Recheado de cachoeiras e trilhas incríveis, o destino é a pedida certa para quem ama natureza!.
Não é novidade para ninguém que Minas Gerais possui lugares fantásticos e uma cultura única. É nesse estado que encontramos cantinhos quase desconhecidos pela grande massa turística e que revelam belezas impressionantes. É o que acontece com Conceição de Ibitipoca, um imenso parque nacional que guarda nada menos do que 48 cachoeiras e 72 grutas de quartzo!
Tamanha beleza está chamando cada vez mais a atenção de turistas brasileiros que estão trocando os badalados destinos do litoral para curtir as atrações naturais que as montanhas podem oferecer.
Seja para programar suas próximas férias ou quem sabe curtir algum feriado, Ibitipoca é uma ótima opção de passeio. Veja tudo o que você precisa saber sobre o destino:
*Para visitar o local é necessário a Vacina contra Febre Amarela
PISCINAS NATURAIS
Conceição de Ibitipoca é um prato cheio para quem gosta de piscinas naturais: opções para se refrescar é o que não faltam. Por lá encontramos diversas opções espalhadas por toda a extensão do parque, sendo algumas de fácil acesso e outras que são mais difíceis de chegar. As mais famosas são a Prainha e o Piscinão, onde ambas são rodeadas por muito verde e formadas por águas cristalinas.
JANELA DO CÉU
Um dos cartões postais de Ibitipoca é a Janela do Céu. Tanta fama se justifica simplesmente pela paisagem única: trata-se de uma cachoeira que, em conjunto com o cenário, transforma-se em uma ‘janela’ incrível. O local está a cerca de 8 km da entrada do Parque e a trilha pode ser feita de carro ou a pé. A dica é ter bastante cuidado na hora de se refrescar, já que as pedras são muito escorregadias.
LAGO DAS MIRANGENS
A Lagoa das Miragens é um daqueles lugares incríveis que é parada obrigatória para quem visita o Parque. A piscina natural fica no Ribeirão do Salto, onde se encontram praticamente todas as outras atrações de água, ou seja, é uma boa rota para quem quer se refrescar do calor mineiro.
CACHOEIRAS
As Cachoeiras são outro ponto forte de Ibitipoca – são tantas opções de quedas que é até difícil saber qual é a melhor! Para não restar dúvida, por que não visitar várias?! Uma das mais famosas é a Cachoeirinha, que conta com uma queda d’água de 35 metros de altura! É incrível para quem gosta de sentir a força da água nas costas.
PICO DO PIÃO
Quem gosta de fazer trilhas desafiadoras não fica para trás em Ibitipoca. É lá que está um dos pontos mais altos do Estado de Minas Gerais, sendo o percurso perfeito para descobrir um lugar novo e admirar uma paisagem incrível. Estamos falando do Pico do Pião, que com seus 1727 metros de altitude se torna um dos lugares mais visitados do Parque.
O estado de Santa Catarina é o que tem mais destinos reconhecidos pelas ações de sustentabilidade, à frente do Rio Grande do Norte
O que você leva em conta na hora de escolher o destino da sua próxima viagem? Para muitos, é importante que o local tenha paisagens naturais, uma gastronomia rica e muitos equipamentos culturais. Para viajantes ainda mais seletivos –e conscientes–, é preciso adicionar na equação as ações de sustentabilidade praticadas pela gestão daquela cidade ou distrito.
Pensando nisso, em 2014 foi fundada, na Holanda, a Green Destinations, uma organização global que busca apoiar destinos sustentáveis. Periodicamente, a instituição fornece certificações e prêmios para os destinos que atingem metas de sustentabilidade.
“A Green Destinations desenvolveu um programa de apoio que inclui mais de 40 ferramentas de avaliação e relatórios, incluindo cursos de formação”, descreve a página da organização.
Assim, os destinos sustentáveis ostentam selos que podem ser adicionados às páginas oficiais do local, assim como a sites parceiros de viagens.
Este ano, a organização premiou 17 destinos com certificados de platina, ouro e prata de sustentabilidade. Destes, quatro eram brasileiros. Confira:
Rota do Enxaimel, na cidade de Pomerode (SC), com a certificação prata;
Tibau do Sul, município no Rio Grande do Norte, também com a certificação prata;
São Miguel do Gostoso, município no Rio Grande do Norte, com a certificação bronze;
Fernando de Noronha, em Pernambuco, com a certificação bronze.
