15 encantadoras cidades turísticas mineiras

(Por Arnaldo Silva) O turismo em Minas Gerais não se resume apenas às cidades históricas e estâncias hidrominerais. São 853 municípios mineiros e os mais famosos estão no Sul de Minas, no Circuito das Águas e na Região do Ciclo do Ouro, onde estão as cidades históricas. Mas por todo o Estado, temos cidades encantadoras, de grande potencial turísticos, muitas delas pacatas, singelas e charmosas cidades que encantam os visitantes, seja pela sua gastronomia, pela arquitetura ou pelas suas belas paisagens.

 Conheça Minas mostra pra você 15 dessas cidades. Uma delas é essa ai da foto acima, a charmosa cidade de Santa Maria do Salto, no Vale do Jequitinhonha, enviada por Márcia Porto. Conheça lindas, importantes e charmosas cidades mineiras que talvez você nem imaginava que são turísticas.

01 – Santa Maria do Salto

Santa Maria do Salto é uma bela e pacata cidade do Vale do Jequitinhonha, com pouco mais de 5 mil habitantes.  Faz divisa com os municípios de Jacinto, Salto da Divisa, Santo Antônio do Jacinto e Itagimirim (BA). Está distante 827 km de Belo Horizonte. Córregos, pequenos riachos, cachoeiras, belas paisagens com enormes afloramentos rochosos, fazem o diferencial da paisagem. Numa dessas montanhas de pedra está a cidade e sua bela praça da Matriz. (imagem acima de Davi Porto, enviada por Márcia Porto)

02 – Itapecerica

Fundada em 1789, é uma cidade histórica mineira com cerca de 25 mil habitantes. Fica na Região Centro Oeste de Minas, distante 180 km de Belo Horizonte. (foto acima de Thelmo Lins) Faz divisa com os municípios de Camacho, Carmo da Mata, Cláudio, Formiga, Pedra do Indaiá, São Francisco de Paula, São Sebastião do Oeste. Dos tempos do Brasil Colônia, Itapecerica casarões e igrejas, destacando-se: Igreja de São Francisco da Ordem Terceira de Santo Antônio (1801), Igreja de Nossa Senhora do Rosário (1819), Igreja de Nossa Senhora das Mercês (1862), Casarão da Cooperativa (1905), Igreja Matriz de São Bento (1912), Casarão da Mita (1910-1915), Praça Melo Vianna (1936).         

A cidade apresenta ainda importantes manifestações culturais, como o Festival de Inverno que ocorre no final de julho tendo como palco a Igreja da Matriz, reunindo apresentações de dança, teatro, arte e música de artistas locais e renomados, mobilizando a cidade e atraindo turistas da região e o Festival Gastronômico Rural que ocorre geralmente no feriado de Corpus Christi, reunindo o melhor do cardápio local, destacando a simplicidade da comida mineira do interior.
Duas fazendas no município atraem atenção de turistas. A fazenda Capetinga e a fazenda Palestina.

03 – Estrela do Sul

Localizado a 520 km de Belo Horizonte, Estrela do Sul é única cidade histórica do Triângulo Mineiro. São cerca 8 mil habitantes atualmente no município. (foto acima de Thelmo Lins)  Faz divisa com os municípios de Monte Carmelo, Grupiara, Cascalho Rico, Araguari, Indianópolis, Nova Ponte e Romaria.habitantes.Fundada em 1854 em 1854 com a denominação de Diamantino da Bagagem e subordinado ao município de Patrocínio, tornou-se vila com a denominação de Bagagem em 1856 e recebeu status de cidade em 1861. A partir de 1901 recebeu a sua denominação atual em homenagem ao diamante Estrela do Sul encontrado nessa região.           A descoberta de diamantes na região no século XIX, atraiu para a pequena cidade na época, centenas de pessoas, entre elas Ana Jacinta de São José, a Dona Beja, que na meia idade, mudou-se de Araxá para Estrela do Sul, onde fixou moradia e viveu até sua morte, aos 74 anos, deixando sua vasta história de vida e descendentes.

04 – Datas

Pequena e aconchegante, Datasé uma cidade que resguarda lindas e deliciosas cachoeiras de águas geladas e cristalinas. Localizado a aproximadamente 272 km da capital mineira, no Vale do Jequitinhonha e sua população é aproximadamente de 7 mil habitantes. Faz divisa com os municípios de Diamantina, Serro, Presidente Kubitschek, Conceição do Mato Dentro e Gouveia.

A cidade possui belas construções históricas como a majestosa Igreja do Divino, que é datada em 1870. A Lapa Pintada é um grande ponto turístico da cidade, por abrigar pinturas em pedras que ficam próximas a pequenos poços de água. A Praça do Divino Espírito Santo (na foto acima de Anderson Sá) é em homenagem ao santo padroeiro da cidade, que recebe todos os anos uma animada festa em seu tributo, a qual pode ser considerada uma das mais fortes manifestações culturais da cidade.

05 – Caldas 

Caldas é uma das mais antigas cidades de Minas e um dos maiores municípios em extensão. Tem menos de 15 mil habitantes e fica no Sul de Minas. Vizinha às cidades de Poços de Caldas, Ibitiúra de Minas, Santa Rita de Caldas, Campestre e Bandeira do Sul. (na foto acima do Guilherme Augusto/@mikethor, paisagem natural de Caldas)         

Caldas é uma cidade cidade acolhedora, de ótimo clima, com um casario bem conservado e belezas arquitetônicas que chamam a atenção, principalmente de sua igreja Matriz. (na foto abaixo de Fernando Campanella)

Possui diversas cachoeiras, trilhas e áreas verdes; águas minerais, destacando-se a do Balneário de Pocinhos do Rio Verde.         

As águas minerais de Caldas são indicadas para tratamentos medicinais, concentradas no distrito de Pocinhos do Rio Verde. Tem uma ótima e eficiente rede hoteleira, muito bem equipados e preparados para receber visitantes que muitas vezes, vem de outros estados e do exterior.          

Em áreas como a Pedra Branca, de altitude de mais de 1.700 metros, pode-se praticar o ecoturismo. No distrito de Pocinhos do Rio Verde, assim como na cidade de Caldas encontramos hotéis, balneários, chalés, pousadas, vinhedos, prédios de antigas vinícolas (alguns transformados em bistrôs) para atender os turistas que além de diversão, procuram as famosas guloseimas mineiras que é uma das tradições do município.

É uma cidade turística, com vários eventos anuais como a Festa da Uva já que Caldas é um dos maiores produtores da no Estado. Tem o Arraial de Caldas que acontece sempre no feriado de Corpus Christi. A ocasião reúne a tradicional comida mineira, além de doces, biscoitos e vinhos produzidos no local. Em junho julho acontece os festejos Juninos com tudo que a festa tem direito, principalmente com a nossa culinária e a famosa Festa do Biscoito que movimenta a cidade em todo o mês de julho. 

A Festa do Biscoito acontece todos os fins de semana, durante todo o mês de julho em Pocinhos do Rio Verde Biscoito é um Patrimônio Imaterial do Município e há mais de duas décadas a Festa do Biscoito atrai mineiros, cariocas e paulistas, que vêm saborear as delícias exclusivas do período do evento como biscoitos fritos recheados e outras inovações, além de conhecer o artesanato local, ver os mestres biscoiteiros em ação e participar dos diversos shows musicais durante o evento.         

