Quais são as cidades e estados do Brasil com mais agrotóxicos na água?

Goiás, Minas Gerais e São Paulo pontuam entre os estados com maior nível de água contaminada por substâncias que podem causar câncer; veja

A partir de dados publicados no portal Sisagua, vieram à tona informações que apontam que 28 cidades brasileiras hospedam água com altos índices de contaminação por agrotóxicos. Os testes de qualidade indicam a poluição em redes de abastecimento e em poços particulares em municípios de estados como São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais. A seguir, confira mais detalhes sobre quais são as cidades e estados com água envenenada, e quais as consequências disso para a saúde.

Quais os riscos dos agrotóxicos acumulados na água?

O portal Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano) publicou, em 2022, dados que informam sobre a contaminação da água por agrotóxicos em cidades brasileiras, e os gráficos foram checados pelo site Repórter Brasil, que publicou atualizações que englobam até agosto deste ano.

Segundo o apontamento, o consumo em baixas doses da água envenenada pode causar poucos riscos à saúde dos consumidores; em contrapartida, o consumo frequente e em altas doses dessas substâncias pode levar ao desenvolvimento de cânceres, quadros graves de alergia e inflamação, distúrbios hormonais e neurológicos, e até à morte.

As próprias empresas de água de uma região são as responsáveis por aplicar os testes de qualidade da água e enviá-los ao Sisagua. No entanto, é dever da prefeitura e do estado supervisionar as situações problemáticas, e cobrar das empresas as medidas cabíveis para balancear o índice de agrotóxicos.

Isso porque, como já dito anteriormente, o baixo consumo dessas substâncias representa um baixo risco, então, desde que as empresas não ultrapassem a concentração limite de contaminação, a água pode ser legalmente comercializada, por exemplo. Uma situação parecida ocorre no setor alimentício, mas voltado para a presença de agentes estranhos nos alimentos, como pelos de ratos: desde que não ultrapassem o limite previsto, os produtos são passíveis de comercialização legal.

Quais as cidades e estados com mais agrotóxicos na água?

Segundo os dados fornecidos pelo Vigiagua, constam como as cidades e estados de alerta os seguintes nomes:

cidades e estados com água contaminada por agrotóxico

Com informações de: Repórter Brasil e Ministério da Saúde.

FFONTE OLHAR DIGITAL

Quais são as cidades e estados do Brasil com mais agrotóxicos na água?

Goiás, Minas Gerais e São Paulo pontuam entre os estados com maior nível de água contaminada por substâncias que podem causar câncer; veja

A partir de dados publicados no portal Sisagua, vieram à tona informações que apontam que 28 cidades brasileiras hospedam água com altos índices de contaminação por agrotóxicos. Os testes de qualidade indicam a poluição em redes de abastecimento e em poços particulares em municípios de estados como São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais. A seguir, confira mais detalhes sobre quais são as cidades e estados com água envenenada, e quais as consequências disso para a saúde.

Quais os riscos dos agrotóxicos acumulados na água?

O portal Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano) publicou, em 2022, dados que informam sobre a contaminação da água por agrotóxicos em cidades brasileiras, e os gráficos foram checados pelo site Repórter Brasil, que publicou atualizações que englobam até agosto deste ano.

Segundo o apontamento, o consumo em baixas doses da água envenenada pode causar poucos riscos à saúde dos consumidores; em contrapartida, o consumo frequente e em altas doses dessas substâncias pode levar ao desenvolvimento de cânceres, quadros graves de alergia e inflamação, distúrbios hormonais e neurológicos, e até à morte.

As próprias empresas de água de uma região são as responsáveis por aplicar os testes de qualidade da água e enviá-los ao Sisagua. No entanto, é dever da prefeitura e do estado supervisionar as situações problemáticas, e cobrar das empresas as medidas cabíveis para balancear o índice de agrotóxicos.

Isso porque, como já dito anteriormente, o baixo consumo dessas substâncias representa um baixo risco, então, desde que as empresas não ultrapassem a concentração limite de contaminação, a água pode ser legalmente comercializada, por exemplo. Uma situação parecida ocorre no setor alimentício, mas voltado para a presença de agentes estranhos nos alimentos, como pelos de ratos: desde que não ultrapassem o limite previsto, os produtos são passíveis de comercialização legal.

Quais as cidades e estados com mais agrotóxicos na água?

Segundo os dados fornecidos pelo Vigiagua, constam como as cidades e estados de alerta os seguintes nomes:

cidades e estados com água contaminada por agrotóxico

Com informações de: Repórter Brasil e Ministério da Saúde.

FFONTE OLHAR DIGITAL

Conquetel de 27 agrotóxicos é identificado em 23 cidades de MG; Ouro Preto e São João Del Rei Estão na lista

Vinte e três municípios de Minas Gerais aparecem em uma lista de cidades onde 27 tipos de agrotóxicos foram detectados na água consumida. Chamada de “efeito coquetel”, a mistura entre substâncias preocupa especialistas. As prefeituras de Paraisópolis e São Lourenço (MG) atribuíram os nomes na lista a erro humano no preenchimento de dados no sistema do Ministério da Saúde.

As informações são resultado de um cruzamento de dados realizado pela Repórter Brasil a partir de informações do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde, com testes feitos em 2022.

