Cena Hip Hop toma Lafaiete e mostra a força da cultura e o protagonismo juvenil

Ponto de Cultura Cia Xadrez Dance realizou neste domingo, dia 18 de junho, o II HIP HOP REAL SÓCIO CULTURAL, evento que teve o propósito de levar o lazer e a cultura para as crianças e jovens da região do bairro Real de Queluz, em Conselheiro Lafaiete (MG).
O evento contou com a presença aproximadamente 500 pessoas ao longo do dia e várias apresentações culturais de artistas do município como: Associação Meninos de Pé no Chão, Grupo Lesma, M’Djá e Isac, Mago, Ane Vy, Jhonatan Luiz, MC Saymon e Cia Xadrez Dance.

Diversos brinquedos ficaram a disposição do público infantil, como pula pula, totó, tobogã com piscina de bolinhas. Foram realizadas diversas oficinas psicopedagogias que desenvolvem a percepção, habilidade física e o raciocínio lógico, coordenadas pela psicopedagoga Cristiane Chaves. Foram distribuídos gratuitamente pipocas, algodão doce, balas, bombons e algumas cestas básicas. Na oportunidade, ao longo do dia foram abordados alguns temas como importantes como racismo, criminalidade, tráfico de drogas, autismo e trabalho infantil.

O evento teve um grande engajamento da população, sendo um dia de alegria e interação social.
O evento teve a coordenação de Wellington Aparecido de Souza, Emerson Daniel de Souza e Cristiano Lúcio da Rocha com apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Conselho Municipal da Criança e do Adolescente- CMDCA, Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente-FIA, CRAS, Real Tendas, Pule & Brink e pais dos alunos do projeto Construindo Sonhos. O Ponto de Cultura Cia Xadrez Dance agradece a todos os envolvidos.

Mentes Brilhantes: Projeto ofertou aulas de xadrez gratuitas para jovens de três regiões de Congonhas

Alunos de três diferentes bairros de Congonhas tiveram, nos últimos meses, a oportunidade de desenvolverem seu raciocínio e concentração através de aulas gratuitas de xadrez. A Secretaria Municipal de Cultura, Esportes, Lazer e Turismo, por meio da Diretoria de Esportes firmou parceria com a Associação Argos e com a Secretaria Municipal de Educação e de Assistência Social, através dos telecentros para levar até aos jovens o projeto Xadrez Mentes Brilhantes.
O projeto foi destinado para atender crianças e adolescentes na faixa etária de 6 a 17 anos de idade e, ao todo, houveram 112 participantes. O Diretor de Esportes da Prefeitura de Congonhas ressaltou a importância do xadrez para o aprimoramento das funções cognitivas dos praticantes. “Este jogo desenvolve o raciocínio lógico, a capacidade de formar estratégias, melhora a concentração na hora de estudar e de fazer leituras das crianças e contribui não só na escola como na vida de um modo geral e na prática de outros esportes”, comentou.
As aulas aconteceram em escolas dos bairros Pires, Alvorada e no telecentro do Joaquim Murtinho. Todos os alunos ganharam uniformes que foram cedidos pela empresa Vale por intermédio da Lei de Incentivo ao Esporte e um tabuleiro com todas as peças para poder jogar em casa com a família e os amigos. A aula final do projeto aconteceu no Joaquim Murtinho na sexta-feira, 06 de janeiro onde 30 crianças foram atendidas.
E não foram apenas as crianças que saíram contentes deste projeto, mas também os pais. Maria de Paiva, vendedora autônoma e moradora do Murtinho colocou seu casal de filhos no projeto. A menina Melissa de 11 anos e o menino Heitor de 7 anos. E ela conta que xadrez vai ajudar muito os seus filhos. “Eu falei com meu esposo: eu vou colocar os meninos pra eles terem facilidade de memória e pra eles terem raciocínio rápido porque eu acredito que o xadrez traz isso. Acho que a bagagem mais direta é essa. Que futuramente eles vão precisar de prestar o vestibular. Vai precisar de capacidade de memória e mais também para eles participarem, porque a gente já mora aqui. eu quero que eles socializem com as pessoas”, finaliza.

Por Reinaldo Silva – Comunicação Prefeitura de Congonhas
Fotos: Reinaldo Silva e Robson Henrique

Atleta é bronze no campeonato brasileiro de xadrez

Duas semanas após conquistar o terceiro lugar no campeonato mineiro de xadrez rápido feminino, a orientadora do projeto de extensão da UFSJ Xadrez nas Comunidades, Ana Gabriela Lobato Resende, foi além: subiu ao pódio também no campeonato brasileiro de 2022.