06 – Pimenta

Pimenta é uma bela cidade banhada pelo Lago de Furnas. Fica na região Oeste de Minas a 235 km de Belo Horizonte. O município faz divisa com Guapé, Piumhi, Pains e Formiga. Pimenta tem cerca de 9 mil moradores.  Seu ponto de turismo principal é a Estância de Furnas e uma famosa pousada visitada por turistas de todo o Brasil. (foto acima de Aender Mendes)

08 – Lagoa Dourada

Cidade histórica do Campo das Vertentes, com cerca de 15 mil habitantes é cortada pela Estrada Real em seu perímetro urbano. Faz divisa com os municípios de Carandaí, Casa Grande, Entre Rios de Minas, Resende Costa, Coronel Xavier Chaves e Prados. Está a 1080 metros de altitude e 146 km de Belo Horizonte.(foto acima de Marcelo Melo) Além de seu casario e igrejas históricas, a cidade se destaca no Brasil pelo seu famoso Rocambole encontrado praticamente em todo o canto da cidade. É a melhor especialidade da gastronomia local. Legítimo rocambole, é o de Lagoa Dourada.

08 – Cambuquira

Cambuquira tem cerca de 15 ml habitantes. (foto acima de Thelmo Lins) O município está no Sul de Minas e  faz divisa com  Três Corações, Campanha, Lambari, Conceição do Rio Verde e Jesuânia Faz parte do Circuito das Águas de Minas Gerais.         

Cambuquira foi uma das primeiras cidades projetadas do estado, com ruas largas, calçadas amplas e arborização selecionada – na primavera, as flores de centenas de árvores de magnólia perfumam a atmosfera da cidade e são uma atração à parte. As principais atrações da cidade são: o Parque das Águas, com seis fontes de água mineral (ferruginosa, alcalina, magnesiana, sulfurosa, gasosa e com lítio); as fontes do Marimbeiro e do Laranjal (nas cercanias da cidade); e o Pico do Piripau, a 1 300 metros de altitude, de onde decolam pilotos de parapente e asa-delta. Além de 2 cachoeiras na zona rural. 

09 – Vargem Bonita

A charmosa e atraente cidade de Vargem Bonita, no Oeste de Minas, conta com 3 mil moradores. (foto acima de Luís Leite)Faz divisa com os municípios de São Roque de Minas, São João Batista do Glória, Piumhi e Capitólio.          É a primeira cidade banhada pelo Rio São Francisco, que nasce na vizinha São Roque de Minas e o principal acesso para a cachoeira da Cascadanta, o local mais visitado do Parque da Serra da Canastra. 

De Vargem Bonita pode-se observar o enorme maciço de pedra formando uma caixa, que antigamente era chamada de canastra. Essa pedra deu origem ao nome do local, Serra da Canastra. 

A cidade é calma, tranquila e bem pacata e seu povo muito gentil, hospitaleiro e bastante atenciosos para com os visitantes. Conta com várias opções de hospedagem e tem um artesanato atrativo, exposto numa loja bem no centro da cidade. Seu povo tem o dom da cozinha. Se destacam na produção artesanal, principalmente do Queijo Canastra e doces caseiros. As águas do Rio São Francisco, no município são rasas, calmas e cristalinas. Um convite para o sossego.

10 – Santa Rita do Jacutinga

Santa Rita de Jacutinga, com cerca de 5 mil moradores  se destaca no turismo rural, havendo diversas pousadas com excelentes condições hospedagem, trilhas, cachoeiras e riachos que possibilitam desde descansos até a prática de esportes radicais, como rapel e rafting. (na foto acima do André Duarte, vista parcial da cidade e abaixo, a rodoviária)

Ainda há alguns atrativos turísticos de valor cultural ou histórico, como suas fazendas construídas no século XVIII, que remontam ao tempo da escravidão e dos barões do café. Tem ainda na cidade belas praças, casarões, igreja magníficas, restaurantes com culinária típica mineira, produção artesanal de doces, etc, além de um valioso e rico artesanato.

11 – Oliveira         

Oliveira, no Oeste de Minas (foto acima do Jad Vilela), tem quase 200 anos de existência. Conta atualmente com cerca de 45 mil habitantes. Distante 150 km de Belo Horizonte, faz divisa com os municípios de Carmo da Mata, Carmópolis de Minas, Passa Tempo, São Tiago, Bom Sucesso, Santo Antônio do Amparo, São Francisco de Paula e Resende Costa. Sua origem data do século XVIII, sendo reconhecida como cidade em 21 de setembro de 1861. É uma cidade com um rico patrimônio histórico como por exemplo a Casa da Cultura Carlos Chagas, as construções do século XIX na parte central da cidade, a  Igreja Matriz antiga no estilo barroco, construída no século XVIII, belas praças com jardins, bons hotéis e restaurantes. Outro ponto turísticos da cidade é estátua do  Cristo Redentor

Na parte cultural, Oliveira se destaca por ter um dos melhores carnavais de Minas Gerais e preserva há mais de 200 anos as tradições culturais e folclóricas como as festividades da Semana Santa e o Congado,  influenciadas pela formação lusitana, juntamente com a herança indígena e dos povos africanos que vieram para Minas Gerais. 

12 – Morada Nova de Minas

Banhado pelas águas do lago da barragem de Três Marias, o município de Morada Nova de Minas (na foto acima de Stela Dayrell Moura) fica na Região Central de Minas, distante 280 km de Belo Horizonte, com acesso através das rodovias BR-040 e MG-415. Com cerca de 10 mil habitantes, a cidade chama a atenção por suas paisagens bucólicas.

Parte integrante do circuito turístico do lago de Três Marias, a cidade atrai visitantes de diferentes localidades por suas festas tradicionais, como a Folia de Reis, as festas juninas, o Festival do Peixe, a Festa do Carro de Boi e os cultos populares – além de ser frequentada por adeptos da pesca esportiva e dos esportes náuticos.

Outro atrativo de Morada Nova é a culinária tipicamente mineira, destacando os pratos como a costelinha com ora-pro-nobis, frango com quiabo e angu, feijão tropeiro, torresmo com mandioca e a paçoca de carne seca, além dos pratos criados com os peixes do Rio São Francisco. No município ainda tem alambiques, produção artesanal de rapadura, queijos, pamonha, mingau de milho verde e doces diversos. 

13 – Belo Vale

O município foi criado em 1938 mas o povoamento da região se deu no início do século XVIII, onde ainda estão presentes na arquitetura local casarios históricos, fazendas e construções da época do Brasil Colônia e Imperial. Belo Vale (na foto acima de Evaldo Itor Fernandes) fica a 82 km de Belo Horizonte e tem aproximadamente 10 mil habitantes. Faz divisa com os municípios de divisa Congonhas, Ouro Preto, Moeda, Brumadinho, Bonfim, Piedade dos Gerais, Jeceaba. O município é um dos grandes produtores de Mexerica do Brasil e a Festa da Mexerica, junto com a Festa do Rodeio são as mais importantes atrações anuais da cidade. 

Belo Vale conta ainda com atrações históricas tanto em seu perímetro urbano quanto rural como a Fazenda Boa Esperança, construída no século XVIII contando com obras do Mestre Ataíde e detalhes arquitetônicos do norte português. Fica a 6 km do centro da cidade e foi nela viveu o Barão de Paraopeba. O Museu do Escravo, (na foto baixo do Evaldo Itor Fernandes) é o mais completo museu do gênero na América Latina 

Como atrativo histórico, a cidade conta ainda com um trecho da Estrada Real, que ligava Vila Rica(Ouro Preto) à Fazenda Boa Esperança; A Igreja de Santana, fundada em 1735; a Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, fundada e, 1760 ; a Igreja de São Gonçalo, fundada em 1764 ; o Forte das Casas Velhas, antiga alfândega e forte militar da época do ciclo do ouro; o Casarão dos Araújo, (sobrado da praça), datado de 1929; o Conjunto Ferroviário, inaugurado em 1917 em estilo inglês e belíssimas cachoeiras como a Cachoeira da Serra, Cachoeira da Boa Esperança, Cachoeira da Usina, Cachoeira do Moinho, Cachoeira do Zé Pinto, Cachoeira do Geraldão, Cachoeira das Lages.