A lista inclui as cidades de Alvinópolis, Araújos, Campo Belo, Carmópolis de Minas, Contagem, Itaquara, Jacutinga, Japaraíba, Marliéria, Nepomuceno, Oliveira, Puro Preto, Paraguaçu, Paraisópolis, Paulistas, Poços de Caldas, São João Del Rei, São José da Varginha, São Lourenço, Sete Algoas, Três Pontas, Tupaciguara e Uberaba.

A maioria dos exames identificou concentrações individuais de agrotóxicos dentro dos limites seguros definidos pelo Ministério da Saúde. No entanto, a regulação brasileira não considera os riscos resultantes da interação entre diferentes pesticidas, o que preocupa os especialistas. Essas detecções ocorreram em amostras de água de várias redes de abastecimento municipais.

De acordo com o governo de Minas Gerais, um laboratório regional da Copasa garante a qualidade da água distribuída no Sul e Sudoeste de Minas Gerais, atendendo 124 municípios com mais de 200 análises diárias. No entanto, a Copasa informou que não opera o sistema de abastecimento de água em nenhuma das cidades citadas na lista.

O Ministério da Saúde disse que, ao encontrar valores acima do padrão ou até mesmo a presença constante das substâncias na água de algum sistema ou solução alternativa de abastecimento, sugere-se às vigilâncias locais e estaduais que sejam tomadas medidas com vistas à prevenção de risco à saúde.

Mistura de agrotóxicos na água, fenômeno ainda sem regulação no Brasil, preocupa especialistas por causarem efeitos ainda desconhecidos (Foto: Andres Siimon/Unsplash)

Mais cidades

Dados do Ministério da Saúde revelam que 210 cidades encontraram todos os agrotóxicos testados na rede de abastecimento de água em 2022. Chamado de “efeito coquetel”, a mistura entre substâncias preocupa especialistas.

A maioria dos exames identificou uma concentração dentro do limite considerado seguro pelo Ministério da Saúde para cada tipo de substância isoladamente. Ou seja, a simples presença de cada agrotóxico em uma amostra não necessariamente acarreta problemas para a saúde.

No entanto, a regulação brasileira não leva em conta os riscos da interação entre os diferentes tipos de pesticidas. É justamente a mistura de substâncias o que preocupa especialistas ouvidos pela reportagem. Eles afirmam que o chamado “efeito coquetel” pode gerar consequências ainda desconhecidas ao organismo humano.

Conquetel de 27 agrotóxicos é identificado em 23 cidades de MG; Ouro Preto e São João Del Rei Estão na lista

Vinte e três municípios de Minas Gerais aparecem em uma lista de cidades onde 27 tipos de agrotóxicos foram detectados na água consumida. Chamada de “efeito coquetel”, a mistura entre substâncias preocupa especialistas. As prefeituras de Paraisópolis e São Lourenço (MG) atribuíram os nomes na lista a erro humano no preenchimento de dados no sistema do Ministério da Saúde.

As informações são resultado de um cruzamento de dados realizado pela Repórter Brasil a partir de informações do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde, com testes feitos em 2022.

A lista inclui as cidades de Alvinópolis, Araújos, Campo Belo, Carmópolis de Minas, Contagem, Itaquara, Jacutinga, Japaraíba, Marliéria, Nepomuceno, Oliveira, Puro Preto, Paraguaçu, Paraisópolis, Paulistas, Poços de Caldas, São João Del Rei, São José da Varginha, São Lourenço, Sete Algoas, Três Pontas, Tupaciguara e Uberaba.

A maioria dos exames identificou concentrações individuais de agrotóxicos dentro dos limites seguros definidos pelo Ministério da Saúde. No entanto, a regulação brasileira não considera os riscos resultantes da interação entre diferentes pesticidas, o que preocupa os especialistas. Essas detecções ocorreram em amostras de água de várias redes de abastecimento municipais.

De acordo com o governo de Minas Gerais, um laboratório regional da Copasa garante a qualidade da água distribuída no Sul e Sudoeste de Minas Gerais, atendendo 124 municípios com mais de 200 análises diárias. No entanto, a Copasa informou que não opera o sistema de abastecimento de água em nenhuma das cidades citadas na lista.

O Ministério da Saúde disse que, ao encontrar valores acima do padrão ou até mesmo a presença constante das substâncias na água de algum sistema ou solução alternativa de abastecimento, sugere-se às vigilâncias locais e estaduais que sejam tomadas medidas com vistas à prevenção de risco à saúde.

Mistura de agrotóxicos na água, fenômeno ainda sem regulação no Brasil, preocupa especialistas por causarem efeitos ainda desconhecidos (Foto: Andres Siimon/Unsplash)

Mais cidades

Dados do Ministério da Saúde revelam que 210 cidades encontraram todos os agrotóxicos testados na rede de abastecimento de água em 2022. Chamado de “efeito coquetel”, a mistura entre substâncias preocupa especialistas.

A maioria dos exames identificou uma concentração dentro do limite considerado seguro pelo Ministério da Saúde para cada tipo de substância isoladamente. Ou seja, a simples presença de cada agrotóxico em uma amostra não necessariamente acarreta problemas para a saúde.

No entanto, a regulação brasileira não leva em conta os riscos da interação entre os diferentes tipos de pesticidas. É justamente a mistura de substâncias o que preocupa especialistas ouvidos pela reportagem. Eles afirmam que o chamado “efeito coquetel” pode gerar consequências ainda desconhecidas ao organismo humano.

