Secretaria de Saúde de Ouro Branco notifica o 1° Caso da Varíola dos Macacos em jovem de 26 anos

A Secretaria Municipal de Saúde de Ouro Branco foi notifica pela Superintendência Regional de Barbacena sobre a confirmação do primeiro caso de pessoa de Ouro Branco com Monkeypox. O paciente foi diagnosticado em Belo Horizonte, passa bem, está em isolamento domiciliar em BH, é do sexo masculino e tem 26 anos.  Desde o diagnóstico o paciente não esteve em OB.
Os contatos de OB informados pelo paciente encontram-se assintomáticos e serão monitorados pela Equipe Municipal de Epidemiologia. 
Embora seja uma doença em que não há tratamentos específicos, os sintomas da doença tendem a desaparecer naturalmente, não sendo comum o diagnóstico da forma grave.

Em caso de dúvidas e informações ligue 3938-1162 – Setor de Epidemiologia.

Informações sobre MONKEYPOX (Varíola dos Macacos)

SEI/GOVMG – 49433735 – Nota Técnica

PRENÇÃO:

Evitar contato com indivíduos suspeitos.

Evitar materiais contaminados (como roupas, toalhas, lençóis).

Uso de máscaras.

Em casos suspeitos ligue 3938-1162 Epidemiologia.

TRANSMISSÃO:

A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, as lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados.

Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

As pessoas que possuem contato íntimo, membros da família e parceiros sexuais, correm maior risco de infecção, assim como profissionais de saúde.

O período de incubação é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. A via de transmissão sexual está sendo investigada.

SINTOMAS:

O quadro inicial é de sintomas gripais como febre, mal-estar e dor de garganta.

Com a elevação da temperatura aparece uma linfoadenopatia importante, com a palpação de gânglios cervicais ou sub-mandibulares, axilares e inguinais.

A erupção na pele geralmente se desenvolve pelo rosto e depois se espalha para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais.

As lesões cutâneas passam por diferentes estágios (máculas, pápulas, vesículas e pústulas) que progridem de forma simultânea, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai.

Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas. Diferente da varicela ou da sífilis, que são importantes diagnósticos diferenciais, a evolução das lesões é uniforme.

Dúvidas e informações 3938-1162 – Setor de Epidemiologia

Informações sobre MONKEYPOX (Varíola dos Macacos)

SEI/GOVMG – 49433735 – Nota Técnica

Após Viçosa e Mariana agora é a vez de mais uma cidade da região confirmar o 1º caso da varíola dos macacos

Conheça a respeito da transmissão, sintomas, tratamento e perfil dos infectados

Por meio de post em redes sociais, a Prefeitura de Itabirito (na Região Central de Minas) confirmou, nesta terça-feira (16/8), o 1º caso de monkeypox (conhecida como varíola dos macacos) no município.

Segundo o post, o paciente esteve em São Paulo, onde provavelmente contraiu a varíola. Ele está isolado e, de acordo com a Prefeitura, está sendo monitorado pela equipe de Vigilância Epidemiológica.    

Minas Gerais tem mais de 100 casos de monkeypox e, com exceção de um caso registrado em Betim, todos pacientes são homens.

Post divulgado pela Prefeitura. Imagem – Redes sociais

Transmissão e sintomas*

A varíola dos macacos foi descrita pela primeira vez em humanos em 1958. Na época, também se observava o acometimento de macacos, que morriam. Vem daí o nome da doença. No entanto, no ciclo de transmissão, eles são vítimas como os humanos. Na natureza, roedores silvestres representam o reservatório animal do vírus.

“Não há reservatórios descritos em locais fora da África. Uma das maiores preocupações no surto atual é impedir o vírus de encontrar um reservatório em outros países. Se isso acontece, é muito mais difícil a contenção”, explicou a virologista Clarissa Damaso, chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Vírus da UFRJ e assessora da OMS.

Sem um reservatório animal, a transmissão no mundo vem ocorrendo de pessoa para pessoa. A infecção surge a partir das feridas, fluidos corporais e gotículas do doente. Isso pode ocorrer mediante contato próximo e prolongado sem proteção respiratória, contato com objetos contaminados ou contato com a pele, inclusive sexual.