14 – Mesquita

Mesquita (foto acima de Elvira Nascimento) fica no Vale do Rio Doce e faz parte do colar metropolitano do Vale do Aço, fazendo divisa com os municípios de Açucena, Belo Oriente, Coronel Fabriciano, Ipatinga, Joanésia e Santana do Paraíso. Tem cerca de 6 mil habitantes.

Mesquita é conhecida tradicionalmente pela Festa de Santo Antônio, realizada todo o mês de junho. O evento reúne milhares de participantes, com a queima da tradicional fogueira de 20 metros de altura. (foto acima da fogueira, de autoria de Sérgio Mourão)Mesquita possui vários pontos turísticos, dentre eles: Lagoa do Budeca, Cachoeira dos Britos, Cachoeira do Tamanduá e a Torre de TV, que é propicia à prática de voo livre. A pracinha da cidade, situada em seu centro, concentra um considerável movimento noturno, especialmente nos finais de semana, quando as pessoas se reúnem para ouvir música, contar causos e namorar.

15 – Matias Cardoso

Matias Cardoso com cerca de 12 mil moradores (na foto acima de Manoel Freitas) fica no Norte de Minas, banhada pelo Rio São Francisco. O nome do município é uma homenagem ao bandeirante Matias Cardoso de Almeida, desbravador da região. Na cidade está a Matriz de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, apontada como a igreja mais antiga do estado de Minas Gerais, bem como um belo casario bem preservado na área central. Faz divisa com os municípios de Manga, Itacarambi, Jaíba, Gameleiras, São João das Missões, Malhada (BA) e Iuiú (BA). Distante 683 km de BH.

FONTE CONHEÇA MINAS

Cidades do Circuito Villas e Fazendas são inseridos no Mapa do Turismo Brasileiro

O Ministério do Turismo divulgou, na segunda 28/03, em atendimento a portaria nº 41/2021, o novo Mapa do Turismo Brasileiro. 

Principal instrumento do Programa de Regionalização, o Mapa do Turismo é o marco inicial para o desenvolvimento de políticas públicas para o turismo, garantindo questões como incentivo, capacitação e busca por recursos.

Minas Gerais novamente se apresenta com o maior número de Instâncias de Governanças Regionais (IGR’s) e também de municípios. São 44 IGR’s e 567 municípios constantes no novo mapa.

Dentre os critérios estabelecidos para que o município seja inserido no mapa estão:

  • Que tenha um orgão responsável pelo setor turístico e orçamento definido para investimentos no Município;
  • Que tenha empresas e trabalhadores registrados no Cadastur;
  • Que tenha Conselho Municipal de Turismo ativo;
  • Que comprove a existência de uma IGR na região, dentre outros.

Pela IGR Circuito Villas e Fazendas, os Municípios que estão no novo Mapa do Turismo são:
Casa Grande, Catas Altas da Noruega, Conselheiro Lafaiete, Cristiano Otoni, Itaverava, Lamim, Piranga, Rio Espera, Santana dos Montes e Senhora de Oliveira.

A IGR Circuito Villas e Fazendas parabeniza aos Municípios por essa certificação e agradece aos gestores municipais pela contribuição e dedicação em mais um trabalho em conjunto junto ao nosso Circuito!

Conselheiro Lafaiete é Inserido no Mapa do Turismo Brasileiro – 2022

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo – Secult, divulgou por meio de Nota Técnica, os municípios que foram inseridos no Mapa do Turismo Brasileiro em 2022, dentre eles, o município de Conselheiro Lafaiete.

Principal instrumento do Programa de Regionalização, o Mapa do Turismo é o marco inicial para o desenvolvimento de políticas públicas para o turismo, garantindo questões como incentivo, capacitação e busca por recursos.

A inserção do município de Conselheiro Lafaiete no Mapa do Turismo Brasileiro de 2022 é de grande relevância e demonstra que a cidade faz parte do rol de destinos brasileiros que trabalham o turismo como política de desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda.

Segundo o Secretário de Desenvolvimento Econômico Rafael Lana, responsável pela pasta do Turismo na cidade, para chegar a esta posição de destaque, Lafaiete cumpriu as diretrizes do Programa de Regionalização do Turismo, de possuir Conselho Municipal do Turismo (COMTUR) atuante e orçamento próprio destinado ao setor, além de possuir prestadores de serviços turísticos inseridos no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), do Ministério do Turismo.

Trem turístico ligará Minas ao Rio de Janeiro

(Por Arnaldo Silva)  A imagem do trem de passageiros, serpenteando as montanhas e vales da Zona da Mata Mineira, passando por pontes, fazendas e paisagens deslumbrantes, ligando Minas Gerais ao Rio de Janeiro, voltará a propiciar essa nostálgica e saudosa viagem, pelo menos em parte. 

Isso porque será reativado, parte do ramal de Porto Novo, da antiga Estrada de Ferro Leopoldina (EFL). Inaugurada em 1884, para transporte de passageiros e carga. A partir de 1995, a linha passa a operar, sob concessão da Ferrovia Centro Atlântica (FCA)/VLI Logística, apenas para transporte de cargas. (Foto acima arquivo Ong Amigos do Trem/enviada por Cyntia Nascimento)

Cerca de 168 km do trecho do ramal, entre Cataguases MG, a Três Rios/RJ, não estavam sendo usados pela empresa, desde 2015. Desde essa época, a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público/OSCIP – Amigos do Trem, presidida por Cyntia Nascimento Leite, vem se empenhando para reativar esse trecho, para transporte de passageiros para fins turísticos. (foto acima de Caio Corrêa Mello/Ong Amigos do Trem/Divulgação, o novo trem, já restaurado, em sua primeira viagem de testes)

Idealizado e iniciado por Paulo Henrique do Nascimento, mineiro de Juiz de Fora MG, que faleceu vítima de câncer, seu projeto e luta, foi abraçada por sua sobrinha, Cyntia Nascimento Leite, a partir de 2018, continuando a luta e o sonho de Paulo Henrique. (fotografia acima Ong Amigos do Trem/enviada por Cyntia Nascimento)

Foram anos de luta, tanto de Paulo, quanto de Cynthia Nascimento (na foto/arquivo pessoal), com trem e vagões reformados, através de parcerias e apoio das prefeituras locais, aguardando apenas as licenças da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para que o projeto saísse do papel e esse trecho do antigo ramal ferroviário da Estrada de Ferro Leopoldina, fosse recuperado, para o trem circular novamente         

E saiu a autorização. Ao menos em parte.        

No dia 23 de julho de 2021, a ANTT, aprovou a reforma do trecho de Três Rios/RJ, entre Chiador MG e Sapucaia/RJ. São 37 km, inicialmente. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

A empresa concessionária FCA/VLI Logística, executará o projeto, tendo prazo de 18 meses, a contar de 23 de julho de 2021, data da publicação no DOU, para concluir a reforma. Esse prazo vence em dezembro de 2022, data então, que o trem turístico, que ligará Minas Gerais ao Rio de Janeiro, entrará em operação.

Quando a reforma do trecho do antigo ramal da Estrada de Ferro Leopoldina, estiver reformado, o trem estará em condições de trafegar imediatamente.