Água contaminada por agrotóxicos chega a cidades mineiras; veja lista

A água que chega a Paulistas, no Vale do Rio Doce, e Ibertioga, na Zona da Mata mineira, registrou uma alta concentração de agrotóxicos perigosos, é o que revelam testes de qualidade feitos pelo Ministério da Saúde no Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano) e divulgados pelo Repórter Brasil.

Além das duas cidades, que registraram maior concentração de substâncias tóxicas, os municípios de Claro dos Poções, Alfredo Vasconcelos, Divinópolis, Ibiaí, Mário Campos, Paraisópolis, Pequi, Pintópolis, Rio Piracicaba, Rubim e Várzea da Palma colocam Minas Gerais no topo da lista de estados que mais registraram poluição da água.

O alerta de contaminação também é válido para outras 15 cidades brasileiras localizadas em Goiás, São Paulo, Mato Grosso e Tocantins.

O Sisagua fez, em 2022, mais de 306 mil testes em 2.445 cidades para identificar agrotóxicos na água. Os dados apontam que 55 testes em 28 municípios apontaram agrotóxicos acima dos valores máximos permitidos pelo Ministério da Saúde, o que representa 0,02% do total de amostras analisadas.

O agrotóxico que mais aparece acima do limite é o endrin, substância proibida no Brasil. Na sequência, o aldrin, que também não é permitido no país e é classificado como “provavelmente cancerígeno” pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

O Repórter Brasil ouviu o professor de toxicologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Fábio Kummrow, que explica que o consumo de água com alta concentração de substâncias como as que foram mencionadas acima pode aumentar consideravelmente a chance do desenvolvimento de doenças.

“O consumo frequente por longos períodos representa sérios riscos, em razão dos efeitos tóxicos crônicos pela exposição durante meses ou anos”, disse.

O que diz a Copasa?

Em nota enviada ao BHAZ, a Copasa, responsável pelo abastecimento de oito das cidades mencionadas no levantamento, informou que “tem como prioridade prezar pelo compromisso de oferecer os melhores serviços aos seus clientes, com o foco não só na quantidade e na regularidade, mas também na qualidade da água distribuída à população”.

A companhia disse que realiza análises frequentes de monitoramento da qualidade de água e garante que “a água tratada e distribuída se encontra dentro dos padrões de potabilidade, não representando quaisquer riscos à saúde das populações atendidas” (leia na íntegra abaixo).

As demais cidades contam com o abastecimento fornecido pela própria prefeitura e não fazem parte da rede da Copasa.

Nota da Copasa na íntegra

A Copasa informa que tem como prioridade prezar pelo compromisso de oferecer os melhores serviços aos seus clientes, com o foco não só na quantidade e na regularidade, mas também na qualidade da água distribuída à população.

E, para isso, somado aos constantes investimentos, está o rigoroso controle de qualidade exercido pela Companhia, que vai desde as análises realizadas no ponto de captação até o constante e frequente monitoramento da qualidade da água que chega aos imóveis dos clientes.

Essas análises têm estrita obediência aos padrões de vigilância sanitária e de potabilidade estabelecidos pela legislação vigente, conforme portaria GM/MS 888/2021 do Ministério da Saúde, e são monitoradas por uma rede laboratorial estruturada, que inclui os laboratórios locais, regionais e também pelo Laboratório Central – este localizado na cidade de Belo Horizonte.

A Copasa reforça que a vigilância e o rigoroso controle da qualidade da água configuram-se como um processo valoroso para a empresa, razão pela qual salienta que a água tratada e distribuída se encontra dentro dos padrões de potabilidade, não representando quaisquer riscos à saúde das populações atendidas.

A Companhia ressalta que o monitoramento é contínuo e eventuais resultados anormais nas análises de qualidade de água dão origem a novas coletas amostrais, com a verificação do histórico geral de qualidade do sistema envolvido e, se necessário, inspeção sanitária para identificar possíveis causas e providências imediatas para a eliminação dessas causas e correção de problemas pontuais constatados.

Transparência

Assim, prezando pela transparência de sua atuação, a Copasa disponibiliza aos órgãos competentes todas as informações de controle da qualidade água, conforme prevê a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG), no que diz respeito ao envio de informações de controle da qualidade da água pelos prestadores de serviço regulados pela Agência.

A Copasa também encaminha periodicamente os dados referentes ao relatório do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua) para a Vigilância Sanitária dos municípios – responsáveis pelo lançamento das informações no portal Sisagua, do Ministério da Saúde, e para as secretarias municipais de saúde, como também divulga as informações relativas à qualidade da água na fatura mensal de serviços e no Relatório Anual da Qualidade da Água, disponibilizado no site www.copasa.com.br.

A empresa segue à disposição de seus clientes e pronta para prestar todos os esclarecimentos que se fizerem necessários, inclusive sobre questões relacionadas à qualidade da água.Compartilhar no FacebookTweetarEnviar

FONTE BHAZ

Água contaminada por agrotóxicos chega a cidades mineiras; veja lista

A água que chega a Paulistas, no Vale do Rio Doce, e Ibertioga, na Zona da Mata mineira, registrou uma alta concentração de agrotóxicos perigosos, é o que revelam testes de qualidade feitos pelo Ministério da Saúde no Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano) e divulgados pelo Repórter Brasil.

