Veja a lista de cidades com caso da variante Delta em Minas

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) notificou 11 casos confirmados da variante Delta em Minas Gerais. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (11/8).

De acordo com a pasta, trata-se da linhagem B.1.617.2 classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma variante de atenção e/ou preocupação (VOC – Variants of concern) sob vigilância mundial, devido à possibilidade de maior transmissibilidade, bem como ausência de estudos que comprovem a efetividade dos imunizantes disponíveis até o momento.

Confira a tabela:

(foto: Fonte: SES/MG )

O estado informou que segue conduzindo a investigação dos casos junto aos municípios para avaliação do histórico dos pacientes e seus contatos. Desta forma, ainda não é possível afirmar que existe transmissão comunitária da variante Delta em Minas.

Belo Horizonte confirmou em 26 de julho os primeiros casos da variante Delta do novo coronavírus. Eles foram detectados por pesquisadores de um dos laboratórios de sequenciamento genético da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Os viajantes voltaram do Reino Unido em 11 de julho e cumpriram o isolamento social em casa.

Em investigação

A SES-MG, por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), informou que está fazendo o monitoramento em tempo real das variantes em circulação no estado.

“O Observatório de Vigilância Genômica de Minas Gerais (OViGen-MG) tem realizado o monitoramento semanal das variantes circulantes no estado, através da amostragem aleatória realizada em nove unidades regionais de saúde, escolhidas estrategicamente devido à localização geográfica no território mineiro, totalizando 180 amostras analisadas por semana”, disse.

A pasta ainda informa que é imprescindível que a população, que integra os grupos prioritários do Programa Nacional de Imunizações (PNI), não deixe de procurar uma unidade de saúde para a vacinação contra a COVID-19, sem esquecer do reforço da segunda dose.

”A SES-MG tem reforçado as recomendações sanitárias como o uso correto de máscaras, lavagem das mãos com frequência e evitar aglomerações.”

FONTE ESTADO DE MINAS

Variante lambda gera alerta na fronteira com Peru

Alfa, beta, delta, gama e agora lambda. Com uma pandemia mundialmente ainda fora de controle, sempre que surge uma nova variante, como esta última, localizada no Peru, próximo da fronteira com o Brasil, as autoridades sanitárias disparam alertas. Foi o que fez a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) no último 29 de julho. Em apenas 18 dias, uma cidade peruana registrou 82 novos casos da Covid-19. No mês anterior, apenas um caso de contaminação pelo novo coronavírus havia sido registrado.

A variante Lambda (C.37), também conhecida como “cepa andina”, permanece no status “de interesse” pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Significa que a OMS ainda monitora os potenciais impactos, com estudos e sequenciamento para acompanhar sua evolução. Diferente das cepas alfa (B.1.1.7), primeiramente detectada no Reino Unido, da beta (B.1.351), mapeada na África do Sul, da gama (P.1), a que se originou no Brasil, provavelmente no estado do Amazonas, e a hoje mais temida de todas, delta (B.1.617 2 e  AY.1-2-3), que devastou a Índia e já é prevalente em muitos países. Por serem variantes de preocupação, estas estão permanentemente no radar da OMS.

O surto de covid-19 com a cepa lambda ocorreu na cidade peruana de Islândia, localizada na região de fronteira com o município amazonense de Benjamin Constant, na região do Alto Rio Solimões. Ela é considerada responsável pela disparada no número de casos e óbitos do novo coronavírus no Peru. De acordo com a universidade norte-americana Johns Hopkins, que compila dados de Covid-19, o país andino acumula, desde o início da pandemia, 597 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, quase duas vezes e meia do total de 265 mortes a cada 100 mil brasileiros.

Detectada em agosto de 2020, a nova cepa peruana se espalhou rapidamente até agora para 40 países, principalmente na América Latina, e deixou as autoridades norte-americanas de sobreaviso. O alívio veio dias atrás quando María Von Kerkhove, a líder técnica para covid da OMS, afirmou que não há motivos para incluir a variante lambda na lista das perigosas cepas gama e delta.