O tempo de incubação do vírus varia de cinco a 21 dias. O sintoma mais característico é a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele. Também podem ocorrer febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza.

Pelo protocolo da OMS, devem ser considerados suspeitos os casos em que o paciente tiver ao menos uma lesão na pele em qualquer parte de corpo e se enquadrar em um desses requisitos nos últimos 21 dias: histórico de viagem a país com casos confirmados, contato com viajantes que estiveram nesses país ou contato íntimo com desconhecidos.

Diagnóstico e tratamento

As análises são realizadas em fluidos coletados diretamente das lesões na pele, usando um swab (cotonete estéril) seco. Existe a expectativa de que a população tenha, em breve, acesso a testes rápidos de detecção de antígenos, similar aos que foram feitos para a covid-19.

Uma vez detectada a doença, o tratamento se baseia em suporte clínico e medicação para alívio da dor e da febre. Um antiviral chamado tecovirimat, que bloqueia a disseminação do vírus, já é usado em alguns países, mas ainda não está disponível no Brasil.

10% dos pacientes têm sido internados para o controle da dor, geralmente quando há lesões no ânus, nas partes genitais ou nas mucosas orais, dificultando a deglutição.

Prevenção e vacinas

Embora já existam vacinas para ajudar no combate ao surto da varíola dos macacos, não há previsão quanto a uma campanha para imunização em massa.

Clarissa acrescenta que não há, neste momento, vacina para todos e a produção mundial vai levar tempo. “Os fabricantes não tinham previsão de produção para uma doença que afetasse o mundo todo. A produção era exclusivamente para estoque estratégico de países que têm programas de biodefesa. O Brasil, como várias outras nações, não tem isso”, explicou.

Perfil dos infectados

Homens com menos de 40 anos representam a grande maioria dos infectados. Estudos no Reino Unido constataram que muitas vítimas se declaram homossexuais ou bissexuais. Os especialistas, no entanto, alertam que a varíola dos macacos pode acometer qualquer pessoa e não apenas aquelas do sexo masculino com vida sexual ativa. Mulheres e adolescentes já foram diagnosticados com a doença pelo Laboratório Molecular de Virologia da UFRJ.

O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, aconselhou que homens que fazem sexo com homens reduzam, neste momento, o número de parceiros sexuais. Ao mesmo tempo, alertou que “estigma e discriminação podem ser tão perigosos quanto qualquer vírus e podem alimentar o surto”.

*A partir do intertítulo “Transmissão e Sintomas”, o texto foi feito com base em reportagem da Agência Brasil.

FONTE RADAR GERAL

Divulgado resultado do exame de caso suspeito de varíola dos macacos em cidade da região

O resultado do exame da barbacenense com suspeita de varíola dos macados foi negativo. A suspeita havia sido registrada na quinta-feira (04), depois de um atendimento particular. A mulher, de 39 anos, sem comorbidade apresentava algumas lesões cutâneas, e não teve contato com outro caso suspeito ou confirmado  anteriormente.

FONTE BARBACENA ONLINE

Barbacena tem o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos

Nova atualização do boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) foi divulgada na tarde desta sexta-feira (5). Informativo ainda contabilizou a primeira notificação em investigação em Barbacena.

O município de Barbacena tem o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos. A informação consta em uma nova atualização do boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) desta sexta-feira (5). O informativo ainda contabilizou a primeira notificação em investigação em Barbacena. A reportagem do G1 entrou em contato com a prefeitura para mais informações e aguarda retorno.

O que é a varíola dos macacos? A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas: Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas; De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo inclusive durante o sexo e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais; Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis; Da mãe para o feto através da placenta; Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele; Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Informação: G1

Cidade tem dois casos suspeitos de Varíola dos Macacos

As pacientes com suspeita de Varíola dos Macacos em Ubá estão em isolamento domiciliar e sem sintomas graves da doença.