Além das duas cidades, que registraram maior concentração de substâncias tóxicas, os municípios de Claro dos Poções, Alfredo Vasconcelos, Divinópolis, Ibiaí, Mário Campos, Paraisópolis, Pequi, Pintópolis, Rio Piracicaba, Rubim e Várzea da Palma colocam Minas Gerais no topo da lista de estados que mais registraram poluição da água.

O alerta de contaminação também é válido para outras 15 cidades brasileiras localizadas em Goiás, São Paulo, Mato Grosso e Tocantins.

O Sisagua fez, em 2022, mais de 306 mil testes em 2.445 cidades para identificar agrotóxicos na água. Os dados apontam que 55 testes em 28 municípios apontaram agrotóxicos acima dos valores máximos permitidos pelo Ministério da Saúde, o que representa 0,02% do total de amostras analisadas.

O agrotóxico que mais aparece acima do limite é o endrin, substância proibida no Brasil. Na sequência, o aldrin, que também não é permitido no país e é classificado como “provavelmente cancerígeno” pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

O Repórter Brasil ouviu o professor de toxicologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Fábio Kummrow, que explica que o consumo de água com alta concentração de substâncias como as que foram mencionadas acima pode aumentar consideravelmente a chance do desenvolvimento de doenças.

“O consumo frequente por longos períodos representa sérios riscos, em razão dos efeitos tóxicos crônicos pela exposição durante meses ou anos”, disse.

O que diz a Copasa?

Em nota enviada ao BHAZ, a Copasa, responsável pelo abastecimento de oito das cidades mencionadas no levantamento, informou que “tem como prioridade prezar pelo compromisso de oferecer os melhores serviços aos seus clientes, com o foco não só na quantidade e na regularidade, mas também na qualidade da água distribuída à população”.

A companhia disse que realiza análises frequentes de monitoramento da qualidade de água e garante que “a água tratada e distribuída se encontra dentro dos padrões de potabilidade, não representando quaisquer riscos à saúde das populações atendidas” (leia na íntegra abaixo).

As demais cidades contam com o abastecimento fornecido pela própria prefeitura e não fazem parte da rede da Copasa.

Nota da Copasa na íntegra

A Copasa informa que tem como prioridade prezar pelo compromisso de oferecer os melhores serviços aos seus clientes, com o foco não só na quantidade e na regularidade, mas também na qualidade da água distribuída à população.

E, para isso, somado aos constantes investimentos, está o rigoroso controle de qualidade exercido pela Companhia, que vai desde as análises realizadas no ponto de captação até o constante e frequente monitoramento da qualidade da água que chega aos imóveis dos clientes.

Essas análises têm estrita obediência aos padrões de vigilância sanitária e de potabilidade estabelecidos pela legislação vigente, conforme portaria GM/MS 888/2021 do Ministério da Saúde, e são monitoradas por uma rede laboratorial estruturada, que inclui os laboratórios locais, regionais e também pelo Laboratório Central – este localizado na cidade de Belo Horizonte.

A Copasa reforça que a vigilância e o rigoroso controle da qualidade da água configuram-se como um processo valoroso para a empresa, razão pela qual salienta que a água tratada e distribuída se encontra dentro dos padrões de potabilidade, não representando quaisquer riscos à saúde das populações atendidas.

A Companhia ressalta que o monitoramento é contínuo e eventuais resultados anormais nas análises de qualidade de água dão origem a novas coletas amostrais, com a verificação do histórico geral de qualidade do sistema envolvido e, se necessário, inspeção sanitária para identificar possíveis causas e providências imediatas para a eliminação dessas causas e correção de problemas pontuais constatados.

Transparência

Assim, prezando pela transparência de sua atuação, a Copasa disponibiliza aos órgãos competentes todas as informações de controle da qualidade água, conforme prevê a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG), no que diz respeito ao envio de informações de controle da qualidade da água pelos prestadores de serviço regulados pela Agência.

A Copasa também encaminha periodicamente os dados referentes ao relatório do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua) para a Vigilância Sanitária dos municípios – responsáveis pelo lançamento das informações no portal Sisagua, do Ministério da Saúde, e para as secretarias municipais de saúde, como também divulga as informações relativas à qualidade da água na fatura mensal de serviços e no Relatório Anual da Qualidade da Água, disponibilizado no site www.copasa.com.br.

A empresa segue à disposição de seus clientes e pronta para prestar todos os esclarecimentos que se fizerem necessários, inclusive sobre questões relacionadas à qualidade da água.Compartilhar no FacebookTweetarEnviar

FONTE BHAZ

Água contaminada: testes detectam agrotóxicos acima do limite em 28 cidades

O alerta máximo para contaminação da água acendeu em 28 municípios brasileiros em 2022. Em cidades de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Tocantins, testes de qualidade encontraram agrotóxicos na rede de abastecimento em níveis acima do limite considerado seguro pelo Ministério da Saúde.

Essa situação representa um risco à saúde, de acordo com especialistas, principalmente se a água contaminada for consumida de forma contínua.

As informações são resultado de um cruzamento de dados realizado pela Repórter Brasil a partir de informações publicadas pelo Ministério da Saúde no Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano).

