Ômicron está se espalhando e infectando vacinados, diz OMS

GENEBRA (Reuters) – A variante Ômicron do coronavírus está se espalhando mais rápido do que a variante Delta e causando infecções em pessoas já vacinadas ou que se recuperaram da Covid-19, disse o chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta segunda-feira.

“Agora há evidências consistentes de que a Ômicron está se espalhando significativamente mais rápido do que a variante Delta”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma coletiva de imprensa para jornalistas em Genebra, realizada em sua nova sede.

A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, disse que a variante está evitando com sucesso certas respostas imunológicas, o que significa que as campanhas de reforço que estão sendo lançadas em muitos países devem ser direcionadas a pessoas com sistemas imunológicos mais fracos.

A Ômicron parece ser melhor em evitar anticorpos gerados por algumas vacinas contra Covid-19, mas existem outras formas de imunidade que podem prevenir infecções e doenças, disseram autoridades da OMS.

“Não acreditamos que todas as vacinas se tornarão completamente ineficazes”, disse Swaminathan.

O especialista da OMS, Abdi Mahamud, acrescentou: “Embora estejamos vendo uma redução nos anticorpos de neutralização, quase todos os dados mostram que as células T permanecem intactas, isso é o que realmente precisamos”.

Embora a defesa por anticorpos de alguns esquemas vacinais tenha sido prejudicada, há esperança de que as células T, o segundo pilar de uma resposta imune, possam prevenir casos graves da doença, atacando células humanas infectadas.

Swaminathan, referindo-se a um tratamento para pessoas com a doença, disse: “Claro que há um desafio, muitos dos monoclonais não funcionam com a Ômicron.” Ela não deu detalhes.

Mas a equipe da OMS também ofereceu alguma esperança de que 2022 será o ano em que a pandemia, que já matou mais de 5,6 milhões de pessoas em todo o mundo, terminará.

“(Nós) esperamos transformar esta doença em uma doença relativamente leve que é facilmente prevenida, que é facilmente tratada… e capaz de lidar facilmente com esta doença no futuro”, disse Mike Ryan, o principal especialista em emergências da OMS durante o briefing.

“Se pudermos manter a transmissão do vírus ao (patamar) mínimo, poderemos acabar com a pandemia.”

No entanto, Tedros também disse que a China, região onde o coronavírus SARS-CoV-2 foi detectado pela primeira vez no final de 2019, tem de fornecer dados e informações relacionadas a sua origem para ajudar na resposta à doença no futuro.

“Precisamos continuar até sabermos as origens, precisamos nos esforçar mais porque devemos aprender com o que aconteceu desta vez para (fazer) melhor no futuro”, disse Tedros.

FONTE ISTO É

Ômicron se propaga mais rápido e é mais resistente às vacinas, diz OMS

Dados preliminares coletados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) mostram que a variante ômicron se propaga mais depressa que a delta, porém causa sintomas mais leves. Dessa forma, a mutação parece contornar parcialmente as vacinas existentes no mercado. A descoberta foi anunciada ontem (12), em comunicado técnico.

Segundo informações da OMS, a nova cepa já está presente em 63 países do globo. Na África do Sul, a ômicron está se disseminando de forma mais veloz que a variante delta, cuja circulação no país é reduzida. Porém, a nova cepa vem se espalhando rapidamente mesmo em nações onde a incidência da delta é alta, como nos países do Reino Unido.

‘Ômicron deve superar delta onde há transmissão comunitária’

A OMS ainda revelou que, no momento, a ausência de mais dados impede afirmar se a taxa de transmissão da ômicron é relativa à evasão imunológica, ao fato de ser mais transmissível ou a uma combinação dos dois fatores. A entidade também avaliou que a “ômicron deve superar a delta nos lugares onde há transmissão comunitária”.

Tanto na África do Sul como na Europa, os sintomas da nova variante parecem ser de leves a moderados. No entanto, a coleta de dados ainda é precária para estabelecer o nível de gravidade do quadro clínico provocado pela mutação.

Na África do Sul, um grupo de cientistas revelou que as duas doses do imunizante da Pfizer tem eficácia de apenas 22,5% na proteção contra a variante ômicron. A pesquisa analisou, em laboratório, o sangue de 12 pacientes imunizados com a fórmula frente à nova mutação do vírus.

