Mas como teria passado, depois de sua morte e da baronesa, para
as mãos dos Furtado de Mendonça?
Dei uma volta no Bairro de Santa Matilde e fiquei pensando: é uma verdadeira cidade! Um bairro muito importante. E sua história deve ser conhecida, porque também é muito interessante.
De Dom João III, que governou Portugal de 1521 a 1557, Jerônimo da Motta recebeu, por decreto, o brasão de armas da família Mota.” Informação do mesmo jornal citado acima. O Barão de Suassuí pertence à família Mota, portanto este brasão é também da família dele.
Já vimos a quem pertenceram os terrenos onde se ergueu o bairro Santa Matilde: uma pessoa muito importante, o Barão de Suassuí, que recebeu os títulos de Comendador da Imperial Ordem de Cristo, Cavaleiro da Imperial Ordem de Cruzeiro e da Imperial Ordem da Rosa, os quais conquistou pelo valor demonstrado em sua vida. Como vimos, era sobrinho-neto do Inconfidente João Dias da Mota e teve esse terreno, onde o inconfidente teve sua estalagem, por herança de sua família Mota.
Mas como teria passado, depois de sua morte e da baronesa, para as mãos dos Furtado de Mendonça? O que aconteceu foi o seguinte:
O Barão de Suassuí casou-se com Antônia Jesuína de Mello, filha do Alferes José Tavares de Mello e Joana Marcelina de Magalhaens. E aí começa outra história que traz dois sobrenomes importantes para a Santa Matilde: Tavares de Melo e Furtado de Mendonça, por intermédio da baronesa porque, com o falecimento do Barão e da Baronesa, que não tiveram filhos, a herança ficou para os parentes dela.
Vamos começar com José Tavares de Mello, filho de Manoel Affonso Correia e Guiomar Cabral de Mello, batizado na freguesia de Bom Jesus do Rabo do Peixe, Ilha de São Miguel, bispado de Angra, e falecido na fazenda da ‘Pedra dos Cataguases’, em Santo Amaro, a 17/11/1791, onde era morador. Casou-se, em primeiras núpcias, em Portugal, com Maria da Conceição.
De trabalho de Allex Assis Milagre recolhi informações. Ele se casou, em segundas núpcias, no Brasil, com Antônia Tavares Diniz, falecida em abril de 1809. Entre seus filhos está José Tavares de Mello (o filho), alferes da Guarda Nacional, nascido na ‘Fazenda da Pedra”, freguesia de Queluz que, em primeiras núpcias, casou-se com Thereza Josefa de Jesus e, em segundas núpcias, com Joanna Marcelina de Magalhaens, filha de Francisco de Vaz Dias e de Anna Joaquina Magalhaens.
(Continua)
Avelina Maria Noronha de Almeida