O consumo de água com altas concentrações de agrotóxicos aumenta os riscos para doenças crônicas, como câncer e distúrbios hormonais, e para problemas no sistema nervoso, nos rins e no fígado, explica Fábio Kummrow, professor de toxicologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Ele afirma que o consumo esporádico dessa água configura baixo risco à saúde. Porém, “o consumo frequente por longos períodos representa sérios riscos, em razão dos efeitos tóxicos crônicos pela exposição durante meses ou anos”, acrescenta.

As empresas de abastecimento de água são responsáveis por realizar os testes e publicar os resultados no Sisagua. Cabe aos municípios, estados e ao próprio ministério fiscalizar os casos e cobrar das empresas medidas para impedir que as substâncias ultrapassem os limites fixados.

Baixe aqui a tabela completa com os nomes dos municípios e empresas responsáveis pelo abastecimento.

Agrotóxicos proibidos

De acordo com os dados do Sisagua, no ano passado foram realizados 306.521 testes consistentes em 2.445 cidades para identificar agrotóxicos na água. O número poderia ser maior, já que a maior parte dos testes realizados no país para essas substâncias apresentavam erros e foram classificados como inconsistentes pelo Ministério da Saúde.

Segundo o painel, 55 testes em 28 municípios apontaram agrotóxicos acima dos valores máximos permitidos, o que representa 0,02% de todos os exames válidos realizados. Os dados foram extraídos pela reportagem em 8 de agosto deste ano (os resultados podem ser atualizados diariamente por estados e municípios).

O agrotóxico com mais testes acima do limite foi o endrin, com dez registros em municípios de Goiás, Minas Gerais, Tocantins e São Paulo. A substância, cujo uso é proibido no Brasil, pode afetar o sistema nervoso, causando tremores e convulsões, segundo estudos realizados em animais.

Na sequência aparece o aldrin, também proibido no país. Esse agrotóxico é considerado um Poluente Orgânico Persistente, pois não se degrada facilmente e se acumula em tecidos dos organismos vivos.

Com relação à saúde, o aldrin é classificado como “provavelmente cancerígeno” pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, órgão da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Como seu uso é vetado no Brasil há mais de duas décadas, sua presença na água pode ser justificada por dois fatores: a entrada ilegal no país, por contrabando, ou pela presença persistente no meio ambiente. A pesquisadora Cassiana Montagner, do Instituto de Química da Unicamp, aposta na primeira
explicação.

“Não dá mais para falar que agrotóxicos proibidos há 20 anos ainda estão na água porque são persistentes. A gente sabe que há uma entrada clandestina”, afirma Montagner.

“Esses químicos ainda estão sendo usados nas lavouras brasileiras, mesmo com os riscos comprovados à saúde da população. Ao detectar essas substâncias, o poder público deveria aumentar a fiscalização para mitigar o uso”, diz ela.

Cidade mais afetada

De acordo com os dados publicados no Sisagua, a cidade com mais registros de água contaminada no ano passado foi Aruanã (GO). São 17 testes ao todo, incluindo para endrin e aldrin.

A 314 km de Goiânia e às margens do rio Araguaia, Aruanã fica em uma região destacada pela produção de soja, feijão, milho e arroz – culturas com elevado uso de agrotóxicos, segundo estudo da Universidade Federal de Mato Grosso.

O secretário de saúde de Aruanã, Leonel Cupertino, afirmou que não sabia da presença de agrotóxicos acima do limite na água do município e pediu esclarecimentos à Saneago, empresa de abastecimento da cidade.

Em nota, a companhia confirmou que os agrotóxicos foram identificados nos exames, porém, em concentrações dentro dos limites permitidos por lei e, portanto, sem riscos para a população.

A empresa alega que houve erro de digitação no preenchimento da planilha do Ministério da Saúde e que os dados divulgados na plataforma apresentam “equívocos”, pois estão acima dos resultados encontrados pela empresa. A Saneago informou que há “total garantia da segurança da água tratada distribuída no município”. Confira a nota completa.

Apesar da justificativa, a pesquisadora Cassiana Montagner, da Unicamp, afirma que qualquer nível de agrotóxico encontrado deveria ser motivo de atenção das autoridades, para evitar o consumo contínuo dessa água.

Imagem: Arte/UOL

Baixe aqui a tabela completa com os nomes dos agrotóxicos e as doenças relacionadas a eles.

Lobby

Outro agrotóxico detectado em concentração acima do que é considerado seguro para a saúde foi a atrazina, encontrada em municípios de Goiás, Mato Grosso e São Paulo.

Esse produto é proibido na União Europeia desde 2004 e está associado à ocorrência de distúrbios endócrinos. Contudo, nos Estados Unidos e no Brasil, a substância segue na lista dos cinco agrotóxicos mais vendidos anualmente.

Uma dos municípios onde a atrazina foi encontrada na água da população
em níveis perigosos foi Marcelândia (MT), que está em franca expansão
agrícola, sobretudo na produção de soja e milho.

O município foi procurado, mas não respondeu até a publicação da reportagem.

Apesar de a Europa reconhecer os riscos da atrazina, a substância tem forte lobby da indústria para não sair dos mercados brasileiro e norte-americano.

Reportagem publicada pela Repórter Brasil e Agência Pública, em 2021, mostra que a fabricante Syngenta passou décadas questionando e perseguindo cientistas para manter a comercialização da atrazina. Procurada pela reportagem na época, a Syngenta Brasil não quis comentar os documentos divulgados.