Além desses destinos, que se destacaram na cerimônia ocorrida em Berlim, na Alemanha, há outros destinos brasileiros que já receberam algum tipo de reconhecimento por parte da Green Destinations. Mais uma vez, Santa Catarina e Rio Grande do Norte são os estados que aparecem. A lista fica completa com:
Muitas cidades pelo mundo estão aderindo à despavimentação: substituir o máximo de concreto, asfalto ou outras formas de construção urbana por plantas e terra.
Em um dia quente de julho, Katherine Rose pegou uma barra de metal e a colocou sob uma laje de concreto.
Rose, diretora de comunicações da Depave — uma organização sem fins lucrativos de Portland, nos Estados Unidos — suava por causa do calor, mas não se deixou derrotar por um pesado pedaço de cimento.
O grande bloco de crosta urbana à sua frente estava prestes a se mover. Usando um pouco de força com a barra de metal, Rose conseguiu remover o retângulo de concreto e colocá-lo fora da calçada.
“É como libertar a terra”, diz ela.
Em meados do ano passado, ela e outros 50 voluntários removeram cerca de 1.670 metros quadrados de concreto perto de uma igreja local.
“É como realizar um sonho que todos nós tornamos realidade”, diz ele.
Esse sonho é trazer a natureza de volta para ambientes urbanos.
A ideia da despavimentação é simples: substituir o máximo de concreto, asfalto ou outras formas de construção urbana por plantas e terra.
Na cidade de Portland isso é feito desde 2008, quando foi fundada a Depave.
Os idealizadores do programa argumentam que a despavimentação permite algo muito simples: a água da chuva passa a ser absorvida pela terra e, desta forma, evitam-se inundações.
O processo também permite que plantas silvestres cresçam no espaço urbano e, ao plantar mais árvores, é possível produzir mais sombra, o que, por sua vez, protege os moradores das cidades da radiação solar e das ondas de calor.
Sem contar que ampliar a área verde de uma cidade pode ajudar na saúde mental das pessoas.
Além dos voluntários
Mas se a remoção de pavimentação puder realmente se tornar uma solução, terá de ir muito além do que algumas dezenas de voluntários podem fazer.
Com o agravamento das mudanças climáticas, cidades e regiões inteiras começaram a adotar a despavimentação como parte da sua estratégia de adaptação aos novos tempos.
É hora, dizem alguns, de começar a remover o concreto das ruas de forma mais eficaz para criar melhores espaços para a natureza.
Por isso, toda vez que Rose caminha por uma cidade ela não consegue deixar de notar onde o asfalto poderia ser retirado para colocar algumas plantas.
“Eu sempre quero fazer mais. É impossível não ver os espaços para fazer isso”, afirma.
Ela observa que seu grupo conseguiu “descascar” cerca de 33 mil metros quadrados de asfalto em Portland desde 2008 (o que equivale a quatro campos e meio de futebol).
Ela descreve o trabalho como “divertido”, porque reúne muitos voluntários, que fazem um curso de segurança antes de iniciarem a tarefa.
A Green Venture é outra organização sem fins lucrativos que opera em Ontário, no Canadá, inspirada no trabalho realizado em Portland.
Giuliana Casimirri, diretora executiva, conta que ela e seus colegas conseguiram inserir pequenos jardins com árvores nativas em um bairro da cidade de Hamilton.
“Antes eram lugares por onde você passava rapidamente e agora são lugares onde você pode parar e começar a conversar”, explica.
Em Hamilton, as inundações podem fazer com que o esgoto se misture com os afluentes do Lago Ontário, que é a principal fonte de água potável da cidade.
A ideia da Green Venture e de outras organizações locais é reduzir as chances de isso acontecer, diz Casimirri.
Sua visão é uma estratégia fundamental para a cidade.
Na verdade, estudos demonstraram que superfícies impermeáveis, como o concreto, aumentam os riscos de inundações em áreas urbanas.
Rose observa que os esforços de sua equipe em Portland resultaram no desvio anual de cerca de 83 milhões de litros de água da chuva para o sistema de drenagem da cidade.