Vacinação contra Covid-19

A OMS ressalta que os resultados apresentados são fruto de estudos preliminares. No entanto, existem informações iniciais de que as reinfecções aumentaram na África do Sul, o que pode estar relacionado ao fato de que o vírus contorna anticorpos produzidos em infecções prévias. O texto acrescenta que os testes RT-PCR são eficazes e devem continuar sendo utilizados para diagnosticar pacientes infectados pela Covid-19.

A entidade ainda revelou outro estudo, que analisou amostras de sangue de pessoas vacinadas ou curadas após a infecção pela variante ômicron. Os resultados mostraram menor atividade de neutralização dos anticorpos, em comparação a outras variantes do vírus.

Na semana passada, a fabricante Pfizer/BioNTech afirmou que o esquema de imunização de três doses segue “eficaz” contra a variante ômicron. É o que acontece hoje em países da Europa, que incentivam a população a tomar uma terceira dose da vacina frente às novas ondas de circulação do coronavírus.

Nesta segunda-feira (13), o Reino Unido informou a primeira morte pela ômicron no mundo. O caso foi comunicado pelo primeiro-ministro, Boris Johnson.

Edição: Vitor Fernandes

FONTE BHAZ

Terceiro caso da variante ômicron no Brasil é confirmado em São Paulo

O caso é de um homem de 29 anos que, vindo da Etiópia, desembarcou no Aeroporto de Guarulhos (SP) no último sábado (27)

A Secretaria da Saúde de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (1) o terceiro caso da variante ômicron da Covid-19, potencialmente mais contagiosa, no estado e também no Brasil.

O caso é de um homem de 29 anos que, vindo da Etiópia, desembarcou no Aeroporto de Guarulhos (SP) no último sábado (27). Ao chegar em solo brasileiro, o passageiro foi testado e, em seguida, diagnosticado com a Covid-19.

A identificação de que o homem estava infectado com a variante ômicron foi feita pelo Instituto Adolfo Lutz, ligado ao governo de São Paulo.

Ainda de acordo com a Secretaria da Saúde, o homem tomou as duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 e está em “isolamento domiciliar”, em Guarulhos, desde que chegou ao Brasil, estando, até hoje, assintomático.

Casal isolado

O casal diagnosticado com a variante ômicron do novo coronavírus está em isolamento na casa de parentes na cidade de São Paulo junto com mais quatro familiares, sendo três adultos e uma criança.

Tanto o casal, que está assintomático, quanto seus parentes adultos tomaram as duas doses da vacina contra a Covid-19, segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

O secretário comentou o caso na manhã desta quarta-feira (1º), durante entrevista na Mooca, na zona leste, onde acompanhou o início de uma campanha de busca para vacinar moradores de rua com segunda dose.

Na terça-feira (30), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmou que a variante ômicron foi identificada no país. À noite, o Instituto Adolfo Lutz confirmou os casos.

O homem de 41 anos e a mulher de 37 são missionários na África do Sul, segundo Aparecido.

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, o casal chegou a São Paulo em 23 de novembro e fez o teste dois dias depois, quando os dois foram identificados com a Covid-19.

De acordo com o secretário, a pasta da Saúde agora busca rastrear as pessoas que tiveram contato com os dois. “Desde o dia do diagnóstico para Covid, os dois entraram em isolamento”, afirmou.

Segundo o secretário, a família do casal, também isolada, será testada na tarde desta quarta para saber se também está com Covid.

Um outro paciente com Covid-19 e que passou pela África do Sul aguarda resultados de exames do Instituto Adolfo Lutz. Morador em Guarulhos, o homem de 38 anos chegou ao Brasil no sábado e segundo a prefeitura da cidade da Grande São Paulo, também está em isolamento domiciliar.

FONTE O TEMPO

Brasileiro que passou pela África do Sul, foco da ômicron, está com Covid

Anvisa confirmou o teste positivo, mas afirmou que ainda não é possível dizer se trata-se de uma infecção pela variante ômicron

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou na tarde deste domingo (28) que um passageiro brasileiro com passagem pela África do Sul testou positivo para a Covid-19. No entanto, ainda não é possível afirmar que se trata de uma contaminação pela variante ômicron.

Ele desembarcou em Guarulhos neste sábado (27) em um voo da Ethiopian Airlines.

A agência reguladora disse, em nota, que fiscaliza e exige, por força de portaria interministerial, que o viajante apresente exame RT-PCR negativo para Covid-19 realizado em, no máximo, 72 horas antes do voo internacional na origem do voo.