A Prefeitura de Ubá, através da Secretaria Municipal de Saúde, notificou na última sexta-feira (29), os primeiros casos suspeitos de Varíola dos Macacos (Monkeypox) no município. São duas mulheres, com idades entre 18 e 25 anos, com histórico de viagens em locais com confirmação da doença.

As pacientes receberam atendimento pelo Serviço de Saúde local, encontram-se bem e em isolamento domiciliar, sendo monitoradas pelas equipes de Vigilância Epidemiológica e Atenção Primária à Saúde.

A Secretaria de Saúde acionou a GRS/Ubá (Gerência Regional de Saúde) para orientações de manejo dos casos suspeitos e aguarda a chegada de insumo para coleta de amostras que serão encaminhadas ao laboratório da Funed (Fundação Ezequiel Dias), em Belo Horizonte, para a confirmação ou descarte dos casos em investigação.

Quais os sintomas da Varíola dos Macacos?

A doença começa com febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, ou seja, sintomas inespecíficos e semelhantes a um resfriado ou gripe. Em geral, de a um a cinco dias após o início da febre, aparecem as lesões cutâneas (na pele), que são chamadas de exantema ou rash cutâneo (manchas vermelhas).

Essas lesões aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo. Elas vêm acompanhadas de prurido (coceira) e aumento dos gânglios cervicais, inguinais e uma erupção formada por pápulas (calombos), que mudam e evoluem para diferentes estágios: vesículas, pústulas, úlcera, lesão madura com casca e lesão sem casca com pele, completando cicatrizada.

Os casos atuais têm apresentado alguns elementos atípicos, como a ausência dos sintomas de mal-estar iniciando o quadro clínico, e também a manifestação do exantema que começa na área genital e perianal e pode não se espalhar para outras partes do corpo.

A transmissão

A Varíola dos Macacos não se espalha facilmente entre as pessoas —a proximidade é fator necessário para o contágio. Sendo assim, a doença ocorre quando o indivíduo tem contato muito próximo e direto com um animal infectado (acredita-se que os roedores sejam o principal reservatório animal para os humanos) ou com outros indivíduos infectados por meio das secreções das lesões de pele e mucosas ou gotículas do sistema respiratório.

A transmissão pode ocorrer também pelo contato com objetos contaminados com fluídos das lesões do paciente infectado. Nesse sentido, isso inclui contato a pele ou material que teve contato com a pele, por exemplo as toalhas ou lençóis usados por alguém doente.

FONTE PRIMEIRO A SABER

Varíola dos macacos: Minas investiga 69 casos suspeitos

Outros 44 já foram confirmados pelo Estado

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) atualizou nessa terça-feira (26) os dados referentes à monkeypox, conhecida como varíola dos macacos. De acordo com a pasta, o número de casos confirmados segue em 44 no Estado. Outros 69 pacientes suspeitos, de 23 municípios distintos, são investigados pela secretaria.

Até o momento, 70 casos foram descartados e outros dois foram classificados como prováveis para a doença. Conforme a Secretaria de Estado de Saúde, todos os casos confirmados até o momento no Estado são do sexo masculino, com idades entre 22 e 48 anos, e em boas condições clínicas.

Ao todo, duas pessoas estão internadas em Minas Gerais, devido à necessidade clínica e isolamento. Os indivíduos que tiveram contato com os contaminados pela doença estão em monitoramento.

Belo Horizonte é a cidade com o maior número de casos. São 32 confirmados, de acordo com o último boletim divulgado pela SES. O município é o único a registrar transmissão comunitária no Estado.

Quais são os sintomas da varíola dos macacos?

Os primeiros sintomas da varíola dos macacos são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A doença se desenvolve com lesões na pele, primeiramente no rosto. As lesões também podem se espalhar para outras partes do corpo, incluindo os genitais.  As lesões na pele parecem as da catapora ou da sífilis até formarem uma crosta, que depois cai.  Os sintomas podem ser leves ou graves, e as lesões na pele podem ser pruriginosas ou dolorosas.

Como a doença é transmitida?