Na semana passada, a FVS passou a atuar em Benjamin Constant, junto de especialistas da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O alerta serviu não só a esse município, mas também aos vizinhos Tabatinga e Atalaia do Norte. “Tem uma equipe da FVS levantando as informações iniciais para poder entender o que foi que aconteceu. Se a gente realmente precisa aumentar o risco para cá, se há possibilidade de aumento (no número) de casos para cá”, enumera o virologista e pesquisador do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Felipe Naveca.

Técnicos da OPAS em Islândia, Peru (Foto: Diresa Loreto/OPAS)

Nessas situações de atenção redobrada, a vacinação passará a ser reforçada e pode haver até bloqueio na circulação de pessoas que ainda não tenham sido vacinadas. Ao investigar o surto com a variante lambda, a equipe de saúde brasileira quer mapear, em parceria com as autoridades de outros países, se houve aumento de casos também nos municípios do Amazonas. “É importante cruzar essas informações porque é uma área onde as pessoas circulam de um lado para o outro, então os sistemas de saúde precisam conversar melhor”, explica Naveca.

Neste caso, a troca de informações sobre novos casos se dá entre os países da chamada tríplice fronteira: Brasil, Colômbia e Peru. As amostras colhidas em território nacional serão analisadas pela Fiocruz.

O Alto Rio Solimões é área de forte presença de população indígena de várias etnias. No auge da pandemia, o contágio da doença atingiu vários povos e comunidades indígenas. O primeiro caso de Covid-19 entre indígenas foi registrado justamente naquela região, em uma jovem do povo Kokama, um dos mais afetados pela disseminação da Covid-19. Municípios como Atalaia do Norte, que faz fronteira com o Peru, têm indígenas de povos de recente contato e isolados. O deslocamento entre os três países é muito fácil, com a fronteira dividida apenas entre uma rua e outra e entre rios, que atravessam tanto o lado brasileiro quanto o colombiano e o peruano.

Os riscos da cepa lambda

Imagem de microscópio eletrônico de varredura mostra SARS-CoV-2 (partículas redondas de ouro) emergindo da superfície de uma célula cultivada em laboratório (Foto: NIAID)

A variante lambda preocupa, mesmo com a classificação rebaixada pela OMS, porque no Peru a pandemia foi avassaladora. De acordo com Felipe Naveca, a cepa andina não tem muita diferença em termos clínicos das outras mutações, mas o temor é que ela seja mais transmissível, como é a delta.

“Justamente o Peru, por ser um país que foi muito afetado pela Covid-19 e essa variante surgiu lá, a gente precisa reforçar as medidas. Mas ela (lambda) não seria pior, pelo menos não tem nenhuma informação, por exemplo, de que seria pior do que a variante que a gente teve aqui, que foi a gama.”

Para o epidemiologista Jesem Orellana, da Fiocruz-Amazônia, as autoridades brasileiras deveriam adotar uma postura mais proativa em relação ao surto na fronteira com a região do Alto Solimões. “Objetivamente, nada de contundente foi feito, exceto envio de pessoal que já vai de rotina para o Alto Solimões. Nem sinal de uma barreira sanitária internacional ou de forte aumento da quase inexistente vigilância laboratorial, mesmo mais de um ano depois do início da pandemia”, critica.

A fala é endossada pelo doutorando do programa de biologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Lucas Ferrante, que alertou para o risco de uma segunda onda da pandemia da Covid-19. “Qualquer nova variante é preocupante. O Brasil se tornou um celeiro de variantes. Não só podemos ter o surgimento de novas cepas que são mais transmissíveis e que fujam à eficácia das vacinas, como também podemos ter a recombinação de diferentes variantes através de um crossing over que acontece dentro das células. Então, diferentes variantes podem se recombinar numa super variante”, adiciona.

O pesquisador também reforça a necessidade do fechamento de fronteira com o município de Benjamin Constant para conter a entrada da variante em território nacional. “A restrição de transportes terrestre, aéreo e fluvial é fundamental. O município tem que ser isolado completamente até que de fato tenham contido e controlado todos os casos. Sem o controle de fronteira desse município não existe possibilidade de fato, de contenção da variante lambda”, explica.