Isso porque já está pronto, restaurado e revisado, tendo inclusive feito viagens de testes, pelo percurso. São dois trens e 15 vagões panorâmicos, do antigo trem Vitória/Minas, adquiridos da Vale (foto acima /ONg Amigos do Trem/Divulgação) e em perfeitas condições de uso. Quando todo o trecho do ramal, estiver em funcionamento, um trem sairá de Cataguases MG e outro sairá de Três Rios RJ, no mesmo horário, se encontrando no meio do caminho, em Além Paraíba MG.

168 km de trilhos por 8 cidades

O projeto original, prevê uma viagem de 168 km sobre trilhos, passando por 6 cidades mineiras, começando por Cataguases, seguindo por Leopoldina, Recreio (onde fica a oficina da Ong Amigos do Trem/na foto acima de Duva Brunelli), Volta Grande, Além Paraíba e Chiador em Minas, entrando no Rio de Janeiro por Sapucaia, indo até Três Rios/RJ.

Primeira etapa         

O percurso total do projeto, de 168 km, está programado para ser feito em 3 horas, pelas 8 cidades. De início, serão apenas 37 km de percurso passando por 3 cidades apenas, com tempo menor de viagem.

O trem sairá de Três Rios/RJ, com parada na estação Penha Longa, na charmosa e acolhedora cidade mineira de Chiador. Inaugurada em 9 de junho de 1887, no ramal de Porto Novo, a estação é tão atraente, quanto a cidade. Totalmente revitalizada, a estação Penha Longa (na foto acima de Duva Brunelli), aguarda apenas o início do funcionamento do trem Rio/Minas.Em Chiador, o turista poderá conhecer ainda a primeira estação de trem de Minas Gerais, inaugurada pelo Imperador Dom Pedro II, em 1869. Até pouco tempo, estava esquecida e em ruínas.

Em estilo neoclássico, tem o traçado retangular, com 55 metros de comprimento, por 7 de largura, com armazéns no centro, ocupando 40 metros da construção, além de dois pavimentos, com telhado, em duas águas. (fotografia acima arquivo Ong Amigos do Trem/enviada por Cyntia Nascimento)         

Por sua história e importância para a cidade e Minas Gerais, objetiva-se sua restauração, preservando assim, uma parte importante da história ferroviária de Minas Gerais.         

De Chiador/MG, o trem seguirá para Sapucaia/RJ. A volta é o caminho inverso, saindo de Sapucaia, passando por Chiador, finalizando em Três Rios/RJ.

Segunda etapa

O trem circulará nas outras cinco cinco mineiras, de acordo com o projeto original, na medida que os trechos do ramal ferroviário e estações, forem sendo reformados pela concessionária e prefeituras, respectivamente. (na foto acima da Ong Amigos do Trem/Divulgação, o novo trem, na Estação Simplício, em Além Paraíba MG, inaugurada em 1871 e reformada, pronta para ser uma das paradas do trem turístico)

O trem circulará nos fins de semana e feriados. Serão em média, 860 passageiros transportados por dia. Segundo estimativa da Ong Amigos do Trem, essa nova linha irá gerar cerca de 300 empregos diretos e fomentará a economia das oito cidades, por onde o trem passará.          

Isso porque, nas paradas, o turista poderá conhecer a gastronomia, artesanato, arquitetura, atividades culturais e ecológicas de cada cidade.

Para que o turista, possa aproveitar ao máximo, a viagem de trem, a Ong Amigos do Trem, planeja organizar atividades diversas dentro dos vagões. O objetivo é tornar o passeio mais atraente e inesquecível. (foto acima arquivo Ong Amigos do Trem/enviada por Cyntia Nascimento)     

Isso porque, além das belezas naturais, das charmosas estações de paradas e atrativos naturais, arquitetônicos, gastronômicos e culturais das 8 cidades que o trem passará, a viagem de trem contará com atrações variadas, organizadas pela Ong Amigos do Trem.

De Viçosa a Cajuri, até Cataguases         

Em novembro, chegaram à cidade de Cajuri, na Zona da Mata Mineira, duas composições, doadas ao município, totalmente restauradas, dando início assim ao tão sonhado retorno do transporte de passageiros por trilhos, entre Viçosa e Cataguases, abandonados pela concessionarias que administram esse trecho.         

A entrega das composições teve a presença da Ong Amigos do Trem, que deu apoio à iniciativa, autoridades regionais e entusiastas da volta dos trens.          

Inicialmente, serão recuperados o trecho entre Viçosa e Cajuri, previsto para julho de 2022, com previsão de extensão para outros trechos seguindo de Cajuri para Coimbra, São Geraldo, Ubá, terminando na Estação de Trem de Cataguases fechando a ligação com a linha Cataguases/Três Rios MG.

A retomada das ferrovias em Minas Gerais         

Os trens de passageiros, mesmo que de início, seja apenas para turismo, é um sonho abraçado por mineiros que lutam pela retomada dos trens nos trilhos de Minas. Aos poucos, os resultados do esforço e persistência, vem sendo superados e os trens, estão voltando aos trilhos, de onde nunca deviam ter saído.          

Quem quiser saber mais sobre o Trem Minas Rio, pode entrar em contato com a Ong Amigos do Trem através da fanpage: Amigos do Trem.

FONTE CONHEÇA MINAS

Olivais oferecem experiências diferenciadas para os turistas no Sul de Minas

Em época de colheita, fazendas que produzem o azeite de oliva na região programam visitas guiadas e degustações

Pouca gente desconfia, mas o azeite de oliva tem propriedades milagrosas: serve como anti-inflamatório, fortalece os ossos, auxilia na prevenção de doenças cardíacas e diabetes e atenua os sintomas da artrite. Mais recentemente, o “ouro líquido”, como foi batizado pelos mediterrâneos, também tem feito muito bem ao turismo na serra da Mantiqueira. 

Em uma extensa faixa de terra de cerca de 3.000 hectares, localizada entre os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, proliferam desde 2018 oliveiras de diversas espécies. Segundo estimativas da Empresa de Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), são mais de 200 pequenos produtores espalhados por 80 municípios, 60% deles em Minas Gerais. 

Dados da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive), que reúne cerca de 35 agroindústrias, mostram que a produção estimada para este ano é de cerca de 100 mil litros, batendo o recorde de 80 mil litros alcançado em 2018. “A cada dia surgem novos produtores”, afirma Moacir Nascimento, presidente da entidade. 

Oliveira e turismo 

A produção é recente porque apenas em fevereiro 2008 foi realizada a primeira extração de azeite de oliva extravirgem na serra da Mantiqueira, abrindo caminho para seu cultivo e expansão. Dois anos depois, a produção saltou de 40 litros para 500 mil litros, com investimentos em pesquisas, melhoramentos de mudas e tecnologia por parte da Epamig. 

“Hoje, tem retorno quem está aliando a olivicultura ao turismo”, afirma Pedro Moura, pesquisador da Epamig. Muitos dos olivais se dotaram de infraestrutura para receber os turistas, oferecendo visitas guiadas e degustações. Outros abriram empórios para venda de produtos e restaurantes. Todos, no entanto, sentem os benefícios do turismo. 

Maria da Fé 

Para florescer, as oliveiras necessitam aliar condições climáticas (mais de 300 horas de frio e temperaturas abaixo de 12°C) e altitudes acima de 1.000 m. Para produzir frutos, demoram um pouco mais: cerca de quatro anos. Segundo Pedro Moura, é uma cultura de custo alto, que exige muitos cuidados e investimentos. A colheita também acontece uma única vez por ano, de janeiro a março. 