Em Leuven, na Bélgica, Baptist Vlaeminck, líder do projeto local de adaptação às mudanças climáticas, estima que só em 2023 a remoção de 6.800 metros quadrados de concreto permitiu que 1,7 milhão de litros de água da chuva fossem absorvidos pela terra.
“Com as mudanças climáticas, as tempestades vão aumentar, por isso a despavimentação não é apenas algo agradável, é uma necessidade”, diz Casimirri.
A questão agora é se as autoridades municipais estão cientes disso.
Em muitas partes do mundo, a despavimentação é vista como uma atividade marginal.
“Vamos precisar de uma escala de investimento com muito mais zeros para continuar”, disse Thami Croeser, da Universidade RMIT em Melbourne, Austrália.
Mudança de mentalidade
Os esforços comunitários para libertar ruas são “fantásticos”, diz Croeser.
Mas ela acrescenta que o ideal é que, em vez de não pavimentar e tornar os locais mais verdes, haja investimentos em criar uma nova forma de construir estruturas urbanas.
Na Europa, pelo menos, algumas cidades começaram a despavimentar de forma consistente.
Os residentes de Londres, por exemplo, foram estimulados a recuperar o verde do solo dos seus jardins.
A cidade de Leuven, na Bélgica, está abraçando a ideia de despavimentação em grande escala.
O bairro Spaanse Kroon desta cidade, onde vivem cerca de 550 pessoas, é um dos mais recentes alvos da iniciativa local de regeneração de espaços verdes.
Os planos envolvem a remoção de um volume significativo de asfalto de áreas residenciais e a obrigação de ciclovias e áreas para pedestres nas ruas.
“Estamos ampliando o programa, agora estamos criando uma equipe dedicada à despavimentação”, afirma Vlaeminck.
Projetos como esse devem atender às necessidades de todos na cidade, ressalta.
Vlaeminck afirma que, para ajudar quem tem problemas de visão ou mobilidade, as áreas não utilizadas das ruas ou calçadas têm prioridade na despavimentação, deixando uma área de mais de um metro nas próprias calçadas para que as pessoas tenham espaço suficiente para se movimentar.
O pavimento existente que não é removido também é renovado ou reparado para garantir que não haja buracos ou desníveis.
Os responsáveis pela Depave em Portland e pela Green Venture em Ontário dizem que trabalham com as comunidades para que os requisitos de acessibilidade sejam atendidos.
Casimirri está se referindo a um projeto recente que substituiu concreto danificado e dilapidado por arbustos e caminhos nivelados no meio.
Entre as iniciativas promovidas em Leuven está o “táxi de detritos”.
Trata-se de um pequeno caminhão que é enviado até casas de moradores que tenham entulho ou pedaços de concreto retirados de seus jardins.
O material é reutilizado, diz Vlaeminck, acrescentando que Leuven destinou vários milhões de euros para financiar projetos de remoção e renaturalização como este.
Desde janeiro de 2024, os promotores desta iniciativa tiveram de demonstrar que qualquer chuva que caia em casas novas ou significativamente renovadas pode ser reutilizada no local ou filtrada no jardim da propriedade, em vez de se acumular e causar inundações.
Se os promotores não conseguirem demonstrar que os seus projetos estão preparados para chuvas extremas, não serão aprovados, explica Vlaeminck.
A França também está oficializando a despavimentação, diz Gwendoline Grandin, ecologista da Agência Regional de Biodiversidade de Île-de-France.
A nível nacional, o governo francês destinou quase U$ 540 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões) para projetos de ecologia urbana. Isto inclui a remoção do pavimento, mas também a instalação de paredes e telhados verdes, por exemplo.
Parte da motivação é tornar as vilas e cidades mais resilientes às ondas de calor do verão, que afetaram gravemente grandes áreas da França nos últimos anos.
Alguns dos projetos em curso são de dimensão significativa, como um antigo parque de estacionamento perto de uma floresta na região de Paris.
Uma das áreas despavimentadas tem 45 mil metros quadrados.
Retirado o cimento, o terreno nivelado está sendo remodelado para introduzir declives e barrancos que retêm água. Em breve, toda a área também será plantada.
Na cidade natal de Croeser, em Melbourne, ele e seus colegas estudaram o espaço potencial disponível para regeneração com jardins e paredes verdes.