A variante P.1

Sepultamento de vítima da covid no Cemitério Nossa Senhora Aparecida no Tarumã
(Foto: Raphael Alves/Amazônia Real/(01/03/2021)

A incapacidade e a inação das autoridades brasileiras em reagir ao surgimento de uma mutação do novo coronavírus representam um risco em potencial nesta pandemia, que vale para qualquer variante. A P.1 é hoje considerada prevalente em todo país, pois aparece em cerca de 80% das amostras colhidas pelos pesquisadores. De origem conhecida em Manaus, no Amazonas, ela só foi detectada no exterior, quando turistas japoneses voltaram, no fim de 2020, ao Japão e foram testados e isolados imediatamente numa atividade de rotina no aeroporto de Tóquio, lembra Orellana.

O que se seguiu à notícia de uma mutação do coronavírus ocorrida em solo brasileiro, logo batizada de “variante de Manaus”, quando a OMS ainda não utilizava as letras do alfabeto grego para identificar os diferentes Sars-CoV-2, pode ser resumida como uma catástrofe. Não há notícia de uma campanha séria promovida por parte do Ministério da Saúde. Os governos do Amazonas e de Manaus tampouco reagiram. Mas o estado amazonense mergulhou no caos, com as trágicas cenas de mortes por asfixia.

Uma pesquisa da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), publicada na plataforma medRxiv, ainda sem revisão por pares, mostra que a variante gama é mais agressiva e transmissível, mas pode ser contida com  vacinação em massa e lockdown. Sempre que podiam, o governador Wilson Lima (PSC) e o prefeito manauara David Almeida (Avante) defenderam a retomada das atividades presenciais e adotaram um acanhado lockdown.

“Alfa, beta, gama e delta, realmente são as quatro variantes mais importantes historicamente. Nós não temos registro da delta até hoje no Amazonas”, afirma Naveca, que ressalta que a transmissão da delta é maior, porém, a capacidade de letalidade maior não foi comprovada. “Toda vez que você tem uma (variante) que transmite mais, eventualmente vai ter – por conta do maior número de casos – um aumento de casos graves”, explica, citando o que aconteceu nos Estados Unidos, onde a variante delta se espalhou rapidamente. “Mas ela se espalhou principalmente nos grupos de pessoas que não quiseram se vacinar. Isso ficou muito claro nos Estados Unidos.”

“A delta é uma variante de preocupação e é comprovadamente mais infecciosa que as demais. Já a andina, apesar de estar associada à forte disseminação no Peru e consideravelmente em certos países da América do Sul, não parece ter o mesmo potencial de rápida e forte disseminação da delta”, exemplifica Jesem Orellana.

Grandes eventos vêm aí

Vacinação de idosos do grupo de 69 anos no Centro de Convivência do Idoso da Cidade Nova, Padre Vignola em Manaus (Foto: Raphael Alves/Amazônia Real)

Se com a variante gama, as autoridades amazonenses afrouxaram medidas sanitárias de combate à pandemia, o risco que ronda a região do Alto Solimões está longe de evitar a reabertura já anunciada para grandes eventos na capital. No dia 2 de agosto, a prefeitura de Manaus publicou o Decreto nº 5.122/2021, instituindo a “Comissão Especial de Organização de Eventos Festivos no Município de Manaus”, para “avaliar e planejar a flexibilização das medidas de restrição para eventos de grande porte realizados na capital”.

Conforme o decreto do executivo municipal, tais eventos só ocorrerão “caso mais de 70% da população acima dos 18 anos tenham completado o esquema vacinal contra a Covid-19 (duas doses ou dose única)”.

Para Naveca, pensar em liberar grandes eventos antes de ter 70% da população acima de 18 anos vacinada é um risco grande. Na Europa, onde as taxas de vacinação estão em níveis mais avançados que no Brasil, a Eurocopa foi liberada e o aumento da circulação de torcedores e turistas resultou na aceleração dos casos. “Só pode ser cogitado ter eventos com aglomeração depois que atingirmos uma vacinação realmente superior a 70% da população com duas doses, caso contrário a gente vai estar correndo um risco grande”, alerta Naveca.