Ana conquistou a terceira colocação na modalidade xadrez rápido feminino no último sábado, 17 de setembro, em Teresina (PI). O torneio é organizado pela Confederação Brasileira de Xadrez (CBX) e define vagas para o mundial das categorias, o Fide World Rapid and Blitz.

Ana Gabriela também disputou a categoria blitz, no domingo, ficando entre as premiadas, com a quinta colocação. Ao longo do final de semana, chegou a derrotar a campeã e a vice do ano passado, Renée Brambilla e Cibele Florêncio. A vencedora deste ano nas modalidades rápido e blitz no feminino é a Mestre Nacional Marina Aguiar, que, com os títulos, garantiu vaga no mundial.

“Chegar ao pódio no campeonato brasileiro, ao lado de jogadoras muito fortes, mostra que devemos correr atrás dos nossos planos, dos nossos sonhos”, celebra a enxadrista, que é aluna da Licenciatura em Música pela UFSJ. Para os próximos anos, o plano é lutar pelo título e, consequentemente, pela vaga no mundial.

Ana acredita que, ocupando espaços de destaque no xadrez brasileiro, pode servir de exemplo aos alunos do projeto de extensão e outras crianças e adolescentes de São João del-Rei e região. “Às vezes disputar um campeonato brasileiro ou até mundial parece distante, mas não é impossível. Isso que a gente quer sempre passar para nossos alunos e especialmente alunas, já que, infelizmente, as mulheres ainda são minoria no xadrez”.

Ana Gabriela treina com os orientadores do Xadrez nas Comunidades e também é aluna do portal Chessflix, parceiro do projeto. Para conhecer mais, acesse o Instagram @xadreznascomunidades

Crédito Foto: @fpix_xadrez

URBANICIDADE – XADREZ DO GOLPE (A nítida aposta de Bolsonaro na guerra civil)

Achei muito forte essa análise da conjuntura feita por Luíz Nassif (aqui). Na minha idade me permito a não sofrer por antecipação por aquilo que ainda está no campo das hipóteses, mas nem por isso deixaria de trazer aqui, pois estamos num momento bastante conturbado de nossa história. Que cada um tire suas conclusões.

O país corre o mais sério risco da sua história, de ser efetivamente controlado por organizações criminosas.

No dia 8 de maio de 2019, publiquei aqui o “Xadrez do gole a caminho”, mostrando que jká era nítida a estratégia de armamento da população, de criação de milícias, para substituir as Forças Armadas na defesa do regime.

No dia 2 de fevereiro de 2020, um segundo capítulo, ficando cada vez mais clara essa intenção.

As declarações de Bolsonaro, na reunião dos Ministros, é a comprovação definitiva.

O que precisa mais para as instituições se mexerem?

Peça 1 – O fator Olavo de Carvalho

Depois das últimas escaramuças, não resta dúvida de que a alma do governo Jair Bolsonaro são seus filhos Carlos e Eduardo. E, por trás de ambos, Olavo de Carvalho. Conforme foi possível conferir ao longo desses meses iniciais, todas as loucuras ditas por Olavo e pelos filhos de Bolsonaro têm consequências políticas. Não são meramente bazófias e grosserias. Têm que ser interpretadas ao pé da letra.

Três opiniões relevantes para compor essa primeira peça

A opinião de Olavo sobre os militares

É evidente que, para Olavo, os generais representam o maior empecilho para a guerra final contra o marxismo cultural.

A opinião de Eduardo Bolsonaro sobre o armamento para a população

Em mais de um Twitter, Carlos e Eduardo Bolsonaro deixaram claro que armar a população é condição essencial para a libertação do país. Deram como exemplo os EUA dos pioneiros e a Venezuela da Maduro. Se a população tivesse armas, Maduro não imporia sua ditadura.

A hora do enfrentamento, segundo Olavo

De todos os tuites de Olavo, o que mais chamou a atenção foi o que ele avisa para deixar para mais tarde a briga com o general Villas-Boas. Quem o avisou foi “o anjo da guarda”. Não é necessário muito tirocínio para intuir quem é o tal de anjo da guarda.