Apesar de a atrazina aparecer com frequência em análises de água e de haver evidências que a associam ao desenvolvimento de disfunções hormonais, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que a substância não está na lista de prioridades para reavaliação sobre o uso no país. Segundo o órgão, o produto foi proibido na Europa por risco ambiental, e não de saúde. A Anvisa ressaltou que análises ambientais não são da competência da agência.

Falta de transparência

Desde 2018, os testes realizados por empresas ou órgãos de abastecimento em amostras de água fornecida para a população são publicados no Sisagua. Isso só aconteceu após a Repórter Brasil revelar que 25% das cidades brasileiras tinham um coquetel com 27 agrotóxicos na rede de água entre 2014 e 2017.

A quantidade de substâncias testadas, frequência e limite máximo são definidos pelo Ministério da Saúde, que leva em consideração o risco que oferecem à saúde e a maior probabilidade de estarem na água.

No ano passado, a Repórter Brasil lançou o Mapa da água, plataforma interativa em que é possível verificar a qualidade da água de cada município entre 2018 e 2020, além de trazer explicações sobre as substâncias encontradas na água.

Após o lançamento, o Ministério publicou sua própria plataforma para trazer os dados sobre a qualidade da água. As informações estão disponíveis em sete painéis informativos do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua). Neles, é possível encontrar gráficos, mapas e tabelas com informações sobre as substâncias testadas.

Apesar de estarem disponíveis, as informações não são acessíveis ao público não especializado, pois siglas e códigos dificultam o entendimento. “O governo disponibilizou a informação, mas continua difícil de usar. Além disso, há publicidade zero, as pessoas nem sabem que esses painéis existem”, critica Kummrow, da Unifesp.

Embora trabalhe com o tema há anos, ele só tomou conhecimento da plataforma do governo após contato da reportagem.

Mesmo com críticas, Kummrow avalia que a publicação dos painéis pelo Ministério da Saúde representa um avanço. “De alguma forma os dados se tornaram públicos, sofreram uma validação e representam uma realidade”.

Marina Gama Cubas é responsável pela análise de dados.

Errata: o conteúdo foi alterado

Diferentemente do informado no gráfico que acompanha esta reportagem, a cidade de Mococa fica em São Paulo, e não em Minas Gerais. Já Ibertioga fica em Minas Gerais, e não em São Paulo. O gráfico foi corrigido.

FONTE NOTÍCIAS UOL

Água contaminada: testes detectam agrotóxicos acima do limite em 28 cidades

O alerta máximo para contaminação da água acendeu em 28 municípios brasileiros em 2022. Em cidades de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Tocantins, testes de qualidade encontraram agrotóxicos na rede de abastecimento em níveis acima do limite considerado seguro pelo Ministério da Saúde.

Essa situação representa um risco à saúde, de acordo com especialistas, principalmente se a água contaminada for consumida de forma contínua.

As informações são resultado de um cruzamento de dados realizado pela Repórter Brasil a partir de informações publicadas pelo Ministério da Saúde no Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano).

O consumo de água com altas concentrações de agrotóxicos aumenta os riscos para doenças crônicas, como câncer e distúrbios hormonais, e para problemas no sistema nervoso, nos rins e no fígado, explica Fábio Kummrow, professor de toxicologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Ele afirma que o consumo esporádico dessa água configura baixo risco à saúde. Porém, “o consumo frequente por longos períodos representa sérios riscos, em razão dos efeitos tóxicos crônicos pela exposição durante meses ou anos”, acrescenta.

As empresas de abastecimento de água são responsáveis por realizar os testes e publicar os resultados no Sisagua. Cabe aos municípios, estados e ao próprio ministério fiscalizar os casos e cobrar das empresas medidas para impedir que as substâncias ultrapassem os limites fixados.

Baixe aqui a tabela completa com os nomes dos municípios e empresas responsáveis pelo abastecimento.

Agrotóxicos proibidos

De acordo com os dados do Sisagua, no ano passado foram realizados 306.521 testes consistentes em 2.445 cidades para identificar agrotóxicos na água. O número poderia ser maior, já que a maior parte dos testes realizados no país para essas substâncias apresentavam erros e foram classificados como inconsistentes pelo Ministério da Saúde.

Segundo o painel, 55 testes em 28 municípios apontaram agrotóxicos acima dos valores máximos permitidos, o que representa 0,02% de todos os exames válidos realizados. Os dados foram extraídos pela reportagem em 8 de agosto deste ano (os resultados podem ser atualizados diariamente por estados e municípios).

O agrotóxico com mais testes acima do limite foi o endrin, com dez registros em municípios de Goiás, Minas Gerais, Tocantins e São Paulo. A substância, cujo uso é proibido no Brasil, pode afetar o sistema nervoso, causando tremores e convulsões, segundo estudos realizados em animais.

Na sequência aparece o aldrin, também proibido no país. Esse agrotóxico é considerado um Poluente Orgânico Persistente, pois não se degrada facilmente e se acumula em tecidos dos organismos vivos.

Com relação à saúde, o aldrin é classificado como “provavelmente cancerígeno” pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, órgão da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Como seu uso é vetado no Brasil há mais de duas décadas, sua presença na água pode ser justificada por dois fatores: a entrada ilegal no país, por contrabando, ou pela presença persistente no meio ambiente. A pesquisadora Cassiana Montagner, do Instituto de Química da Unicamp, aposta na primeira
explicação.