Atualmente, segundo o vacinômetro da FVS, apenas 35% da população do Amazonas está totalmente protegida, o equivalente a aplicação de segunda dose a menos de 600 mil amazonenses maiores de 18 anos.

O epidemiologista Jesem Orellana criticou o decreto municipal, o qual chamou de “prematuro, pouco transparente e recheado de suposições, replicando o governo estadual, com suas ‘comissões/comitês’ que levaram Manaus a duas das mais dramáticas experiências da pandemia, em escala mundial”, disparou.

Lucas Ferrante alerta ainda para o nível de proteção das vacinas em relação à variante delta. A vacina da Janssen, de acordo com o pesquisador, fornece uma proteção de apenas 30% contra a variante delta. A primeira dose da Pfizer tem a proteção de apenas 36% contra essa variante e a Astrazeneca apenas 30%. As próprias segundas doses da Pfizer têm uma proteção de 88% e da Astrazeneca de  67% com a segunda dose contra a variante delta. “Então, caso nós tenhamos um surto da variante delta no Amazonas, vamos ver hospitais se encherem e o número de óbitos aumentar novamente podendo atingir patamares superiores inclusive à primeira onda vivenciada no estado. Não é o momento de afrouxar as medidas. Nós precisamos permanecer cautelosos”, diz.

Dados atualizados

Conforme o Boletim Diário da FVS de 9 de agosto, o Amazonas registrou 294 novos casos de Covid-19, o que totaliza um total de 419.744 ao longo da pandemia. O boletim dava conta de sete óbitos confirmados pela doença, o que elevou para um número total de 13.591 mortes no Estado.

Há 263 pacientes internados em Manaus, sendo 116 em leitos clínicos (9 na rede privada e 107 na rede pública), 145 em UTI (27 na rede privada e 118 na rede pública) e 2 em sala vermelha.

Técnicos da OPAS em Letícia, Colômbia (Foto: Karen González Abril OPS/OMS Colombia)
FONTE EDITOR Leanderson Lima DO SITE AMAZONIA REAL

Itabirito tem primeiro caso confirmado da variante Delta da Covid-19

O mais recente boletim diário Covid-19 de Itabirito revelou o primeiro caso confirmado de infecção da variante Delta na Região dos Inconfidentes. A informação foi divulgada na última terça-feira, 10 de agosto e, de acordo com a Prefeitura, a notificação da Delta foi de uma pessoa que teve sintomas por volta do dia 20 de julho, sendo atendida e colhido PCR, que entrou na amostra da Funed para genotipagem. A pessoa infectada já está recuperada.

Ainda de acordo com o município, o paciente, que não teve o nome e sexo revelados, não tinha histórico de viagem nos últimos três meses, sendo o caso considerado como não importado (transmissão comunitária). Uma das pessoas que o paciente entrou em contato está com sintoma gripais leves. Essa segundo caso que está sendo investigado já foi testado e o Itabirito aguarda pelo resultado do exame.

Na semana passada, a cidade de Itabirito avançou para a Onda Verde do plano Minas Consciente. Essa classificação é considerada a menos restritiva do plano do Governo de Minas que controla e estabelece normas paras as atividades econômicas do estado de Minas Gerais em meio à pandemia. A Prefeitura ressalta sobre a necessidade de ponderação na realização de eventos, shows e outras situações que possam facilitar a disseminação.

Identificada pela primeira vez na Índia, essa nova cepa do coronavírus é até 97% mais contagiosa do que a original, com maior poder de infecção do que doenças como ebola, H1N1 e catapora. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante delta será dominante no Brasil dentro de algumas semanas.