É evidente que o sentido da frase embute a questão da correlação de forças. Mas o que impediria, neste momento, se o próprio Bolsonaro deixou claro que, entre militares e Olavo, fica com Olavo? Certamente não é a correlação de forças políticas dentro do governo Bolsonaro, onde Olavo saiu vitorioso. É a correlação entre o bolsonarismo e as forças externas – incluindo aí, os generais.

Peça 2 – o decreto de Bolsonaro

Portanto, é ingenuidade supor que o decreto de Bolsonaro, ampliando desmedidamente o direito às armas seja mero lobby dos clubes de tiro ou da indústria de armas dos Estados Unidos.

É um posicionamento político para impor-se amparado pelo poder das milícias, dos ruralistas, pelas armas nas mãos de seus seguidores, pelos aliados nas empresas de segurança e, provavelmente, por sua influência junto à média oficialidade das Forças Armadas.

As ligações de Bolsonaro e do PSL com as milícias são óbvias. E há evidências de monta sobre sua proximidade com os mercadores de armas. Dono de um arsenal de 120 armas pesadas, o ex-PM Ronnie Lessa era vizinho de condomínio de Bolsonaro. Ligado a tantos milicianos, colega de tantos ex-militares que vieram dos porões, é impossível que Bolsonaro não soubesse das atividades de Ronnie Lessa

Aqui o primeiro mapa feito mostrando essas ligações.

Peça 3 – as ligações com a indústria de armas dos EUA

No artigo “Xadrez da indústria de armas e o financiamento da direita” mostrei as estreitas ligações entre o lobby das armas e o avanço da ultradireita no mundo. Mostra também a associação dos Bolsonaro com a NRA, a associação dos fabricantes de rifles dos EUA.

Leia também:  Bolsonaro evidencia intenção em militarizar Ministério da Saúde

 

Dizia a matéria;

No dia 10 de novembro de 2018, o site da America´s 1st Freedom, da NRA, dizia (https://goo.gl/F7mkKV):  “Tiremos o chapéu para Bolsonaro por ver a situação pelo que realmente é”.

Um ano antes, em 2017, Jair e Eduardo Bolsonaro foram recebido com todas as regalias pela NRA, conforme reportagem da Bloomberg (https://goo.gl/KWcMhy):

“Enquanto estavam lá, eles experimentaram uma AK-47 e outras armas de assalto. Depois, Eduardo, vestindo uma camiseta “F — ISIS”, segurou cartuchos de grande calibre para a câmera e expressou consternação por eles poderem “ter um problema” se tentassem trazer a munição para o Brasil.”

Quando entrou em crise, depois de ter defendido o armamento para a população dias antes da chacina e ela passou a ser alvo generalizado de críticas, inclusive do prefeto de Nova York, a saída foi invocar Deus:

A reação da NRA veio através de seu líder, Wayne LaPierre, alertando contra uma “agenda socialista” por trás das campanhas contra o desarmamento. E dizendo que o direito às armas “é garantido por Deus a todos os americanos como direito de nascença” (https://goo.gl/QKwpaa).

A atuação política da NRA é fundamentalmente contra as instituições, das quais a mais visada é a imprensa.

Peça 4 – o fator Wilson Witzel

O governador carioca Wilson Witzel está claramente preparando sua polícia – civil e militar – para a guerra. Pode-se supor que seja contra as organizações criminosas adversárias das milícias. O que aconteceria com essa estrutura armada, caso o bolsonarismo decidisse peitar a hierarquia das Forças Armadas?

É mais uma evidência do posicionamento dos bolsonaristas.

Peça 5 – o caos que se avizinha

Não há a menor possibilidade da economia melhorar. A equipe econômica conduzida pelos inenarráveis Paulo Guedes e Mansueto de Almeida, parecem determinados a inviabilizar o país, a pretexto de cumprir a Lei do Teto. E sempre com a promessa impossível de que tudo irá melhorar, em um passe de mágica, se for aprovada a reforma da Previdência.

Todas as medidas tomadas parecem ter o intuito de promover a reação da população. Pode ser mera miopia política, de economistas desvairados, pode ser a busca do álibi para o confronto final contra o tal do “marxismo”, que os bolsonaristas vêem até nas Forças Armadas.

De qualquer modo, a cada dia que passa o desalento será maior, assim como a corrosão na popularidade de Bolsonaro. Isso explica a pressa em acelerar providências, a pretexto de recuperar o contato com a base.