Por reunir todas essas características, o centro da produção de azeite na Mantiqueira é Maria da Fé, notoriamente a cidade mais fria de Minas. Na região, existem pelo menos 13 fazendas com olivais em municípios como Aiuruoca, Pedralva, Baependi e Poços de Caldas. Há cerca de 90 marcas de azeite registradas que abastecem o mercado local e são vendidas aos turistas. 

Poços de Caldas 

O olivicultor Moacir Carvalho Dias, proprietário da fazenda Irarema, tem uma das melhores estruturas para receber os visitantes. Em 2017, por questões de custos, ele substituiu a cultura do café pela do azeite, utilizando 86 hectares da área para cultivar oliveiras. “Nós produzimos azeite, mas o turismo é responsável pela grande fatia de nosso lucro”, afirma. 

Ele aproveitou a vocação turística de Poços de Caldas, município localizado a 15 minutos da fazenda, para abrir a propriedade à visitação. No feriado de Carnaval, por exemplo, recebeu 1.480 turistas, mas a média é 500 de pessoas por final de semana. Na programação, ele oferece um pacote fechado com almoço ao custo a partir de R$ 80 ou visitas guiadas com degustação. 

“Faço uma visita ao olival, dou uma aula sobre azeite, mostro o processo de produção e termino o passeio com uma degustação”, conta Dias. No local, ele montou uma lojinha com produtos feitos à base de azeite, como sabonetes e hidratantes. Há, ainda, o sorvete, em que a gordura hidrogenada é substituída pelo azeite, o que ele define como “gelato mais elaborado”. 

A família toda colabora nos processos: o pai Maurício cuida das árvores; a irmã Gabriela, do restaurante e da cafeteria; a mãe Mônica, da produção dos cosméticos. O negócio já tem um pé na sustentabilidade: o azeite é produzido com a ajuda da energia solar. Nada é desperdiçado: o bagaço vira adubo; o caroço, lenha; a folha da oliveira, chá e tintura. O azeite que sobra na máquina é reaproveitado para a produção de sabonete. 

A fama da Irarema não vem do azeite, mas dos antepassados. O avô de Dias, Moacyr de Carvalho Dias – seu homônimo “só que com y”, enfatiza ele – foi o inventor da fórmula do requeijão cremoso em flocos na década de 1950. “Xixo”, como era mais conhecido, morreu em 2017, mas deixou como herança a veia gastronômica da família. 

Catas Altas da Noruega 

Outro Moacir, o Nascimento, engenheiro florestal, comprou em 2008 uma propriedade em Catas Altas da Noruega, ao lado de uma área de preservação ambiental, e, para torná-la produtiva, plantou 600 mudas de oliveiras. Atualmente, são 3.000 pés de diversas idades e uma produção pequena de 1.200 litros, mas com expectativa de triplicar esse volume até 2024. 

Enquanto desenvolve seu projeto em longo prazo, ele e a mulher, Maria de Lourdes, recebem os turistas na Estância do Pinheiro para um passeio de três horas nos olivais, com palestra sobre azeite e degustação. O custo é de R$ 50 a R$ 70 por pessoa. Para quem se interessa em pernoitar, ele montou duas suítes na propriedade, ao custo de R$ 300 a diária. 

Nascimento, que também é presidente da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive), explica que o azeite produzido na Mantiqueira é o suco natural da azeitona sem adição de conservantes. O fruto é moído, e o líquido sai fresco, pronto para ser consumido. A produção em Minas Gerais é pequena e ainda não é suficiente para abastecer o mercado interno. 

Baependi 

O período que mais se consume azeite no Brasil e no mundo é a Semana Santa. “A colheita em Minas é em fevereiro e março, o que faz nosso azeite ter mais frescor do que o europeu, cuja colheita é em setembro e outubro”, afirma Pedro Moura. A recomendação, segundo o pesquisador da Epamig, é que o azeite seja consumido rápido, porque é um produto que, quanto mais novo, melhor. 

“Quanto mais novo, mais expressivas são as características de aroma e sabor, além das propriedades benéficas à saúde. O ideal é consumir o azeite no primeiro ano em que ele é produzido”, ressalta Moura. 

Procurar os sabores mais intensos do azeite é a proposta de Vanessa Bianco, sócia-proprietária do Olivais Gamarra, no santuário do Vale do Gamarra, em Baependi. Vizinhos do Parque Estadual da Serra do Papagaio, dois sítios têm uma área plantada de cerca de nove hectares. A colheita se encerrou antecipadamente no início deste mês, em 3 de março. 

A olivicultora conta que prefere os colher as azeitonas mais verdes por causa dos sabores mais intensos. Pedro Moura corrobora a afirmação de Vanessa: “Azeitonas mais verdes proporcionam um azeite com mais amargor e picância, mas o rendimento também é menor. Já azeitonas mais maduras rendem mais e resultam em um azeite bem mais suave”. 

Vanessa oferece visita guiada ao olival e ao lagar (local da produção) para que o visitante possa comparar os diferentes tipos de azeites. As visitas para grupos de até 30 pessoas custam entre R$ 40 e R$ 100 e devem ser agendadas com antecedência. Uma das atrações da fazenda é a extração feita como era antigamente, por uma prensa mecânica, a única existente no Brasil. 

A Olivais Gamarra também realiza eventos pontuais durante o ano, como concertos de músicas nos olivais e jantares harmonizados. Nos dias 2 e 13 de abril, estão agendadas duas apresentações do projeto Azeite com Arte no Vale do Gamarra e em Caxambu, respectivamente. Na fazenda, ela ainda improvisou um show-room para receber os visitantes. 

Pedralva 

Em Pedralva, Alícia Gonçalves, da Fazenda Fio de Ouro, perpetua a tradição da família. O pai, Armando, ainda cuida do olival e do lagar. Para aproveitar a onda turística de Maria da Fé, o restaurante Casa Grappolo foi inaugurado em maio do ano passado, todo em vidro e com vista para o olival, permitindo ao turista acompanhar a colheita enquanto degusta o azeite. A previsão da colheita deste ano é de produção de 30 mil litros de azeite.

Na visita guiada à fazenda de 75 hectares, o turista conhece sete variedades de azeites e seus processos de extração. Se a viagem ocorrer em época de colheita, ele pode experimentar o azeite logo que é extraído. Caso a visitação aconteça em outra época do ano, a novidade é o azeite de abacate, produzido desde o ano passado, porém mais ácido e adocicado do que o de oliva. 

Morangos orgânicos 

Na mesma linha de unir turismo e azeite, a fazenda Maria da Fé deve produzir 10 mil litros neste ano. Para queimar etapas, Mirta Bonifácio adquiriu a propriedade com as oliveiras já plantadas. As visitas guiadas levam ao olival, ao lagar e a degustações sensoriais. O passeio custa R$ 30 por pessoa e dura uma hora, mas é necessário pré-agendamento por telefone. 

O azeite tem levado olivicultoras como Mirta a aproveitar a fama do “ouro líquido” da serra da Mantiqueira para oferecer aos visitantes outros produtos típicos da região, como o doce de leite e o morango orgânico. Ela reconhece que as pesquisas da Epamig com o azeite não só atraíram empreendedores, como ela, para a região, mas também está movimento a economia e o turismo. 

Feiras 

Os interessados em conhecer mais sobre o azeite produzido na serra da Mantiqueira terão oportunidade em dois momentos. No dia 25 de março, a Epamig realiza o 17º Dia de Campo de Olivicultura, integrando a programação do Azeitech na comemoração do Dia do Campo. Em abril, o município de Maria da Fé promove mais uma edição da tradicional Festa do Azeite Novo. 