Dados da pandemia em Itabirito

Desde o início até o momento, Itabirito registrou 13.256 casos, dos quais 154 evoluíram para óbito e 13.015 se recuperaram.1.226 pacientes precisaram de internação. O município está com cinco pacientes internados em UTI e outros seis internados no hospital de Itabirito, por ora sem indica de internação em UTI.

Um total de 9.681 notificações foram descartadas por meio de exames de swab.

O vacinômetro do município, atualizado no último dia 9, mostra que 39.759 vacinas contra a Covid-19 já foram recebidas, sendo 36.178 aplicadas em Itabirito até o momento.

FONTE MAIS MINAS

Transmissão comunitária da variante Delta é identificada pela 1ª vez em Minas

Paciente é um homem de 50 anos que mora em Virginópolis; outros três casos foram confirmados no Estado, dois em Belo Horizonte e um em Juiz de Fora

O primeiro caso de transmissão comunitária em Minas Gerais da variante Delta do coronavírus – ou seja, que ocorreu dentro do território do Estado, sem que alguém tenha trazido de fora o vírus – foi registrado. A infecção foi confirmada em Virginópolis, cidade com pouco mais de 10 mil habitantes no Vale do Rio Doce, no último 28 de julho. 

Além desse, outros três casos foram identificados na unidade federativa, dois em Belo Horizonte e um em Juiz de Fora. Todos esses, porém, ocorreram em pessoas que estiveram no exterior. 

O paciente é um homem de 50 anos que não viajou para fora do país, mas transitou entre o município e outra cidade em Minas, não especificada para que ele não seja identificado.

As informações foram repassadas a O TEMPO pela secretária municipal de Saúde de Virginópolis, Jaqueline Nunes. Ela afirma que o homem ficou em quarentena, e que teve contato com familiares e pessoas próximas enquanto estava infectado. 

O quadro de saúde do paciente não foi grave, mas ele precisou de amparo médico e teve sintomas de Covid-19. “Todos foram rastreados”, garantiu a chefe da pasta.

Com ao menos 240 infecções identificadas no Brasil e transmissão comunitária também em São Paulo e Rio de Janeiro, a variante Delta do Sars-Cov-2, de origem indiana, é a mais transmissiva das cepas do coronavírus até agora.

Um documento do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na cifra em inglês), revelado pelo “The Washington Post”, aponta que a Delta se aproxima, em transmissibilidade, de doenças como a catapora e o ebola. 

A variante é uma das responsáveis por um novo avanço da doença em outros países, como o Reino Unido, França, Israel e os EUA. Informações preliminares indicam que, mesmo quem foi vacinado, apesar de não desenvolver casos graves de Covid-19, pode transmitir o vírus para outras pessoas.

A cepa mais comum no Brasil é a Gama, originária de Manaus, no Amazonas. O infectologista Unaí Tupinambás afirma que a gravidade de um possível espalhamento da doença em Minas ainda não é conhecida, mas há temor de que haja impacto significativo. 

“Aguardamos para ver como vai ser o impacto dessa nova variante. Acredito que ela vai entrar como entrou em todos os lugares do mundo. O quão grave, porém, não sabemos. Talvez o impacto na internação não seja tão grande quanto o da Gama (mais letal). Como ela é muito transmissiva, ficamos, como se diz, com o pé atrás. Temos que avançar na vacinação”, explica. 

O médico faz um apelo à população para que mantenha as medidas não farmacológicas de combate à pandemia, como o distanciamento social, uso constante de máscaras e, em caso de encontros com amigos ou família, preferir lugares abertos. “Isso vai ajudar demais para não termos que voltar com medidas de restrição. Mesmo os vacinados devem seguir essas orientações. A grande ameaça é essa”, conclui.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) “esclarece que segue investigando epidemiologicamente o caso confirmado de Covid-19 da variante Delta na cidade de Virginópolis, bem como todos os seus contatos diretos relacionados. Dessa forma, ainda não é possível tecnicamente confirmar ou descartar a transmissão comunitária da variante Delta em Minas Gerais”. 