“Não dá mais para falar que agrotóxicos proibidos há 20 anos ainda estão na água porque são persistentes. A gente sabe que há uma entrada clandestina”, afirma Montagner.

“Esses químicos ainda estão sendo usados nas lavouras brasileiras, mesmo com os riscos comprovados à saúde da população. Ao detectar essas substâncias, o poder público deveria aumentar a fiscalização para mitigar o uso”, diz ela.

Cidade mais afetada

De acordo com os dados publicados no Sisagua, a cidade com mais registros de água contaminada no ano passado foi Aruanã (GO). São 17 testes ao todo, incluindo para endrin e aldrin.

A 314 km de Goiânia e às margens do rio Araguaia, Aruanã fica em uma região destacada pela produção de soja, feijão, milho e arroz – culturas com elevado uso de agrotóxicos, segundo estudo da Universidade Federal de Mato Grosso.

O secretário de saúde de Aruanã, Leonel Cupertino, afirmou que não sabia da presença de agrotóxicos acima do limite na água do município e pediu esclarecimentos à Saneago, empresa de abastecimento da cidade.

Em nota, a companhia confirmou que os agrotóxicos foram identificados nos exames, porém, em concentrações dentro dos limites permitidos por lei e, portanto, sem riscos para a população.

A empresa alega que houve erro de digitação no preenchimento da planilha do Ministério da Saúde e que os dados divulgados na plataforma apresentam “equívocos”, pois estão acima dos resultados encontrados pela empresa. A Saneago informou que há “total garantia da segurança da água tratada distribuída no município”. Confira a nota completa.

Apesar da justificativa, a pesquisadora Cassiana Montagner, da Unicamp, afirma que qualquer nível de agrotóxico encontrado deveria ser motivo de atenção das autoridades, para evitar o consumo contínuo dessa água.

Imagem: Arte/UOL

Baixe aqui a tabela completa com os nomes dos agrotóxicos e as doenças relacionadas a eles.

Lobby

Outro agrotóxico detectado em concentração acima do que é considerado seguro para a saúde foi a atrazina, encontrada em municípios de Goiás, Mato Grosso e São Paulo.

Esse produto é proibido na União Europeia desde 2004 e está associado à ocorrência de distúrbios endócrinos. Contudo, nos Estados Unidos e no Brasil, a substância segue na lista dos cinco agrotóxicos mais vendidos anualmente.

Uma dos municípios onde a atrazina foi encontrada na água da população
em níveis perigosos foi Marcelândia (MT), que está em franca expansão
agrícola, sobretudo na produção de soja e milho.

O município foi procurado, mas não respondeu até a publicação da reportagem.

Apesar de a Europa reconhecer os riscos da atrazina, a substância tem forte lobby da indústria para não sair dos mercados brasileiro e norte-americano.

Reportagem publicada pela Repórter Brasil e Agência Pública, em 2021, mostra que a fabricante Syngenta passou décadas questionando e perseguindo cientistas para manter a comercialização da atrazina. Procurada pela reportagem na época, a Syngenta Brasil não quis comentar os documentos divulgados.

Apesar de a atrazina aparecer com frequência em análises de água e de haver evidências que a associam ao desenvolvimento de disfunções hormonais, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que a substância não está na lista de prioridades para reavaliação sobre o uso no país. Segundo o órgão, o produto foi proibido na Europa por risco ambiental, e não de saúde. A Anvisa ressaltou que análises ambientais não são da competência da agência.

Falta de transparência

Desde 2018, os testes realizados por empresas ou órgãos de abastecimento em amostras de água fornecida para a população são publicados no Sisagua. Isso só aconteceu após a Repórter Brasil revelar que 25% das cidades brasileiras tinham um coquetel com 27 agrotóxicos na rede de água entre 2014 e 2017.

A quantidade de substâncias testadas, frequência e limite máximo são definidos pelo Ministério da Saúde, que leva em consideração o risco que oferecem à saúde e a maior probabilidade de estarem na água.

No ano passado, a Repórter Brasil lançou o Mapa da água, plataforma interativa em que é possível verificar a qualidade da água de cada município entre 2018 e 2020, além de trazer explicações sobre as substâncias encontradas na água.

Após o lançamento, o Ministério publicou sua própria plataforma para trazer os dados sobre a qualidade da água. As informações estão disponíveis em sete painéis informativos do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua). Neles, é possível encontrar gráficos, mapas e tabelas com informações sobre as substâncias testadas.

Apesar de estarem disponíveis, as informações não são acessíveis ao público não especializado, pois siglas e códigos dificultam o entendimento. “O governo disponibilizou a informação, mas continua difícil de usar. Além disso, há publicidade zero, as pessoas nem sabem que esses painéis existem”, critica Kummrow, da Unifesp.

Embora trabalhe com o tema há anos, ele só tomou conhecimento da plataforma do governo após contato da reportagem.

Mesmo com críticas, Kummrow avalia que a publicação dos painéis pelo Ministério da Saúde representa um avanço. “De alguma forma os dados se tornaram públicos, sofreram uma validação e representam uma realidade”.

Marina Gama Cubas é responsável pela análise de dados.

Errata: o conteúdo foi alterado

Diferentemente do informado no gráfico que acompanha esta reportagem, a cidade de Mococa fica em São Paulo, e não em Minas Gerais. Já Ibertioga fica em Minas Gerais, e não em São Paulo. O gráfico foi corrigido.