Na ocasião, o passageiro em questão chegou ao Brasil com teste negativo, assintomático. No entanto, após sua chegada, a Anvisa foi informada no sábado (27) sobre o resultado positivo de novo teste de RT-PCR, realizado pelo laboratório localizado no aeroporto de Guarulhos.

“Diante do resultado, a agência notificou o CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) nacional, estadual e municipal neste domingo (28). A Vigilância epidemiológica do município de Guarulhos também foi acionada para acompanhamento do caso.

FONTE O TEMPO

MG tem 1º caso da variante Mu, descoberta na Colômbia; casos de Delta vão a 236

Variante que tem demandado atenção por resistir a vacinas foi localizada em duas cidades de Minas Gerais

Minas Gerais registrou os cinco primeiros casos da variante Mu, descoberta inicialmente na Colômbia e que tem demandando atenção da Organização Mundial de Saúde (OMS) devido a sua possível capacidade de resistir a vacinas. Até o momento, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), são dois casos em Guanhães e outros três em Virginópolis, ambos municípios do Vale do Rio Doce. O número de casos da variante Delta, por sua vez, aumentou no Estado e saltou para 236 (veja o mapa abaixo).

A reportagem aguarda posicionamento da SES-MG com detalhes sobre os registros da Mu. O Ministério da Saúde ainda não confirmou a O TEMPO se esses são os primeiros casos da variante registrados no Brasil.

Em entrevista exclusiva ao quadro Café com Política, da rádio Super 91,7 FM, na quinta-feira (2), quando os casos ainda não haviam sido divulgados, o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, comentou que esta cepa não causa preocupação no Estado, mas que seria observada, assim como outras. “Novas variantes são descobertas o tempo todo em estudos genômicos. A diferença é notar se é uma mutação isolável e não replicável. A UFMG, por exemplo, encontrou, em Belo Horizonte, uma cepa nova (em abril deste ano; relembre), mas ela foi muito pouco encontrada, foi uma achado sem relevância epidemiológica”, lembrou o secretário. “Entra a variante existir e se propagar, a diferença é grande. Na maioria das vezes, isso não aconteceu. Há várias cepas que surgem, o vírus muda muito”, completou.

Ele também ressaltou que o melhor caminho para evitar variantes que causem preocupação é a vacinação completa. “O ponto fundamental é sempre a vacinação com duas doses. A variante só surge com a mutação do vírus. Se a gente bloqueia a transmissão, com a imunidade de rebanho, ele para de se replicar, reduz muito essa replicação, e o risco de vir uma nova variante e ser mais resistente cai muito”, comentou.

A variante B.1.621, de acordo com a nomenclatura científica, ou Mu, é classificada como uma “variante de interesse”, segundo a OMS indicou em seu boletim epidemiológico semanal, divulgado na terça-feira, sobre a evolução da pandemiaa. Essa variante tem mutações que podem indicar resistência às vacinas. Ela foi descoberta em janeiro, na Colômbia. Desde então, foi encontrada em outros países da América do Sul e na Europa.

Delta

Já os casos da variante Delta em Minas Gerais, uma das mais preocupantes, visto que ela é mais transmissível, chegaram a 236 nesta sexta-feira, segundo o Painel de Monitoramento da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG).

Até a terça-feira (31), eram 174 casos de infecção.

A cidade com mais registros segue sendo Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, com 38 identificados. Em seguida, há Belo Horizonte, com 24, e Itabirito e Unaí, ambos com 12.

FONTE O TEMPO

Variante Mu da Covid, descoberta na Colômbia, se mostra resistente a vacinas

Ela foi detectada pela primeira vez em janeiro passado e, desde então, foi encontrada em outros países da América do Sul e na Europa

Cientistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) analisam uma nova variante do coronavírus, batizada de “Mu”, identificada pela primeira vez em janeiro na Colômbia, informou a entidade.

A variante B.1.621, de acordo com a nomenclatura científica, continua classificada como uma “variante de interesse”, indicou a OMS em seu boletim epidemiológico semanal sobre a evolução da pandemia, publicado na noite de terça para quarta-feira. A variante tem mutações que podem indicar resistência às vacinas e mais estudos serão necessários para entender suas características, explicou a organização.