Ainda de acordo com a nota, a SES diz que “tem realizado vigilância genômica com um monitoramento rigoroso dos casos suspeitos da variante, a fim de coibir a sua disseminação no Estado”, e que, semanalmente, estão sendo analisadas 180 amostras aleatórias coletadas em 9 regiões de saúde. 

Ainda sobre o caso em Virginópolis, a secretaria informou “que o paciente apresentou sintomas leves, como febre, tosse e dor de cabeça. O teste RT-PCR foi colhido em 13/07/2021, com resultado positivo. Dessa forma, o paciente cumpriu o isolamento em sua residência até o dia 27/07/21”.

FONTE O TEMPO

Delta é “altamente preocupante”; variante avança no Sudeste

A variante Delta do novo coronavírus é “altamente preocupante”, à medida que a mutação tem se espalhado para quase 20 países nas Américas, disseram autoridades da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

As autoridades de saúde também estão de olho em outra variante, chamada Lambda, mas observam que a detecção irregular na região ainda não causou um grande impacto.

A crescente disseminação da variante Delta nos Estados Unidos, assim como na maior parte da América Latina e do Caribe, deve fazer com que os governos priorizem os esforços de prevenção à covid-19, como o uso de máscaras e, especialmente, uma aceleração do ritmo de vacinação, de acordo com a diretora da Opas, Carissa Etienne.

“Isso é preocupante porque os casos parecem se espalhar mais facilmente com a variante Delta e não podemos baixar a guarda”, disse.

A Opas é o escritório nas Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), ligada às Nações Unidas.

Em Minas Gerais, segundo as autoridades de saúde, o aumento das notificações da variante Delta é uma questão de tempo. Atualmente, são quatro casos confirmados, mas já existe, inclusive, o temor de um novo pico da pandemia. 

No Rio de Janeiro, 26% das infecções são de casos da variação originada na Índia. Na capital fluminense, a proporção é ainda maior: 45%. Já em São Paulo, o Instituto Butantan confirmou 50 diagnósticos entre os paulistanos. No Espírito Santo, as contaminações são tidas como inevitáveis pelo governo estadual.

Fonte: Agência Brasil / Hoje em Dia

Vereador alerta que construção de variante na BR 040 prejudicará economia de Lafaiete

A proposta, que ainda não saiu da intenção, de construção de uma contorno na BR 040 foi mais uma vez alvo de críticas na sessão da Câmara Municipal. A variante é citada como uma alternativa viável para retirada dos caminhões do centro de Lafaiete impactado na melhoria o fluxo no trânsito.

O Vereador André Menezes/CORREIO DE MINAS

A construção da contorno leste, em direção a BR 482, é defendida por um movimento local, que reúne entidades e poderes públicos, e conseguiu junto ao DNIT a mudança do trajeto, originalmente previsto pelo lado oeste, pela região de São Gonçalo. Acredita-se que obra não se transforme em realidade em menos de 10 anos, mas já é alvo de críticas.

Na Câmara a discussão ganhou eco com a apresentação de dois requerimentos do vereador Pedro Américo (PT) em torno da BR 040 e realização de audiência pública para definir as obras prioritárias ao logo da rodovia que corta Lafaiete.

O vereador André Menezes (PP) citou o exemplo de uma cidade, perto de Três Marias (MG), que era cortada pela BR040. “Depois que construíram uma via marginal a cidade ficou assombrada. Temo que isso aconteça em Lafaiete. Parte da economia da cidade depende da BR 040′, observou.

Ele comparou a importância econômica da BR a da construção da ferrovia na metade do século XIX para Lafaiete. “Estamos tirando da cidade o que trouxe o crescimento para o nosso povo. A linha férrea abriu Lafaiete para o mundo como a BR 040 puxou a nossa economia”, argumentou.

O vereador Darcy de Souza (SD) afirmou que a Barreira, após a região é central, a principal fonte geradora de empregos e renda para a cidade. “A maioria desses empresários da Barreira são de Lafaiete. Precisamos investir neste trajeto para melhorar esta região tão esquecida”, comentou.

Alan Teixeira sugeriu uma construção uma via marginal a BR 040 ligando ao centro de Lafaiete.

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