A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. A transmissão de humano para humano ocorre entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos. O contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ​​ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.

FONTE O TEMPO

Caso de “varíola dos macacos’” em estudante da UFOP é descartado

Outras quatro suspeitas em Minas foram afastadas.

Após análises laboratoriais feitas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), foi descartada a suspeita de um caso da “varíola dos macacos”, em Ouro Preto. O paciente, que é estudante na cidade, começou a ser investigado após o aparecimento de erupções cutâneas cobrindo a maior parte do corpo, com formação de bolhas. Ele permanece estável e em tratamento em Belo Horizonte. 

De acordo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, todos os outros quatro casos suspeitos no estado (registrados em Belo Horizonte, Uberlândia e em Ituiutaba) foram descartados. Nenhum deles tinha histórico de deslocamentos ou viagens para o exterior. 

“Todos os dados clínicos também estão em análise pela equipe técnica da SES-MG e do Ministério da Saúde para investigação e encerramento dos casos”, diz a nota do governo de Minas. 

A “varíola dos macacos” é uma zoonose silvestre que possui incidência em regiões de floresta da África Central e Ocidental. O vírus que contamina macacos e pode acometer também humanos. Os sintomas iniciais costumam ser:

 Febre

  • – Dor de cabeça
  • – Dores musculares
  • – Dor nas costas
  • – Gânglios (linfonodos) inchados
  • – Calafrios
  • – Exaustão

FONTE RADAR GERAL

Estudante da UFOP é transferido para BH com suspeita de varíola de macacos

O paciente apresentou sintomas após chegar de uma viagem a São Paulo.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) informou, na noite de quarta-feira (15), que investiga o caso de um estudante da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), suspeito de ter contraído monkeypox, mais conhecida como varíola de macacos. Ele teria retornado de uma viagem a São Paulo e demonstrado sintomas da doença.

Até o momento da divulgação, Minas Gerais totalizava três casos suspeitos, incluindo um em Belo Horizonte e o outro em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro.

O estudante chegou a ser atendido no Hospital Santa Casa da Misericórdia de Ouro Preto e foi transferido, na terça-feira (14), para o Hospital Referência Eduardo Menezes, em Belo Horizonte.

Estamos acompanhando os procedimentos que transcorrem no Eduardo de Menezes para saber se trata de varíola de macacos. Há um surto no país e nós temos que ter toda a atenção. Mas o possível paciente já está sob todos os cuidados no hospital de referência. Aqui em Ouro Preto, nós temos que ter muito cuidado”, afirmou o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo (PV) à Rádio Itatiaia Ouro Preto.

O paciente deu entrada na Santa Casa com queixa de erupção cutânea cobrindo a maior parte do corpo, com formação de bolhas e febre. De acordo com o secretário de Saúde de Ouro Preto, Leandro Moreira, durante a investigação epidemiológica, o estudante relatou que teve contato com residentes de São Paulo há cerca de 10 dias e, após esse período, houve o desenvolvimento dos sintomas.

Em contato com Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (CIEVES), foi solicitada a coleta de material para exames de diagnóstico clínico e solicitado a transferência para o hospital Eduardo de Menezes (nossa referência no estado). O prazo para um resultado definitivo das testagens é de sete a 10 dias.

As amostras dos três casos suspeitos de terem contraído a varíola de macacos em Minas Gerais estão sendo analisadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Os sintomas da doença são:

  • Febre; 
  • Dor de cabeça; 
  • Dores musculares; 
  • Dor nas costas; 
  • Gânglios (linfonodos) inchados; 
  • Calafrios; 
  • Exaustão.

Posição da UFOP

Em contato com a Agência Primaz, a UFOP informou que busca informações junto às autoridades de saúde sobre o caso, porém mesmo se for confirmado que se trata de um aluno da instituição, seu nome e curso não poderão ser divulgados pela Universidade, uma vez que a responsabilidade sobre os procedimentos são da Vigilância Sanitária, que adota protocolos específicos para tratar do problema, em caso de diagnóstico positivo. “A UFOP busca mais informações, inclusive para confirmar se o referido paciente faz parte do seu quadro discente e, assim, dar o suporte necessário dentro de sua área de competência”, informou.