Todos os vírus, incluindo o SARS-CoV-2, que causa a Covid-19, sofrem mutações com o tempo, e a maioria delas tem pouco ou nenhum impacto nas características do vírus.

No entanto, algumas mutações podem afetar as propriedades do vírus e influenciar, por exemplo, sua capacidade de propagação, a gravidade da doença que causa ou a eficácia de vacinas, medicamentos ou outras medidas para combatê-la.

O surgimento em 2020 de variantes que apresentavam risco agravado à saúde pública global levou a OMS a caracterizá-las como “de interesse” ou “preocupantes”, a fim de priorizar as atividades de vigilância e pesquisa em nível global.

A entidade adotou as letras do alfabeto grego para nomear as variantes e assim facilitar sua identificação para o público não científico e evitar a estigmatização associada ao país de origem.

Quatro das variantes foram classificadas pela OMS como “preocupantes”, incluindo a Alfa e a Delta, enquanto outras cinco foram classificadas como “de interesse”, como a Mu.

A variante Mu foi detectada pela primeira vez na Colômbia em janeiro passado e, desde então, foi encontrada em outros países da América do Sul e na Europa.

“Embora a prevalência global da variante Mu entre os casos sequenciados tenha diminuído e atualmente seja inferior a 0,1%, sua prevalência na Colômbia (39%) e no Equador (13%) aumentou constantemente”, observou a OMS.

FONTE O TEMPO

Variantes do coronavírus, sobretudo Delta, reforçam incerteza global

Avaliação é que o crescimento fora dos EUA se concentrou nos países desenvolvidos e na China, mas emergentes ainda enfrentam problemas

Os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) afirmam que as variantes do coronavírus, em especial a delta, reforçam as incertezas sobre o cenário econômico global. A análise consta na ata da última reunião de política monetária, divulgada nesta quarta-feira.

Na visão dos dirigentes a economia internacional acelerou no segundo trimestre deste ano, após um início fraco.

A avaliação é que o crescimento econômico fora dos Estados Unidos se concentrou nos países desenvolvidos e na China, apoiado pelas campanhas de vacinação, a eliminação de restrições de saúde pública, adaptação econômica ao vírus e a reabertura do setor de serviços.

“A situação foi bem diferente em algumas economias emergentes, onde a baixa taxa de vacinação deixou as populações vulneráveis a novas ondas de infecções”, dizem os dirigentes na ata.

Retirada de classificação

O documento informou que a entidade tirou de sua comunicação a classificação de “fraco” para descrever a atividade dos setores mais afetados pela pandemia de coronavírus nos Estados Unidos. No lugar desta descrição, os dirigentes concordaram em afirmar que estes setores “não se recuperara plenamente”, de forma a refletir os avanços da economia americana, afirmou o documento.

Segundo o documento, divulgado nesta quarta, a atividade do setor industrial permaneceu contida por gargalos na cadeia produtiva, que afetam principalmente o setor automobilístico.

Já o setor de construção sofreu com a escassez de matérias-primas, enquanto a demanda por domicílios se fortaleceu.

FONTE INFO MONEY

Variante Delta: 8 respostas sobre mutação mais contagiosa do coronavírus

A variante Delta do coronavírus já está em mais de cem países e continua a se espalhar rapidamente. Espera-se que ela se torne a variante dominante no mundo nos próximos meses.

Por ser altamente contagiosa, ela está causando novos surtos em alguns países, principalmente entre pessoas não vacinadas. Com isso, muitos governos voltaram a impor restrições às suas populações.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a Delta é hoje responsável por 83% dos casos de covid-19. Com menos da metade da população do país totalmente vacinada, há condições para o vírus Sars-CoV-2 continuar a evoluir e a se espalhar rapidamente.

Aqui está o que se sabe sobre a variante Delta e o que fazer para se proteger.

1. O que é a Delta e como ela se diferencia das outras variantes

Os vírus passam por mutações o tempo todo, e a maioria destas mudanças não é relevante. Mas existem alterações que podem tornar a doença mais infecciosa ou perigosa, e essas são as mutações que tendem a predominar.

Atualmente, existem milhares de variantes do vírus que causa a covid-19 circulando no mundo. No caso da Delta, ou B.1.617.2, identificada pela primeira vez na Índia em dezembro de 2020, o vírus passou por alterações genéticas que o permitiram ser mais transmissível.

