstituição do pavimento e melhoria de sinalização demandam estreitamento de pistas e regime de siga e pare. 

A concessionária Via 040 destaca que as intervenções retornam amanhã (25/12). “Em continuidade ao trabalho de manutenção da rodovia BR-040, a Via 040 está atuando em diversos pontos do trecho concedido. Atividades que demandam maior atenção do motorista pela possibilidade de retenções no trecho. As atividades de melhorias em sistemas de drenagem estão intensificadas no período de chuvas.”

No trecho do entorno do DF e na Região Metropolitana de Belo Horizonte, as obras com alteração de tráfego (estreitamento) são executadas entre as 21h e as 5h. Atividades e demais serviços nos trechos são executados entre as 7h e as 17h.

FONTE ESTADO DE MINAS

Alerta: BR 040 tem 10 pontos de deslizamentos de encostas e interdições

Condições de tráfego – BR-040

Prevalece a recomendação da Polícia Rodoviária Federal para evitar transitar nesses dias de chuva intensa e ininterrupta, pois há várias rodovias e rotas alternativas com bloqueios e riscos. Mas se mesmo assim precisar viajar, o motorista deve antes consultar o Waze e as redes sociais da PRF, Polícia Militar Rodoviária e site do DEER-MG.

? Km 562, Nova Lima, tráfego liberado nos dois sentidos. Motorista deve reduzir a velocidade no local, pois ainda há movimentação de trabalhadores e máquinas.

? Km 572, Itabirito, deslizamento de encosta, interdição da faixa direita sentido RJ, fluxo livre pela faixa esquerda.

? Km 579, Itabirito, buraco, interdição da faixa direita sentido RJ, fluxo livre pela faixa esquerda.

? Km 580, Itabirito, deslizamento de encosta, interdição da faixa direita sentido BH, fluxo livre pela faixa esquerda.

? Km 582, Itabirito, deslizamento de encosta, interdição da faixa direita sentido RJ, fluxo livre pela faixa esquerda.

? Km 589, Itabirito, deslizamento de encosta, interdição da faixa direita sentido RJ, fluxo livre pela faixa esquerda.

? Km 592, entre Itabirito e Congonhas, deslizamento de encosta, interdição da faixa direita sentido BH, fluxo livre pela faixa esquerda.

? Km 614, Congonhas, buraco, interdição da faixa direita sentido RJ, fluxo livre pela faixa esquerda.

? Km 721, entre Barbacena e Santos Dumont, buraco, interdição da faixa direita sentido RJ, fluxo livre pela faixa esquerda.

? Km 730, entre Barbacena e Santos Dumont, buraco, interdição da faixa direita sentido RJ, fluxo livre pela faixa esquerda.

? Km 762, Juiz de Fora, deslizamento de encosta, interdição da faixa direita sentido RJ, fluxo livre pela faixa esquerda.

Com novo viaduto, tráfego pesado de carreta de minério será desviado de Gagé; empresa anuncia aumento de empregos

Com novo viaduto, tráfego pesado de carreta de minério será desviado; empresa anuncia aumento de empregos / DIVULGAÇÃO

Está perto o fim do tormento para os moradores de Gagé, em Lafaiete. Anda a passos largos a construção de uma alça rodoviária que vai desviar o intenso tráfego de carregas de minério. A comunidade sente um grande impacto como poeira, riscos ambientais e poluição sonora.
A obra faz parte do plano de investimento de cerca de R$7,8 milhões, ampliando o seu terminal de cargas da SCOF (Serviços Complementares de Operações Ferroviárias), com sede em Gagé. A empresa aumentará sua capacidade de produção de 200.000 toneladas para aproximadamente 400.000 toneladas até outubro do próximo ano.
A alça rodoviária liga a empresa à BR-040, passando sobre a malha ferroviária da MRS e do rio Bananeiras, saindo no trevo que liga a BR-040 no sentido de São Brás e Jeceaba.
Com a expansão, ampliará em 50% o número de funcionários. Hoje a empresa opera com  800 empregados indiretos, em sua grande maioria motoristas dos caminhões, que prestam serviços de transporte de minério entre as diversas minas da região e o terminal de embarque.

População de Gagé convive com poeira, barulho e poluição/AQUIVIO

A empresa, fundada em 2003, faz o transbordo de cargas e minérios, utilizando praticamente mão de obra local..
A expansão da SCOF trará importantes ganhos para a cidade, na medida em que contribuirá para o desenvolvimento econômico, aumento da arrecadação, geração de empregos e retirada do tráfego de caminhões pesados de dentro da localidade de Gagé, uma vez que o mesmo será desviado diretamente para a rodovia, trazendo tranquilidade e menos riscos à população.

 

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Carretas travam o trânsito no Gagé

Vereadores cobram solução para o tráfego de carretas em Lafaiete e fiscalização intensa; “será que vão esperar novas tragédias?”, questiona José Lúcio

“Eu sou pré-candidato e se vencermos a eleições, no outro dia, as carreta não entram em Lafaiete.” Assim expressou o Vereador Divino Pereira (PSD) ao se referir a falta de uma alternativa viária para o tráfego de carretas e caminhões pesados nas ruas de Lafaiete. “Já apresentei diversos caminhos ao prefeito para retirar estes veículos. Parece Brumadinho esta situação cujo riscos e perigos já foram alertados. Ai, se uma carreta dessas perde os freios no Castelinho e desce pela avenida”, salientou Divino.

Vereadores cobram solução do Executivo/ CORREIO DE MINAS

O assunto ganhou proporção, em tom de críticas ácidas pela falta de uma solução, quando o Vereador Pedro Américo cobrou, através de um requerimento ao Departamento Municipal de Trânsito (DMT), informações sobre o Plano de Mobilidade Urbana e posicionamento do órgão sobre a nova rota de entrada das carretas de minério pelo Bairro Jardim América. Na semana passada, o edil denunciou o trajeto usado por motoristas para acessar a área central de Lafaiete. “Ao invés da Chapada, as carretas agora passam pela Cristóvão de Sena, Rua Brasil, seguem pela Rua Santana e chegam na Telésforo. Precisamos dar uma solução. São casas abaladas, risco aos moradores e acidentes já acorreram”, alertou.
O Vereador Sandro José (PROS) cobrou a rotatória na chegada/saída de Ouro Branco, perto de um hipermercado. “Falaram que o projeto estava pronto, mas nada aconteceu.  Como os caminhões pesados, a falta de uma rotatória gera grande risco de acidentes. O que coube a esta Casa já fizemos o possível. Cabe agora a população cobrar a quem compete a responsabilidade pela solução.” Sandro também citou o tráfego de carretas pela Avenida Manoel Barbosa onde já ocorrem acidentes.
O vereador Lúcio Barbosa (DEM) recordou diversas cobranças de seus colegas pela retirada dos carretas pesadas da área urbana e citou também rota usada pelos motoristas pela Avenida Santa Matilde. “Já foram diversas cobranças e sugestões. Passou da hora de dar uma solução a este problema. Ao que parece Lafaiete não é terra de ninguém. Será que vemos esperar novas tragédias para buscar uma solução?,”, questionou.
“Estas carretas, a grande parte, são de Teixeiras, cidade perto de Viçosa, onde há uma mineradora. Elas usam nossa cidade para não passar pela BR 040 e não pagar o pedágio. Lafaiete só fica com o prejuízo”, relatou Pedro Américo, pedindo ao Executivo que cobre uma contrapartida da empresa.

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