Transmissão

A Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda não sabe ao certo qual é a fonte da infecção da doença. Porém, de acordo com o Instituto Butantan, a varíola dos macacos tem se espalhado entre as pessoas a partir de contato com gotículas expelidas por alguém infectado (humano ou animal) e contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis.

De acordo com a SES-MG, todos os casos suspeitos notificados até o momento no estado não se tratam de pessoas que fizeram viagens para o exterior.

Nome

A OMS busca, junto de especialistas, a adoção de um novo nome para a doença, após mais de 1.600 casos terem aparecido no mundo. Um texto que contou com a colaboração de mais de 30 cientistas considera a terminação “varíola de macacos” discriminatória e estigmatizante, tendo sugerido o nome hMPXV.  

A doença matou 72 pessoas em países onde ela é considerada endêmica, como áreas de floresta tropical na África Central e na África Ocidental.

FONTE AGENCIA PRIMAZ

Varíola dos macacos: sete mistérios que a ciência ainda tem que desvendar sobre o surto

Com número crescente de casos em países de diferentes continentes, autoridades de saúde direcionam esforços para entender por que o vírus passou a apresentar um comportamento inesperado

Desde o início de maio, a varíola dos macacos, causada pelo vírus monkeypox, tem se tornado uma preocupação mundial enquanto ao menos 16 países fora das regiões da África Central e Ocidental – onde o vírus é endêmico – registraram casos da doença. O patógeno, semelhante à varíola que foi erradicada em 1980, embora mais raro e com quadros mais leves, costumava ser identificado nesses locais apenas em diagnósticos pontuais de pessoas que haviam viajado para o continente africano. Porém, pela primeira vez, uma série de nações relatam casos decorrentes de transmissão local, em um surto inesperado que não foi totalmente compreendido pela ciência ainda.

Os principais pontos que intrigam os especialistas são em relação à transmissão da doença, que até então era considerada limitada entre pessoas, e à identificação repentina de casos em todo o mundo, ao mesmo tempo. O cenário acende o alerta de autoridades de saúde, que monitoram de perto os casos que se multiplicam dia a dia. Ainda assim, especialistas ressaltam que a vacina para a varíola tradicional é até 85% eficaz para prevenir os casos da nova versão e que a doença não deve provocar uma situação como a da Covid-19.

Entenda em sete pontos os mistérios que envolvem o surto da doença:

1 – Mutação do vírus

Pesquisadores buscam se houve mutação do vírus da varíola dos macacos. — Foto: André Mello / Arte O Globo

Pesquisadores buscam se houve mutação do vírus da varíola dos macacos. — Foto: André Mello / Arte O Globo

A principal pergunta que intriga os especialistas é por que o vírus está se comportando de maneira diferente daquela esperada. Isso porque, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a transmissão acontecia de forma esporádica em regiões específicas da África, e de animais para pessoas. A contaminação entre seres humanos, embora possível, era considerada “limitada” pela instituição.

— Só que agora, nestes países, está havendo a confirmação de casos secundários, ou seja, em pessoas que não viajaram a áreas endêmicas se contaminando por outras pessoas. O que é um comportamento altamente inusitado para esse vírus, é a primeira vez que isso é relatado nesses lugares — explica o doutor em doenças infecciosas e parasitárias Marcelo Burattini, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Alguns especialistas sugerem que pode ter ocorrido uma mutação no vírus que teria afetado o seu comportamento. Pesquisadores de Portugal, onde já são mais de 30 casos detectados da varíola dos macacos, sequenciaram genomas de nove casos da doença. Os resultados, divulgados ontem, indicaram trocas de 50 bases nitrogenadas no código genético dos vírus, em comparação a amostras de 2018 e 2019. Embora seja pouca diferença em termos de genética, é “muito mais do que se esperaria considerando a taxa de substituição estimada para Orthopoxviruses”, dizem os cientistas.