Dados publicados pelo governo britânico indicam que a Delta é entre 40% e 60% mais contagiosa do que a variante Alfa (detectada na Inglaterra) e quase duas vezes mais transmissível do que a cepa original identificada em Wuhan, China.

Uma das transformações que permitiram que ela se propagasse com mais facilidade foi na proteína S, ou spike, a parte com a qual se liga às células humanas.

2. Por que a Delta é tão contagiosa?

Placa em frente a prédio no Reino Unido diz: Testing Centre (centro de testagem)

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,Variante levou a aumento de casos de covid-10 no Reino Unido

Além da maior eficiência na transmissão, há outros fatores que influenciaram na rápida disseminação dessa variante pelo mundo.

As brechas no controle de fronteiras e nas medidas de isolamento foi um desses motivos, relaxamentos que aconteceram em um período em que a pandemia parecia melhorar em certos países e em que muitas pessoas já estavam cansadas das medidas preventivas.

Outro fator importante foi a distribuição desigual de vacinas em todo o mundo, permitindo que a variante se espalhasse mais em populações pouco imunizadas.

3. Quais são os sintomas da Delta?

No Reino Unido, onde foi registrado que a variante delta foi dominante no mês de junho, os sintomas mais comumente relatados foram dor de cabeça, dor de garganta e coriza. O professor Tim Spector, epidemiologista da universidade King’s College London, explica que os jovens infectados com a Delta podem sentir “como se tivessem um forte resfriado”.

Segundo o pesquisador, sintomas clássicos da covid-19 estão se mostrando menos comuns com esta variante, como perda do olfato e paladar, tosse e febre, de acordo com dados registrados por pacientes em um aplicativo desenvolvido por sua equipe.

“Desde o início de maio, monitoramos os principais sintomas dos usuários do aplicativo, e eles não são os mesmos de antes”, explica o especialista, à frente do projeto de pesquisa Zoe Covid Symptom Study.

A febre ainda é bastante comum, mas a perda do olfato não está mais entre os dez principais sintomas, acrescenta ele.

“Essa variante parece funcionar de uma maneira um pouco diferente. As pessoas podem pensar que acabaram de ter um resfriado sazonal e continuam indo a festas, podendo espalhar o vírus para outras pessoas. Achamos que isso está criando grande parte do problema, diz o epidemiologista.

Os sintomas, entretanto, parecem variar dependendo se a pessoa foi parcial ou totalmente vacinada — ou não foi imunizada de nenhuma forma.

4. Vacinação e infecção

Dentro de sala, profissional aplica vacina em mulher de costas

CRÉDITO,EPA

Legenda da foto,Vacinação em Israel; estudos mostram eficácia de imunizantes contra gravidade e mortalidade por infecção da variante Delta

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos afirma que a maior disseminação de casos graves está ocorrendo em locais com baixas taxas de vacinação. No entanto, pessoas totalmente vacinadas também podem pegar e transmitir o vírus a outras pessoas.

“As pessoas vacinadas parecem ser infecciosas por um período mais curto”, indica o CDC. “As variantes anteriores geralmente produziam menos vírus no corpo de pessoas totalmente vacinadas do que em pessoas não vacinadas. Por outro lado, a variante Delta parece produzir a mesma quantidade alta de vírus em pessoas não vacinadas e totalmente vacinadas.”

O CDC indica que a infecção em pessoas vacinadas diminui mais rápido do que naquelas não vacinadas, sugerindo que as “pessoas totalmente vacinadas ficarão infecciosas por menos tempo do que pessoas não vacinadas.”

5. Vacinação e gravidade

Os especialistas destacam que, apesar de terem sido projetados com base em versões mais antigas do coronavírus, os imunizantes são muito eficazes na proteção à gravidade e morte por covid-19. Uma análise do órgão de saúde pública da Inglaterra (PHE) descobriu que duas doses da vacina da Pfizer ou da AstraZeneca foram mais de 90% eficazes contra hospitalizações causadas pela variante Delta.

Por isso, é vital que as pessoas sejam totalmente vacinadas, de forma a obter o máximo de proteção contra variantes existentes e emergentes. Enquanto isso, os cientistas continuam a trabalhar no aprimoramento das vacinas existentes para que elas possam proteger contra todas as mutações.

6. A Delta exige dose de reforço?

Por enquanto, não há dados que sustentem a necessidade de uma dose de reforço para a população em geral. Estudos indicam que a vacinação como está gera uma resposta imunológica duradoura, com proteção estimada em meses e até anos.