O país corre o mais sério risco da sua história, de ser efetivamente controlado por organizações criminosas. Seria relevante que caísse a ficha das instituições – STF (Supremo Tribunal Federal), Forças Armadas e Congresso, antes que seja tarde.

 

Urbanicidade – xadrez do homem que delatou Temer

Nuvens negras pairam sobre Brasilia. Confiram o “xadrez” de Luiz Nassif (original aqui: http://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-homem-que-delatou-temer)

Introdução – características das grandes conspirações

Conspirações políticas não se montam com o controle completo e acabado de todas as variáveis, obedecendo a um manual previamente definido.

Quando atua sobre realidades complexas, como o cenário sócio-político-econômico de um país, não há controle sobre todas as variáveis nem clareza sobre os desdobramentos dos grandes lances.

Jogam-se os dados, então, em cima das circunstâncias do momento, tendo apenas uma expectativa sobre seus desdobramentos.

Digo isso, para tentar avançar um pouco no Xadrez de Marcelo Calero, o ex-Ministro da Cultura que denunciou Michel Temer de pressioná-lo em favor de benefícios pessoais a Geddel Viria Lima.

Peça 1 – jabuti não sobe em árvore

Em 2010 Calero foi candidato a deputado federal pelo PSDB do Rio. Aluno de Direito da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) sempre chamou a atenção pela extravagância, mas jamais pela vocação do suicídio político. Fazia parte do time de yuppies que ascendeu na gestão Eduardo Paes.

Reagiu contra as jogadas de Geddel Vieira Lima e, provavelmente, se assustou quando este passou a jogar balões de ensaio para setoristas palacianos. Em tempos de grampo e de prisões indiscriminadas, jacaré nada de costas. E aí resolveu pedir demissão e denunciar as pressões.

Até aí, se tinha um Ministro neófito resistindo às investidas de boca de jacaré e gerando uma crise política restrita. Mas o inacreditável amadorismo político de Michel Temer transformou em início de incêndio, ao não tomar a decisão óbvia e imediata de demitir Geddel.

Aí ocorre o lance seguinte, a denúncia contra o próprio Temer na Polícia Federal, com o depoimento vazando para a empresa mal chegou no STF (Supremo Tribunal Federal). Imaginar espontaneidade em lance dessa amplitude é tão improvável quanto acreditar que jabuti sobe em árvore.

O desafio é saber quem pendurou o jabuti na árvore.

Peça 2 – o lance do partido da mídia

A melhor maneira de garimpar os antecedentes é através de um balanço rápido da repercussão:

  • O Jornal Nacional investiu contra Michel Temer com a mesma gana com que atacava Lula.
  • Época, o braço mais manipulável das Organizações Globo, depois da Globonews, registrou Calero na capa, o sir Galahad do novo, em contraposição ao velho Geddel Vieira Lima.

Folha e Estadão vão a reboque. E todos trataram de poupar Eliseu Padilha, principal avalista do pacote de apoio à mídia.

No mesmo dia, em que o escândalo Geddel expunha o vácuo Temer, FHC aparecia nos jornais online – e no Jornal Nacional – falando do orgulho de ser PSDB, o PSDB representando o novo etc. E, como bom malaco, afiançando, com ar confidente, que a presidência seria de alguma das lideranças presentes. Mas não dele, é claro.

É difícil uma conspiração discreta com FHC porque ele não consegue conter a euforia nos momentos que antecedem o desfecho.

A delação de Calero serve, portanto, para dois objetivos:

Objetivo 1 – enfraquecer substancialmente a camarilha de Temer.

Objetivo 2 – recolocar FHC no centro das articulações, como a alternativa para a travessia até 2018.

As circunstâncias ditarão os próximos lances, que poderá ser um Temer sem camarilha, sendo tutelado pelo FHC; ou um FHC assumindo a presidência para tocar o barco até 2018, tendo dois trabalhos a entregar:

  1. Completar o desmonte da Constituição de 1988, conquistando o limite de despesas e a reforma trabalhista e da Previdência.
  2. Implantar o parlamentarismo, ou outras alternativas de esvaziamento do poder Executivo e de poder do voto popular.

Peça 3 – uma explicação para a capa de Veja

Há dúvidas de monta sobre a capa de Veja, com a chamada superior informando sobre as acusações contra José Serra e Geraldo Alckmin nas delações da Odebrecht.