História do azeite 

As oliveiras, árvores seculares citadas inclusive na Bíblia, foram trazidas para o Brasil pelos portugueses por volta do século XIX, embora seja uma planta originária do Sri Lanka e do Oriente Médio. Como o azeite era dos principais produtos comerciais de Portugal, a Coroa determinou a erradicação de todas as plantações de oliveiras no Brasil. 

O cultivo, no entanto, retornou em 1935, quando o português Emílio Ferreira dos Santos adquiriu um terreno em Maria da Fé, em 1933. Ele achou as condições climáticas muito parecidas com as de Portugal e convenceu a esposa e os filhos a se mudarem para o Brasil, trazendo seis mudas de oliveira. Na década de 1940, o agrônomo Washington Alvarenga Viglioni pegou mudas para estudar e as plantou onde hoje fica a estação de pesquisa da Epamig em Maria da Fé. 

As primeiras azeitonas foram colhidas em 1960, e 14 anos depois, em 1974, foi criada a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que assumiu a estação de pesquisa em 1975. Desse então, os pesquisadores se debruçam na missão de fazer o cultivo da planta em maior escala. Eles também trouxeram mudas da Espanha, Grécia e Itália para entender qual delas se adaptaria melhor ao nosso clima. 

Espécies de azeitonas 

Vários tipos de azeitonas, os chamados “cultivares”, adaptaram-se ao Sul de Minas. Entre eles estão Arbequina (de origem espanhola, mais suave e frutado); Grappolo 541 (oriundo da Itália, frutado, herbáceo e com moderado amargor), Koroneiki (originário da Grécia, que produz um óleo mais picante), Maria da Fé (nacional, desenvolvido pela Epamig, tem características de azeite encorpado, com picância e amargor moderado) e o Blend (referência à mistura de dois ou mais azeites, resultando desde um mais suave até um mais forte). 

Serviço

Conceitos que indicam qualidade em azeites

Frutado: Pode ser sentido no aroma e no sabor e está diretamente ligado ao frescor. Pode ser mais ou menos intenso, remeter a fruta verde ou madura, pode lembrar campo (verde), tomate, amêndoas. 

Amargor: É sentido sobre a língua e pode ser mais ou menos intenso.  

Picância: É sentida quase na garganta. Pode ser muito ou quase nada picante.  

Herbáceo: Azeite com sabor semelhante ao de ervas, com notas de grama cortada. 

Saiba mais sobre as visitas

Epamig: Conheça um pouco mais o trabalho da Epamig

Fazenda Irarema: Acesse Fazenda Irarema e conheça os produtos. Visita guiada aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h. Pacote de tour guiado com almoço a partir de R$ 80. 

Olivais Gamarra: Saiba mais sobre a fazenda e sua produção de azeite em Olivais Gamarra. Visitas guiadas custam entre R$ 30 e R$ 100. 

Estância do Pinheiro: Visitas guiadas entre R$ 50 e R$ 70 por pessoa. Acesse Instagram / @oliveiscatassaltasdanoruega ou Facebook / Estância Pinheiro ou confira pacotes no site d agência de ecoturismo Andarilhos da Luz. Hospedagem na fazenda a R$ 300 a diária para o casal.

Fazenda Maria da Fé: Confira os produtos em Fazenda Maria da Fé e agende visita pelo telefone (35) 99221-8607. Visitas guiadas a R$ 30 por pessoa. 

Fazenda Fio de Ouro: Conheça sobre a fazenda e sua produção de azeite em Azeite Fio de Ouro. Visita guiada + degustação a R$ 30 por pessoa.

FONTE O TEMPO

Secretário de Cultura visita Santana dos Montes e prepara tombamento do núcleo histórico e bens imateriais

Com raízes no século 18, olhos no presente e portas abertas às oportunidades futuras, o município de Santana dos Montes, na Região Central de Minas, está na reta final para ser protegido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) com uma novidade: o tombamento híbrido. Pela primeira vez, serão agregados ao dossiê elementos do patrimônio imaterial, incluindo atividades artísticas, como a Escola de Violeiros, e manifestações populares (congado e folia de reis). “Teremos, dessa forma, mais garantia de participação comunitária e menos arbitrariedades no processo”, disse, ontem, o presidente do Iepha, Felipe Pires.

Hoje (19) e domingo (20) Pires estará em Santana dos Montes, a 130 quilômetros de Belo Horizonte, para encontro com autoridades municipais, integrantes do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (Compac) e outros representantes da cidade. “Vamos fazer um inventário participativo, com informações que serão adicionadas ao dossiê convencional de tombamento”, disse Felipe Pires, que é engenheiro civil, arquiteto e tem especialização em engenharia de monumentos. Amanhã, a reunião terá a presença do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, e do prefeito local, Avanilson Alves de Oliveira.

A expectativa é de que o tombamento do núcleo histórico ocorra no próximo mês pelo Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep). O órgão tem Leônidas Oliveira como presidente e Felipe Pires como secretário-executivo, e apresentará nova composição (21 conselheiros) para o período 2022-2024. Para o secretário estadual, a cidade de Santana dos Montes é singular, e merece destaque o inédito tombamento híbrido. “A paisagem cultural que a circunda, seu casario, igrejas e fazendas são de uma beleza ímpar. Ao terminar esse dossiê e propor sua ampla proteção como patrimônio cultural material e imaterial do estado, o governo de Minas quer eternizar mais um capítulo importante da história originária da mineiridade, fundada no período colonial brasileiro. Ao proteger arquitetura, estilos e, de forma conjunta, suas tradições, torna-se também o primeiro modelo de tombamento híbrido.”

O secretário destaca que arte, materialidade e modos de vida são fundamentos de um povo. “Ganhamos enquanto povo, enquanto governo, e ganha o Brasil. Esperamos que a economia criativa promovida pelo turismo possa ser, a partir desse momento, indutora do desenvolvimento local, tendo o patrimônio histórico como centralidade. São dias de festa para a mineiridade. Ao povo de Santana, nossa reverência e gratidão por preservar a história de Minas Gerais.”

VALORIZAÇÃO

A expectativa é grande no município de 3,8 mil habitantes, que comemora este ano o cinquentenário de emancipação de Conselheiro Lafaiete. “O tombamento do conjunto edificado e o reconhecimento do patrimônio imaterial são importantes não só para a valorização cultural e preservação dos monumentos, como para alavancar nosso turismo, que perdeu muito no período da pandemia”, ressalta a secretária Municipal de Cultura, Desenvolvimento, Turismo, Esportes e Lazer, Adriana Couto.

“Temos belos casarões, imponentes fazendas coloniais, natureza, a Igreja Matriz de Santana, da qual há registro em 1740, a Escola de Violeiros, fundada há 16 anos e reconhecida como patrimônio do município…”, enumera a secretária, lembrando que o núcleo histórico tem proteção municipal desde 2003. Outra iniciativa importante é a Via Liberdade, eixo turístico-cultural ligando o Rio de Janeiro (RJ) a Brasília (DF) pela rodovia BR-040, caminho que atravessa 70% do patrimônio nacional tombado e nove sítios reconhecidos como patrimônio mundial. “Estamos a 17 quilômetros da estrada. Conforto e tranquilidade são ingredientes de destaque nos hotéis-fazenda e pousadas da região”, observa Adriana Couto.

A secretária conta que a região foi habitada inicialmente por indígenas do povo carijó, seguidos dos colonizadores portugueses. Depois, recebeu escravizados africanos, cujos descendentes “mantêm viva a tradição da Festa do Rosário, a folia de reis e o congado”.