Mas diante de variantes mais contagiosas como a Delta, os cientistas dizem que mais pesquisas são necessárias para responder à possibilidade de uma vacinação de reforço.

Por outro lado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que, antes de se pensar em doses de reforço, a principal preocupação deve ser que a maioria das pessoas no mundo seja vacinada. Há países onde apenas 1% dos adultos recebeu uma dose de imunizante.

7. A Delta é mais perigosa para as crianças?

Nos Estados Unidos, houve nos últimos meses relatos de um aumento gradual no número de crianças hospitalizadas com covid-19. Isso levantou a hipótese de que a altamente contagiosa variante Delta pudesse ser responsável. Mas até o momento não está claro se a Delta está causando um aumento nos casos pediátricos ou se essa variante causa uma doença mais grave em crianças.

“Não há evidências firmes de que a doença seja mais grave (em crianças)”, disse Jim Versalovic, chefe interino de pediatria do Hospital Infantil do Texas em Houston ao jornal The New York Times. “Certamente estamos vendo casos graves, mas temos visto casos graves em toda a pandemia.”

8. Como reduzir o risco de se infectar com a Delta?

Três pessoas no elevador, uma assoando o nariz e outras duas de máscara

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,A variante Delta impõe que continuemos adotando medidas preventivas contra a covid-19

Especialistas destacam que, com o que se sabe até agora sobre a Delta, é necessário continuar com estratégias de prevenção para reduzir sua transmissão. Por enquanto, a melhor proteção é a vacinação, mas, como aponta o CDC, “devemos usar todas as estratégias disponíveis, incluindo o uso de máscara”.

“Embora as vacinas sejam altamente eficazes, elas não são perfeitas, e as infecções continuarão a ocorrer mesmo entre os vacinados”, acrescenta o órgão americano.

“Isso significa que, embora o risco de infecção em vacinados seja baixo, milhares de pessoas imunizadas serão infectadas e podem infectar outras, especialmente com a rápida disseminação da variante Delta. E isso, por sua vez, aumentará as chances de surgimento de novas variantes preocupantes.”

FONTE BBC.CO,

Minas já tem transmissão comunitária da Delta, confirma secretário de Saúde

O secretário de Estado da Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, confirmou que há transmissão comunitária da variante Delta do coronavírus no Estado em coletiva de imprensa nesta terça-feira (17).

O chefe da pasta não citou em quais municípios a circulação sem interferência exterior ocorreu, mas Virginópolis e Montes Claros haviam identificado o fenômeno por meio das secretarias municipais de Saúde.

Baccheretti afirmou que as regiões Sudeste e Noroeste têm a transmissão comunitária. Ele disse que os oito primeiros casos foram importados, mas que, “provavelmente”, há mais.

Baccheretti afirmou que são 12 casos confirmados e “oito casos prováveis” de infecção pela cepa, identificada pela primeira vez na Índia. Apesar disso, em análises genômicas do vírus que circula em Minas, apenas 0,4% das amostras apontam presença da Delta, conforme o secretário.

“Parte dos pacientes não tiveram sequer contato com pessoas de fora do Estado. Fazemos um estudo por amostragem, que era de 180 [amostras por semana], passamos para 200 [amostras] por semana, e focamos nas regiões de maior vulnerabilidade do vírus”, afirmou. Ele citou cidades que estão próximas ao Rio de Janeiro.

“O importante da variante Delta é que os cuidados não são diferentes da Gama [mais comum em Minas]. Não muda a atuação. Os cuidados são os mesmos”, completou.

O Painel de Monitoramento dos Casos de Covid-19 do governo estadual informa que a variante Delta do coronavírus, considerada tão transmissível quanto a catapora e o ebola, foi identificada em oito municípios.

São eles: Belo Horizonte, com três casos, Divino e Unaí com dois, e Carangola, Itabirito, Juiz de Fora, Montes Claros e Virginópolis com um em cada cidade. Transmissão comintária foi confirmada em dois municípios – Virginópolis e Montes Claros – pelas secretarias estaduais de Saúde.

FONTE O TEMPO

Rio é o epicentro da variante Delta no país

A cidade do Rio de Janeiro (RJ) é, no momento, o epicentro no país da variante Delta do novo coronavírus. A informação foi confirmada, nesta sexta-feira (13), pelo prefeito Eduardo Paes, durante a apresentação do 32º boletim epidemiológico do município.

