25 de abril de 2024 03:27

Garimpando – Parabéns pelo dia do índio

                                              Avelina Maria Noronha de Almeida

                                               avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

Quanto ao valente Tibiriçá, pela genealogia já descobri um grande número de

descendentes dele em várias famílias antigas de Queluz,  não só estabelecidas

em Conselheiro Lafaiete como, também, em várias cidades

 vizinhas que foram distritos de nossa cidade.

            Dia 19 é o Dia do Índio. Parabéns para mim e para muitos moradores desta nossa cidade! Mas parabéns por quê?

            Quanto a mim, porque minha bisavó Francisca era descendente próxima de uma índia puri, como dizem, “pega a laço”, filha ou neta, ainda não descobri o certo. Além disso, o cacique Tibiriçá, índio tupiniquim, chefe de uma parte da nação indígena estabelecida nos campos de Piratininga, primeiro índio colonizado e batizado por Anchieta e que, colaborando com os jesuítas Anchieta, Manoel da Nóbrega e Manoel de Paiva teve participação decisiva na fundação de São Paulo, também repelindo bravamente, em 1562, o ataque à vila de São Paulo pelos tupis, guaianás e carijós, é um dos meus décimo-quintos avós. Quando foi batizado, recebeu o nome de Martim Afonso Tibiriçá em homenagem ao fundador de São Vicente do qual foi grande colaborador.

            Que eu saiba, não sou descendente de índio carijó.

Quanto aos muitos moradores de nossa cidade, não sei exatamente quantos e quais serão descendentes do cacique Tibiriçá, mas devem ser muito numerosos.  Já achei um bom número no estudo que estou fazendo das genealogias das famílias antigas de Queluz.

            Voltando à ascendência puri, é muito numerosa a descendência dos filhos de vóvo Chiquinha e Vovô João dos Santos que permaneceram e criaram família aqui em Conselheiro Lafaiete: Avelina Maria dos Santos Zebral, primeira esposa de Mário Augusto Zebral; Elir José dos Santos, casado com Sebastiana Vieira dos Santos e Maria José de Sena, casada com Cristóvão Martins de Sena (três filhas, Ascendina, Zulmira e Joana foram residir em outras cidades e tio Eurico não se casou).

Já detectei aqui em nossa cidade várias famílias não ligadas a mim que têm sangue puri, fato já descoberto por estudos ou tradição de família, mas, observando na rua pessoas que passam, quantas vezes vi traços inconfundíveis da raça: olhos oblíquos, pálpebras um pouco empapuçadas, pele com bela e forte cor de cobre e cabelos negros, lisos e abundantes, pés muito largos na parte da frente e sem curvatura na sola e tantos outros sinais. Nem todos aparecem numa só pessoa. No meu caso, a característica comprovadora está nos pés e nas pálpebras.

            Quanto ao valente Tibiriçá, pela genealogia já descobri um grande número de descendentes dele em famílias antigas de Queluz, não só estabelecidas em Conselheiro Lafaiete como, também, em várias cidades vizinhas que foram distritos de nossa cidade.

            Não podemos nos esquecer, também, que os primeiros habitantes deste nosso amado solo foram os belos e mansos carijós que aqui chegaram em busca do seu Campo Alegre, a “Terra Sem Males”.

            Assim, nossa homenagem aos nossos índios!

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