FONTE NOTÍCIAS UOL

Sem água, cidade da região suspende aulas e serviços não essenciais

A Prefeitura de Barbacena, na Zona da Mata, informou nesta segunda-feira (15/5) que os serviços municipais de atendimento não prioritários e as aulas foram canceladas em escolas da cidade, devido ao desabastecimento de água que ocorre desde a quinta-feira (11/5). Após um caminhão-tanque explodir e o óleo diesel atingir o leito do Rio das Mortes, o município de Barbacena está em situação de emergência. 

De acordo com a prefeitura, a suspensão continuará até que os serviços de emergência sejam finalizados. Ficam suspensos o atendimento ao público na Prefeitura e no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Nova Cidade e também as atividades nas seguintes escolas municipais: 

E. M. José Felipe Sad;
E. M. Inês Piacesi;
E. M. Lia Salgado;
E. M. Professora Yayá Moreira;
E. M. Padre Sinfrônio de Castro;
E. M. Sebastião Francisco do Vale;
E. M. Lions.

Por enquanto, não há previsão para a retomada do abastecimento de água na cidade, pois a situação será trabalhada até que a captação seja feita com segurança, para que a água chegue às residências com qualidade.  A administração municipal informou que manterá os serviços de saúde, coleta e limpeza urbana.

O acidente

Na manhã de quinta-feira (11/5), um caminhão-tanque, carregado com 44 mil litros de óleo diesel, tombou e explodiu na altura do km 711 da BR-040, em Barbacena. O motorista foi socorrido pela concessionária da rodovia. O estado de saúde dele não foi divulgado. Com o tombamento, o óleo se espalhou pela pista e atingiu o afluente do Rio das Mortes, que abastece a cidade.

Uma Liminar obrigada a empresa, dona do caminhão, a custear as análises da água.

Após rompimento de adutora que afetou abastecimento de mais de 2 mil moradores, CSN fornece água e caminhões pipa

Em comunicado enviado a nossa redação, a Assessoria de Imprensa informou que a “CSN fornecerá água mineral e caminhões-pipas para os moradores, até que o abastecimento seja totalmente normalizado. Por fim, a empresa ressalta que mantem diálogo com a população, buscando mitigar o ocorrido”. A nota diz que mineradora e a Copasa já estiveram no local e restauraram a adutora que rachou na tarde de ontem (3/3), no bairro Pires. “A CSN investigará o que causou o dano e já está realizando a limpeza do local”.

O caso

Ontem a tarde (3), por volta das 15:00 horas, moradores foram surpreendidos com água que abastece as suas casas tomadas por barro e imprópria para o consumo humano.  A contaminação do produto foi proveniente de um rompimento de uma adutora que afetou rede de abastecimento carreando minério para a mina “boi na brasa” que abastece o bairro. A água que chega até este momento ainda é barrenta e as caixas d’água das residências estão suas com resquício de minério.

A prefeitura

A Prefeitura Municipal de Congonhas, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural e Secretaria de Segurança Pública, Defesa Civil e Social, informou agora há pouco no Bairro Pires para verificar a situação da água juntamente com a fiscalização municipal. Segundo os representantes, após análise inloco, constataram-se que as operações da empresa CSN Mineração ocasionaram dano na adutora de água. A COPASA e a empresa tomaram as ações cabíveis para solucionar o problema. A fiscalização municipal tomará as devidas providências em relação ao fato ocorrido.

Problema crônico

O problema de abastecimento e contaminação das minas e nascentes é recorrente no Pires. O problema de falta de água e ou de mananciais contaminados vêm de mais de uma década e já foram alvo de inúmeras audiências locais e na Assembleia de Minas e até mesmo ações judiciais. Em 2010, cerca de 140 pessoas em um mutirão de limpeza da represa do bairro Pires, município de Congonhas. Os moradores ficaram sem água potável por diversas ocasiões devido a deslizamentos de terras na nascente de água que abastece a região. O problema teve início com a construção de uma estrada que ligará a Mina do Engenho à BR 040. A obra é da empresa Namisa (mineradora de ferro) e tem o objetivo de facilitar o acesso à área de mineração.

Em 2014, o abastecimento de água no bairro foi comprometido desde que uma nascente foi assoreada devido a obras de uma mineradora. Por quase dois anos, os moradores receberam água de caminhões-pipa e galões de água mineral pagos pela mineradora que provocou o dano, graças a uma determinação do Ministério Público. Mas o abastecimento alternativo acabou e é preciso contar com a sorte para ter água cristalina saindo nas torneiras, o que nem sempre ocorre.

Em 2019, a comunidade do Pires que chegou a ficar sem água após uma forte chuva que causou um extravasamento na barragem Josino, da mineradora Ferro +. O extravasamento é quando a água escoa por um dispositivo chamado “extravasor”, na barragem. Parte dos sedimentos de minério que estavam na barragem atingiu um canal que passa ao lado da BR-040, e a lama cobriu a estrada em um trecho.

Uma nascente, que era usada para o abastecimento de cerca de 2 mil pessoas, foi fechada. De acordo com a mineradora, esta nascente é a céu aberto e é frequentemente prejudicada pelas chuvas na região e seu fechamento não tem relação com o extravasamento da barragem. 

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