— Talvez não tenham sido sequenciadas amostras suficientes em 2018 e essa variabilidade só não tinha sido detectada. Ou foram de fato mudanças e que aconteceram de forma rápida, em apenas quatro anos. Nesse caso seria muito surpreendente porque esse vírus tem DNA como material genético e, por isso, uma baixa taxa de mutação. A questão é entender se isso trouxe alguma consequência para o comportamento do vírus, o que não sabemos — explica o médico geneticista Salmo Raskin, diretor do laboratório Genetika, em Curitiba.

Ainda assim, ontem, um executivo sênior da OMS afirmou que a organização não tem evidências de que o vírus da varíola de macacos tenha sofrido mutação e que são necessários mais sequenciamentos genômicos para compreender a doença.

2 – Velocidade na disseminação

A velocidade na disseminação dos novos casos intriga especialistas. — Foto: André Mello  / Arte O Globo
A velocidade na disseminação dos novos casos intriga especialistas. — Foto: André Mello / Arte O Globo

Um índice utilizado para medir a velocidade de transmissão de determinado vírus é o R0. Ele indica quantas pessoas devem ser infectadas por cada paciente contaminado. Se está acima de 1, portanto, mostra que a doença está em crescimento naquela população. Porém, ainda não se sabe qual é R0 durante o surto que está sendo registrado em diversos países do mundo, uma vez que os casos ainda são muito recentes.

— Esse é um dos maiores mistérios, o número inesperado de casos e a dispersão rápida por diferentes países e continentes. Essa é uma doença que não deveria ter esse comportamento — explica Burattini.

3 – Tempo de contaminação

Pesquisadores ainda buscam entender exatamente qual é o tempo que a pessoa transmite o vírus. — Foto: André Mello  / Arte O Globo
Pesquisadores ainda buscam entender exatamente qual é o tempo que a pessoa transmite o vírus. — Foto: André Mello / Arte O Globo

As informações sobre o tempo em que uma pessoa permanece infectada e contaminando outras pessoas também não são definitivas. Embora estimativas sugerem que a infecção pode durar de 2 até 6 semanas, contando com o tempo de incubação do vírus, não se sabe exatamente em que momentos desse período a pessoa pode infectar outras.

— O problema é que o tempo de incubação (período entre infecção e surgimento de sintomas) pode durar até três semanas. Nesse tempo, a pessoa estaria transmitindo? É o caso também de pessoas infectadas que têm quadros clínicos muito leves ou até mesmo assintomáticos, não sabemos se elas poderiam transmitir — pontua Raskin.

Ainda assim, a Bélgica estipulou uma quarentena obrigatória de 21 dias para os contaminados, tempo também considerado pelo Reino Unido em sua recomendação de isolamento para infectados.

4 –Transmissão pelo ar

Uma das questões é se a transmissão pelo ar pode estar ocorrendo de forma mais fácil. — Foto: André Mello  / Arte O Globo

Uma das questões é se a transmissão pelo ar pode estar ocorrendo de forma mais fácil. — Foto: André Mello / Arte O Globo

Até então, se sabia que o vírus poderia ser transmitido por gotículas, mas era necessário um contato muito próximo, cara a cara, com uma carga viral muito alta e por bastante tempo, o que torna esse meio de contaminação ainda mais raro.

Porém, o aumento repentino no número de casos entre pessoas que não se conheciam pode estar ligado a uma maior facilidade nas formas de infecção. Não se sabe ainda se é o caso de uma transmissão por vias respiratórias como acontece com a Covid-19, mas autoridades de saúde pelo mundo investigam a possibilidade.

— Em tese, isso seria possível no caso de uma mutação, mas o que estamos observando são casos que pessoas que contraíram pelo contato físico muito próximo. Não há relatos, por exemplo, de pessoas que se infectaram por estarem num mesmo avião, que teria a circulação pelo ar — diz Raskin.