A história

O N.H.U (Núcleo Histórico Urbano, nome técnico atual para Centro Histórico) em Santana dos Montes foi protegido por lei em 2003. Composto das praças Aristides Teixeira e Oscar Teixeira, onde a igreja matriz de Santa Ana e a Fazenda da Mamona imperam graciosas perante quase 3 séculos, o conjunto arquitetônico das praças abriga também harmoniosamente casas e sobrados.
É uma história viva, contada por suas edificações dos séculos XVIII, XIX e XX. Bem cuidados por seus moradores, o poder público se juntou a esses desde 2001 para a proteção e salvaguarda da história local. O Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, que congrega moradores, agentes e ONGs locais é deliberativo e tem efetiva ação de proteção naquela localidade, de expressiva importância cultural para a antiga grande Queluz de Minas. Santana dos Montes é cidade desde 1962, se tornando independente de Conselheiro Lafaiete da qual era distrito até então.
Em 2010, o município encaminhou demanda de tombamento estadual pelo IEPHA/MG, onde sua diretoria já cientificava através de seus técnicos da importância desse pleito para a cidade e para a própria instituição. Iniciados estudos e diagnósticos foi na gestão do secretário de Estado da Cultura Angelo Osvaldo Santos (hoje prefeito de Ouro Preto) que se iniciou em parceria com o município, o dossiê de tombamento a nível de Minas Gerais.

Evento

O evento vai contar com a presença do secretário de estado de Cultura e Turismo. Para fortalecer a imagem, os atrativos e as potencialidades de Santana dos Montes, no próximo sábado (19) será apresentada a nova MARCA DO DESTINO TURÍSTICO da cidade. O evento de lançamento será às 11h, no Salão de eventos Solar dos Montes (MG) e você é nosso convidado especial.

O objetivo da marca é também ser a identidade do destino, selando tudo o que ele representa, independente de gestão política, para que esta perdure e seja utilizada de forma ampla por todos os atores da cadeia produtiva do turismo, se estendendo também a outros setores que queiram identificar seus produtos. A marca de destino se vincula às características do lugar, fazendo referência a seus atributos e talentos.

Vamos juntos, estruturar para crescer!

Com o objetivo de resgatar e preservar a história das estações de trem, Trilha dos Inconfidentes dá início ao projeto “Rota das Estações”

Com o intuito de estruturar rotas para a prática do cicloturismo em Minas Gerais, a Trilha dos Inconfidentes, através do Projeto Reviva, vai colocar em prática o projeto Rota das Estações, que vai percorrer os municípios que possuam estações de Trem ativas ou desativadas e que façam parte da Instância de Governança Regional Trilhas dos Inconfidentes.

O objetivo do projeto é resgatar e preservar a história da região, destacando a importância das estações para a cultura, o turismo e a história de Minas Gerais.
Além disso, o projeto foca também na interação entre a comunidade e as estações. O projeto conta com o apoio institucional da Secult – Secretaria de Estado de
Cultura e Turismo de Minas Gerais e do Governo do Estado de Minas Gerais.

Para colocar em prática esta ação, a Trilha vai contar com Vivi Sawczuk, ciclista e guia de cicloturismo. Vivi vai percorrer as cidades de Alfredo Vasconcelos, Antônio
Carlos, Barbacena, Barroso, Carandaí, Coronel Xavier Chaves, Conceição da Barra de Minas, Carrancas, Ibituruna, Nazareno , Prados, Ritápolis, Santa Cruz de Minas,
São João del Rei, São Vicente de Minas, Tiradentes. O trajeto da Rota das Estações já é feito por ciclistas que buscam desbravar as belezas da região, e vão
contar agora com um melhor desenvolvimento do percurso.

Em cada visita, Vivi vai registrar as estações e um pouco da história das cidades a qual elas pertencem. Assim, o projeto busca referenciar estas estações como
importantes pontos turísticos do estado, atraindo novos investimentos e, consequentemente, gerando novos empregos.

Outro objetivo do projeto é buscar recursos financeiros para o tombamento das estações, trabalhando para a revitalização e preservação dos espaços, tornando-os
propícios também para o uso da comunidade local.

Vivi Sawczuk

Vivi Sawczuk é ciclista, montanhista, escaladora, instrutora de yoga e guia de trekking, hiking e cicloturismo e já percorreu os mais clássicos caminhos do Brasil.
Recentemente, percorreu também alguns dos Caminhos de Santiago de Compostela, na Europa.

Já participou e subiu ao pódio de Maratonas e Ultramaratonas de Mountain Bike. No último ano, se dedicou exclusivamente à prática de enduro, uma modalidade do
Mountain Bike, vindo a conquistar o título de vice-campeã nacional de Enduro na categoria Master, em Portugal.

Usa suas redes sociais para inspirar outras pessoas, principalmente as mulheres, a praticarem esportes. Acredita que atividades físicas, junto com o contato com a
natureza, podem curar diversos males modernos.

Vivi acredita que motivar as mulheres a se tornarem atletas combate diretamente todas as limitações impostas pela sociedade, mas que ainda há muito pelo que
lutar. “Muito já foi conquistado por nós, mulheres! A cada dia ganhamos mais espaço, adquirimos mais direitos, acreditamos mais em nós. Mas ainda há muito por
fazer, ainda há muitas barreiras a serem derrubadas. Ainda há muito o que superar! E sei que posso influenciar positivamente homens e mulheres com minhas histórias, com minhas conquistas! Fazendo o que mais gosto, conhecendo lugares e pessoas e relatando tais aventuras, inspiro outros e outras a fazerem o mesmo.”

Trilha dos Inconfidentes (Instância de Governança Regional- IGR)

Fundado em 28 de agosto de 2000, o nome se deu em função da história da região ligada aos Inconfidentes Mineiros. As cidades que abrangem o Circuito fazem parte da história da independência do país. Ao todo, 26 municípios fazem parte da entidade. São eles: Alfredo Vasconcelos, Antônio Carlos, Barbacena, Barroso, Carandaí, Carrancas, Conceição da Barra de Minas, Coronel Xavier Chaves, Desterro do Melo, Dores de Campos, Entre Rios de Minas, Ibituruna, Itutinga, Lagoa
Dourada, Madre de Deus de Minas, Nazareno, Piedade do Rio Grande, Prados, Resende Costa, Ritápolis, Santa Bárbara do Tugúrio, Santa Cruz de Minas, São
João del-Rei, São Tiago, São Vicente de Minas e Tiradentes. As características da região proporcionam uma infinidade de atrativos que vão desde passeios históricos, passando pelo ecoturismo,o turismo de aventura, turismo rural e tendo a cozinha mineira como principal elo entre os atrativos.

REVIVA TURISMO

O programa Reviva Turismo foi criado em maio de 2021 para impulsionar a retomada gradual e segura das atividades turísticas, com base em quatro eixos:
biossegurança, estruturação, capacitação e marketing do destino Minas Gerais. De acordo com o Governo Estadual, um dos principais objetivos do programa é
resgatar o setor, um dos mais prejudicados pela crise em função da pandemia de covid-19, e estimular toda sua cadeia produtiva, que envolve oficialmente 15
segmentos econômicos, segundo critérios do Ministério do Turismo. A meta é que o Turismo gere 100 mil empregos até o final deste ano, colocando Minas entre os três principais destinos do país.

A Trilha dos Inconfidentes foi contemplada pelo Reviva Turismo em dois projetos:
“Tô na Trilha, Tô em Minas” e “Tô na Trilha, Negócios”, projetos que irão promover e dar mais visibilidade às cidades do circuito, tendo como eixos de trabalho a
biossegurança dos roteiros existentes, fortalecimento da estruturação turística das cidades, capacitação do pessoal que trabalha com turismo e marketing do destino Trilha dos Inconfidentes. Percorrendo as múltiplas potencialidades turísticas de Minas Gerais – paisagens naturais e urbanas exuberantes; a singular cozinha mineira; concentração de patrimônios históricos, culturais e da humanidade e toda a mineiridade representada pelo povo acolhedor de nossas cidades.