Três hipóteses foram aventadas:

  1. Vejacomeçou a fazer jornalismo.

Não bate com a insuficiência de dados da reportagem. A rigor, há uma única informação, sobre a maneira como a Odebrecht repassava o dinheiro do caixa 2 para Serra através do banqueiro Ronaldo César Coelho.

  1. Dar um chega-prá-lá nos três presidenciáveis atuais do PSDB,.

Para deixar claro que o momento não é de disputa, mas de coesão em torno de FHC.

  1. Arrumar um álibi para os três.

É uma teoria um pouco mais complexa, mas que faz sentido.

Sabia-se que haveria dois tipos de delação das empreiteiras. A Odebrecht se concentraria nos financiamentos de campanha; a OAS nos casos de corrupção para enriquecimento pessoal.

Aì houve a intervenção preciosa do Procurador Geral da República Rodrigo Janot, cancelando as negociações com a OAS e provocando um enorme alívio nos advogados de Serra.

Com exceção de Geraldo Alckmin, há indícios robustos de que houve enriquecimento pessoal tanto de Serra quanto Aécio. Focando-se nos pecados menores, confere-se um álibi de isenção à Lava Jato e à mídia e, ao mesmo tempo, desvia-se o foco das investigações dos crimes mais graves.

Peça 4 – o enfrentamento da crise e o fator FHC

O quadro que se apresenta, hoje em dia, é ameaçador.

Na base, o agravamento da crise econômica, expandindo-se por estados e municípios. Os cortes nas políticas sociais, criando situação de fome para parcela expressiva dos beneficiários do Bolsa Família. Um endividamento circular das empresas, travando os negócios. E os grandes investimentos públicos paralisados.

Em cima desse quadro, um conjunto de medidas pró-cíclicas, agravando a crise econômica.

  1. O arrocho fiscal, aprofundando a recessão e ampliando o déficit fiscal pela redução da receita.
  2. A política monetária com taxa básica a 14%, inviabilizando qualquer possibilidade de novos investimentos.
  3. A política cambial provocando a apreciação do real e abortando a recuperação das exportações.
  4. O trancamento do crédito nos bancos comerciais. Não há crédito mais e trabalha-se com extrema cautela a rolagem das dívidas das empresas inadimplentes.
  5. A retirada de R$ 100 bilhões do BNDES, em um momento em que o endividamento circular das empresas paralisa a economia.

Em um ponto qualquer do futuro, haverá a necessidade de uma mudança de 180o na política econômica, com um choque fiscal – ampliando despesas e investimentos públicos -, flexibilização das políticas monetária e creditícia.

Um trabalho de recuperação da economia exigiria um conjunto de qualidades que falta a FHC:

  1. A proatividade para conduzir os diversos instrumentos de recuperação da economia.

Nos seus 8 anos jamais se envolveu no dia-a-dia da gestão política e econômica.

  1. Habilidade política para recompor a base de apoio.

Em seu tempo de presidência, o varejo da política era garantido justamente pelo quarteto que compõem a camarilha de Temer: Geddel, Padilha, Moreira Franco e o próprio Temer. No Congresso, o PSDB atual regurgita ódio e, no campo das ideias, é um mero cavalo das ideias mercadistas.

  1. Credibilidade para conduzir um pacto nacional.

Em todo o período de conspiração, FHC sempre estimulou a radicalização e o golpe. Jamais conseguiu entender que o único papel engrandecedor que lhe caberia seria o de um futuro mediador, no caso de recrudescimento da crise política. Pensa pequeno.

Peça 5 – o jogo de forças pós-Temer

Leve-se em conta que a fritura de Temer promoverá um racha na frente golpista.

A frente é composta pelo PMDB de Temer, PMDB dos caciques nordestinos, PSDB, centrão, PGR- Lava Jato e mídia.

A implosão do governo Temer significará restringir o grupo vitorioso e enfrentar, no Congresso, a reação do PMDB e do chamado centrão, além da oposição da esquerda.

Os 200 e tantos nomes da delação da Odebrecht não reporão de forma alguma a isonomia nas investigações da Lava Jato, pelo fato de incluir políticos tucanos nas delações. Pois a escolha dos investigados caberá exclusivamente a Janot.

O movimento de fritura de Temer acirrará mais as contradições do golpe, até que o aprofundamento da crise promova ou a conciliação ou o caos.

E aí será possível um pacto entre FHC e Lula.

Por: Paulo Sarmento

paulo.planoter@gmail.com

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.