Ele fez um apelo público para que o Ministério da Saúde dê atenção especial Rio, como foi dado em outros momentos para cidades que foram epicentro da crise sanitária, como Manaus (AM), em janeiro, e São Luís (MA), em maio.

“O que aconteceu com todos os momentos em que esse epicentro esteve no Maranhão, em Manaus e no Rio Grande do Sul? Se entendeu que tinha que mandar mais doses para esses estados, equipamentos. Mandem mais doses para o Rio de Janeiro, porque neste momento o Rio de Janeiro é o lugar com mais casos de coronavírus no Brasil. Graças a Deus não está virando óbito, muito em razão da cobertura vacinal e da ação terapêutica da Secretaria de Saúde”, disse o prefeito.

O secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, informou que um documento da Secretaria de Estado de Saúde (SES) enviado à Subsecretaria de Atenção à Saúde do estado solicita a abertura de mais leitos para tratamento de Covid-19 na Baixada Fluminense. De acordo com Soranz, a prefeitura reabriu 60 leitos essa semana e vai abrir mais de acordo com a demanda.

Segundo o secretário, a cidade tem pelo menos 180 pacientes internados com sequelas da Covid-19 e sem previsão de alta. “Isso gera uma sobrecarga extra na rede. Então é muito importante que a rede federal e a rede estadual estejam preparadas para abrir o máximo de leitos possível e eles estão se planejando para isso”, disse.

Vacina

Soranz informou que a Secretaria de Saúde precisa de 460 mil doses de vacina contra a Covid-19 para cumprir o calendário de aplicação da próxima semana, que prevê finalizar a primeira dose para a população a partir de 18 anos.

A SES, que faz a distribuição das doses para os 92 municípios do estado, informou que está prevista para o início da tarde de hoje a chegada de novos lotes de vacinas. “De acordo com o Ministério da Saúde, serão entregues 308.880 doses da vacina da Pfizer e 183.750 doses da CoronaVac. A secretaria também recebeu a informação de que 233.000 doses de AstraZeneca estão sendo separadas, nesta manhã, na Fiocruz, para serem entregues ao estado do Rio de Janeiro, ainda sem previsão de horário”.

De acordo com o painel de vacinação da secretaria municipal, 65% da população total do município está vacinada com pelo menos uma dose. Entre os maiores de 18 anos, a proporção é de 84,1% com uma dose e 39,1% com as duas ou a dose única da Jansen. No público prioritário acima de 60 anos, 93% já está com o esquema vacinal completo.

No domingo (15) será aplicada a segunda dose na população de Paquetá, ilha selecionada para um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre a eficácia da vacina. A primeira dose foi aplicada em 20 de junho.

Situação epidemiológica

Os dados do Boletim Epidemiológico da prefeitura indicam que o atendimento na rede de urgência e emergência teve um aumento discreto na busca nos últimos dias, com um aumento de 10% nas internações. Os casos confirmados da Covid-19 no município estão com aumento consistente nas cinco últimas semanas.

Os óbitos pela doença seguem com uma tendência de queda leve e estabilidade na última semana. Os casos de síndrome gripal aumentaram e os de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) estão praticamente estáveis. O secretário de Saúde alerta que a pandemia não acabou e que as medidas restritivas estão mantidas.

“Estamos avançando na vacina, mas a gente tem um momento muito preocupante na cidade do Rio. A gente está em pleno inverno, com uma nova variante acontecendo, com o número de casos subindo na cidade. A pandemia não acabou, é muito importante que as pessoas respeitem as medidas restritivas, continuem usando máscara, preferir ambientes abertos, evitar janelas fechadas, se possível abrir as janelas do transporte público. Evitar qualquer tipo de exposição desnecessária”, disse.

O prefeito Eduardo Paes disse que o plano de reabertura, anunciado para começar no início de setembro, está em stand-by, aguardando a evolução do quadro epidemiológico, para ser posto em prática ou adiado. A cidade permanece toda em situação de risco alto para a transmissão da Covid-19 e a prefeitura não autorizou a presença de público nos estádios de futebol.

Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde foi procurado para se posicionar sobre o envio das vacinas e a reabertura de leitos na rede federal da cidade do Rio de Janeiro, mas ainda não se pronunciou.

FONTE HOJE EM DIA

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