19 de abril de 2024 19:20

Zelinho desabafa: “se não fosse a Cfem estaríamos em dívida com os servidores”

Prefeito disparou críticas contra o governador Pimentel; arrecadação de CFEM dos seis meses de 2018 correspondeu a mais de 82% de 2017

Zelinho fez um duro discurso contra a falta de repasse do governo do Estado, que sintetiza a revolta geral dos prefeitos/CORREIO DE MINAS

Na reunião da Amalpa, ocorrida sexta feira, dia 20, em Congonhas, com a presença do pré-candidato ao Governo de Minas, Antônio Anastasia, os prefeitos aproveitaram o momento para criticar os atrasos de repasses do governo do Estado como também desabafaram sobre os desafios por que passam as gestões frente a escassez de recursos e ao mesmo tempo manter os investimentos e as finanças municipais em dia.

Enquanto Anastasia encontrou um ambiente favorável,  o atual governador Fernando Pimentel a situação era de certa hostilidade. O prefeito Zelinho foi um dos mais contundentes críticos.

Além de criticar a falta de repasses constitucionais ele citou que para concluir uma obra de Unidade Básica de Saúde injetou recursos da prefeitura já que  Estado não honrou o pagamento do convênio. “Tive que fazer isso caso contrário a empreiteira quebraria. A prefeitura arcou com a conclusão da obra e acionamos o Estado na Justiça para garantir o ressarcimento. É um absurdo”, desabafou. Outra obra que o Município foi obrigado a concluir com recursos próprios foi o asfaltamento entre Congonhas e Jeceaba, passando por Caetano Lopes.

O prefeito lamentou a apropriação indébita que o atual governo tem feito dos recursos dos municípios. Segundo ele, o Estado não tem repassado, entre outros, os recursos constitucionais do ICMS. “Só em Congonhas, o governo deve em torno de 15 milhões de reais. Só para a saúde, quase 10 milhões de reais. E está assim em todas as cidades. Hoje nós temos um governo que se esconde dos prefeitos, que se esconde da população de Minas Gerais”, afirmou.

Zelinho reforçou ainda ter esperanças em uma gestão mais ética e justa para todos os mineiros. “A gente espera que o próximo governador seja Antonio Anastasia para mudar essa situação que estamos vivendo. Sabemos que isso é possível pelo seu comprometimento, por conhecer muito bem Minas Gerais. Minas precisa de Anastasia”, destacou.
Servidores e CFEM
“O vem salvando nossas receitas são os recursos da Cfem. Caso contratário estamos em dívida com nossos funcionários”, assinalou. Somente de janeiro junho, deste ano, entraram nos cofres públicos de arrecadação da CFEM quase R$68 milhões. O valor corresponde a quase a mais de 82% do total dos dozes meses de 2017 que foi de R$ R$ 81.106.393,80.

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