Um estudo de 2022 simulou o impacto com base em diferentes cenários, o mais ambicioso dos quais envolveu a eliminação de metade dos lugares de estacionamento exteriores da cidade, cerca de 11 mil vagas.
Croeser argumenta que há estacionamento suficiente disponível em Melbourne para garantir que ninguém fique sem um lugar para deixar seu veículo, mas que essas vagas de estacionamento internas devem ser públicas e acessíveis.
“O princípio básico é que não há perda líquida de acesso ao estacionamento”, diz ele.
“E temos disponíveis entre 50 e 60 hectares de espaços verdes, que mantêm a cidade fresca e evitam inundações”, destaca.
Pode parecer improvável que pequenas áreas verdes espalhadas aqui e ali numa cidade grande como Melbourne beneficiem significativamente a vida selvagem, mas Croeser diz que essas áreas de habitat são cruciais.
Segundo ele, esses espaços podem permitir que as espécies se locomovam e se desenvolvam em um ambiente que, em última análise, é bem diferente daquele em que vivem há anos.
Em seu estudo de 2022 sobre pavimentação em Melbourne, a equipe de Croeser incluiu modelos que sugeriam que um aumento modesto na vegetação poderia permitir que espécies como a abelha-de-faixa-azul vagassem por uma área urbana muito maior do que ocupavam anteriormente.
Rose concorda com Croeser que, para mudar o mundo, cidades inteiras, e até países inteiros, terão que abraçar totalmente a proposta.
Mas sublinha que, para chegar a esse ponto, as comunidades devem manifestar o seu apoio à ideia.
“Tudo começa com as pessoas pressionando o seu governo e iniciando essas conversas em um nível pequeno e local”, diz ele. “É assim que acontece.”
Pesquisas mostram que número de zonas úmidas produtoras de metano quase quadruplicaram em toda a região
Áreas significativas da camada de gelo derretido da Groenlândia estão agora produzindo vegetação, arriscando o aumento das emissões de gases com efeito de estufa, a subida do nível do mar e a instabilidade da paisagem.
Um estudo documentou a mudança desde a década de 1980 e mostra que grandes áreas de gelo foram substituídas por rochas estéreis, zonas úmidas e arbustos, criando uma mudança no ambiente. A análise dos registos de satélite mostrou que, ao longo das últimas três décadas, cerca de 18 mil quilômetros quadrados da camada de gelo e dos glaciares da Groenlândia derreteram, uma área equivalente ao tamanho da Albânia e que corresponde a 1,6% da sua cobertura total de gelo.
À medida que o gelo recuou, a quantidade de terra com vegetação crescente aumentou em 28 mil quilômetros, mais do dobro da área coberta quando o estudo começou. As descobertas mostram uma quase quadruplicação das zonas úmidas em toda a Groenlândia, que são uma fonte de emissões de metano.
O maior aumento na vegetação densa de zonas úmidas ocorreu nas proximidades de Kangerlussuaq, no sudoeste, e em áreas isoladas, no nordeste.
Os cientistas dizem que as temperaturas mais quentes do ar estão provocando o recuo do gelo e, desde a década de 1970, a região vem aquecendo o dobro da taxa média global. Na Groenlândia, as temperaturas médias anuais do ar entre 2007 e 2012 foram 3ºC mais quentes do que a média entre 1979 e 2000.
De acordo com as descobertas, há sinais de que o aumento da vegetação está resultando em uma maior perda de gelo.
Jonathan Carrivick, cientista da Terra na Universidade de Leeds e coautor do estudo, publicado na revista Scientific Reports, disse ao jornal The Guardian: “Temos visto sinais de que a perda de gelo está desencadeando outras reações que resultarão em uma perda adicional de gelo e maior “ecologização” da Groenlândia, onde o encolhimento do gelo expõe a rocha nua que é então colonizada pela tundra e, eventualmente, por arbustos”.
“Ao mesmo tempo, a água liberada pelo derretimento do gelo move sedimentos e lodo, e isso eventualmente forma pântanos.”
Os investigadores usaram as suas descobertas para desenvolver um modelo para prever as áreas da Gronelândia que provavelmente sofrerão mudanças “marcadas e aceleradas” no futuro, para continuar a monitorizar a situação.
FONTE UM SÓ PLANETA
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