5 – Transmissão sexual

O perfil de últimos casos indica que a transmissão pode estar sendo facilitada por relações sexuais, mas não se sabe ainda se seria o sexo ou o apenas o contato próximo na ocasião.; — Foto: André Mello / Arte O Globo

O perfil de últimos casos indica que a transmissão pode estar sendo facilitada por relações sexuais, mas não se sabe ainda se seria o sexo ou o apenas o contato próximo na ocasião.; — Foto: André Mello / Arte O Globo

Na Espanha, a maioria dos casos foram ligados a um estabelecimento destinado a relações sexuais. Em outros países, relatos também indicam que a grande maioria dos diagnósticos está ocorrendo em homens gays, bissexuais e homens que fazem sexo com outros homens (HSH).

Apesar de as informações indicarem uma transmissão via sexo, não se sabe ainda se o vírus está presente em locais do corpo como fluidos genitais e no sêmen. Apenas nesse caso ele seria caracterizado como uma infecção sexualmente transmissível, explica Burattini. No entanto, o perfil de contaminação intriga cientistas.

— As investigações estão em andamento. Isso é compatível com uma doença que é transmissível por secreção corporal, mas nunca foi relatado esse tipo de comportamento, então ainda tem muitas interrogações a respeito — diz o infectologista.

6 – Quem é o caso zero

Ainda não se sabe qual é a origem do surto nos países fora de lugares onde o vírus é endêmico. — Foto: André Mello / Arte O Globo
Ainda não se sabe qual é a origem do surto nos países fora de lugares onde o vírus é endêmico. — Foto: André Mello / Arte O Globo

Embora o primeiro caso registrado pelo Reino Unido, no início do mês, tenha sido em um homem que viajou à Nigéria, os demais diagnósticos, todos por transmissão local, não apresentaram relação com o paciente. Além disso, um dos casos identificados em Portugal foi em uma amostra coletada anteriormente ao relato britânico. Por isso, apesar de os países terem começado a anunciar registros da doença no mesmo período, não se sabe ainda se há de fato relação entre eles e qual é a origem exata do surto.

Raskin explica que a expectativa é de que a infecção nos diferentes países sejam sim relacionadas, devido à extrema coincidência, mas que isso só vai ser confirmado com o sequenciamento genômico dos diagnósticos.

— Eventualmente é possível mapear esse ponto de origem por meio da genética. Com uma comparação desses sequenciamentos dos genomas de todos os casos, em breve vamos conseguir descobrir a relação entre eles, se de fato vieram todos do mesmo lugar — explica o geneticista.

7 – Quem se infecta

Ainda não se sabe qual foi a origem exata do surto. — Foto: André Mello / Arte O Globo

Ainda não se sabe qual foi a origem exata do surto. — Foto: André Mello / Arte O Globo

O perfil dos infectados nos países tem sido majoritariamente de homens jovens que fazem sexo com outros homens. Porém, não se sabe ainda se há algum fator atípico influenciando esse comportamento, uma vez que o contato íntimo é uma via de transmissão conhecida que pode afetar a todos.

— A transmissão é fundamentalmente por contato direto, por meio da secreção das vesículas, que são essas espécies de bolhas que surgem na pele, ou por contato muito próximo — explica Burattini.

Ainda assim, o perfil dos infectados levou o diretor-geral adjunto da OMS para intervenções de emergência, Ibrahima Socé Fall, a afirmar que se trata de “uma nova informação que devemos estudar adequadamente para compreender melhor a dinâmica (do contágio)”. Isso porque, embora reconhecida, a transmissão entre pessoas não era comum, especialmente ligada ao ato sexual.

Outro ponto relacionado à população que passa por investigação é saber se quem recebeu a vacina da varíola tradicional há mais de 40 anos, que é eficaz para essa versão, estaria protegido. Isso porque a ciência não sabe por quanto tempo essa imunidade dura, e ela deixou de ser aplicada após a erradicação em 1980.

— Existem estudos que indicam pelo menos 20 anos de proteção, outros menos. Como a varíola foi extinta, deixou-se de investir nesse tipo de estudo. Até porque sem a doença, não tem como averiguar a eficácia na prática. É uma das perguntas que precisa ser respondida — afirma Raskin.

FONTE O GLOBO

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