A estruturação do programa acontece em consonância com o plano Minas Consciente e com as tendências mundiais para o Turismo no atual cenário, que
envolvem a busca por atividades ao ar livre e turismo de natureza, de aventura, rural, cultural e de experiências, tudo dentro dos protocolos de segurança exigidos
pelo estado.

Acompanhe pelas redes sociais:
No Instagram: @tonatrilha e @caminhosdesaotiagomg @visiteminasgerais
No Youtube: Tô na Trilha
No Facebook: facebook.com/tonatrilha.tur.br e facebook.com/VisiteMinasGerais
Site: www.minasgerais.com.br

SECULTE irá realizar o I Festival Gastronômico Feliciano Mendes

A Secretaria de Cultura, Esporte, Eventos, Turismo e Lazer de Congonhas se reuniu na tarde desta quinta-feira (24) com o Instituto Histórico e Geográfico da cidade para a realização do I Festival Gastronômico Feliciano Mendes.

Ficou decidido entre todos que o evento será realizado na data de 8 a 12 de Junho de 2022. Para a Seculte, o Festival Gastronômico é de grande importância para a cidade, pois poderá apresentar aos moradores e turistas uma variedade de pratos típicos dos estabelecimentos locais além da atração turística para Congonhas, principalmente, divulgando e apresentando a história de Feliciano Mendes, ermitão português que fundou, por meio de uma graça alcançada, uma das maiores peregrinações brasileiras: a dedicada ao Bom Jesus de Matosinhos.

Em breve a Secretaria terá novas informações de inscrições e como será realizado o Festival.

Por Lilian Gonçalves – Comunicação – Prefeitura de Congonhas
Foto: Seculte

Turismo vale-tudo nos cânions de Capitólio

Visita em janeiro de 2020 antecipou cenário da tragédia anunciada que, dois anos depois, deixou pelo menos dez mortos

No pequeno e improvisado porto de embarque do Rio Turvo, à margem da estrada MG-050, as famílias se aglomeravam para esperar a saída do passeio pela represa de Furnas. Alguns com coletes salva-vidas, outros não, todos animados. Muitas crianças zunindo de lado a outro enquanto a fila de turistas aumentava. Um janeiro chuvoso e de calor constante. Talvez por isso, muitos grupos ali levassem seus isopores cheios de bebidas para o programa de até quatro horas de navegação pelos cânions do Capitólio, em Minas Gerais. A cena poderia ter sido hoje, mas aconteceu em 6 de janeiro de 2020.

Naquele verão inocente, percorremos 130km pela Serra da Canastra até Capitólio, em Minas Gerais, destino conhecido para quem visita a nascente histórica do rio São Francisco no Parque Nacional da Canastra. Era a parada que nossa família precisava, intervalo numa longa viagem de exploração por Minas Gerais. Chegamos na véspera, como programado, e tudo parecia tranquilo. Apesar do tempo ainda instável, resolvemos manter os planos e ligar para um marinheiro recomendado na pousada onde estávamos. Marcamos para o dia seguinte. Um barco para os quatro e um pouco de brisa num lugar bonito. Paraíso. Foi o que imaginamos.

Mas a realidade é diferente da propaganda. O que o lugar tem de deslumbrante – os paredões de pedra rasgados pela água verde esmeralda da represa – tem de desordem. São dezenas de lanchas se espremendo entre os apertados corredores de pedra. Chega a ser sufocante em alguns momentos. Os barcos que transportam grupos parecem estar sempre em sua capacidade máxima. Além de concorrerem por espaço, disputam ainda o som ambiente, cada um com sua música. As embarcações chegam perigosamente perto das cachoeiras e umas das outras, sem zona de manobra. É aflitivo. Não existe sinalização para avisar de perigos ou evitar esse ou aquele lugar. É o turismo vale-tudo, daquele tipo que permite deslizar seu jet-ski onde bem entender na praia ou pescar em área de proteção. Se é que você me entende.

Lanchas lotadas e aglomeradas à distância pouco prudente da cachoeira: tudo errado. Foto Simone Barreto 6.1.2020
Lanchas lotadas e aglomeradas à distância pouco prudente da cachoeira: tudo errado. Foto Simone Barreto 6.1.2020

Não vimos qualquer fiscalização naquele 6 de janeiro. Havia um bar flutuante acima de sua capacidade funcionando num dos pontos de observação turística. Já na água e no início da nossa jornada, o piloto nos avisou que pouco antes tinha acontecido uma tromba d´água – muito comum nessa época do ano, acrescentou ele, só precisávamos ficar atentos. (Nesse momento, me lembro do nosso caçula pedindo um colete extra ao marinheiro).

As cenas do desabamento em Capitólio nos deram uma tristeza infinita. É natural nos imaginarmos no lugar daquelas pessoas que perderam as vidas num momento de lazer. Da natureza sou apenas observadora, portanto não tenho autoridade para falar sobre a geologia do local. Mas posso afirmar com convicção e como testemunha que não temos proteção suficiente para explorar o turismo em regiões como a da represa de Furnas.

Somos amadores. As trombas d´água acontecem com frequência. Então por que não evitar as cachoeiras em épocas de grande volume de chuvas como agora? A sensação é de que tudo está nas mãos do piloto, que pode ou não pôr todos ali em risco. Os barcos saem às dezenas todos os dias das férias. Quem fiscaliza a quantidade de embarcações? Nosso marinheiro mencionou algumas vezes a possiblidade de sermos abordados pela inspeção local, mas não vimos uma autoridade portuária em nenhum momento entre o embarque e o desembarque. O porto continua improvisado. E como há mais de uma saída para a água, improvisos são comuns e conhecidos na região. A dona da pousada onde ficamos nos deu o contato de uma empresa que tinha lancha legalizada, mas no porto não havia informação clara sobre as embarcações regularizadas. A sinalização continua inexistente. Onde está a regulação do local? Pelo que pudemos perceber do nosso passeio, apenas na cabeça dos marinheiros.

Não é a chuva, não é a pedra, não é a tromba d´água. A responsabilidade é do Estado. No meu janeiro de 2020 no Capitólio, o Estado não estava à vista.

FONTE PROJETO COLABORA

Piranga aposta no turismo para geração de renda e empregos

O departamento municipal de cultura e turismo do Município de Piranga, juntamente com o Circuito Villas e Fazendas deram início a um importante projeto para o desenvolvimento do turismo de base comunitária. O momento contou com grande participação da comunidade!
O projeto tem por objetivo sensibilizar e orientar a comunidade sobre a importância do planejamento da atividade turística e as inúmeras possibilidades que este setor pode trazer a comunidade.

O Prefeito Luisinho esteve presente e afirmou seu compromisso com o desenvolvimento e ressaltou que acredita no turismo para contribuir com a comunidade.

O evento contou ainda com a parceria do Sebrae, Agência de Viagens Ver Gerais de Conselheiro Lafaiete e Andarilhos da Luz de Belo Horizonte.

Na oportunidade, o Circuito Villas e Fazendas, através da Gestora Sidnéia, apresentou sobre as ações e principais projetos desenvolvidos pela entidade e as oportunidades de desenvolvimento através do trabalho conjunto das doze cidades.

O Circuito Villas e Fazendas agradece à Comunidade que marcou presença, ao Prefeito Luisinho e a Ana Carolina da Divisão de Cultura e Turismo pela oportunidade, além do Sebrae, Ver Gerais e Andarilhos por estarem juntos mais uma vez!

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