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Primeira sessão: vereadores ensaiam harmonia, criticam Ivar, pregam participação popular e novo prefeito ganha apoio maciço

Movimentos sociais lotaram a 1ª sessão do legislativo em 2017/CORREIO DE MINAS
Movimentos sociais lotaram a 1ª sessão do legislativo em 2017/CORREIO DE MINAS

A primeira sessão de abertura da legislatura não poderia ser diferente com adjetivos fartos e predicados absolutos, idênticas a tantas outras anteriores.

Com um plenário tomado por integrantes de movimentos populares, novos assessores e familiares a reunião foi festiva mas também afirmação principalmente aos neo vereadores.

União, participação e vontade de trabalhar pelo bem comum foram o que se ouviu nos inúmeros discursos.  A maioria elogiou a participação popular na primeira reunião. Por outro lado, o novo gestor entra com o apoio maciço dos representantes municipais.

Figuras marcantes nas sessões; Sr. Nozinho e sr. João Geraldo, este considerado o 14º vereador/CORREIO DE MINAS
Figuras marcantes nas sessões; Sr. Nozinho e sr. João Geraldo, este considerado o 14º vereador/CORREIO DE MINAS

Ainda não oficializado como líder do prefeito Mário Marcus (DEM), o vereador João Paulo Pé Quente (DEM) fez críticas diretas a gestão do prefeito Ivar e situação precária encontrada em diversos setores, em especial na sede da prefeitura. “Está dando dó do novo prefeito. São problemas para todos os lados. A secretaria de fazenda não tem sistema e a garagem está sucateada. O prefeito até colocou a usina de asfalto em funcionamento. A realidade é dura. Mas vamos dar o melhor de cada um para vencer os desafios”.

Já Fernando Bandeira (PTB) pediu que as divergências não superassem o clima de cordialidade entre os pares.

Puxão de orelhas

Geraldo Lafayette (PP) disse que a participação popular é responsável pelo desenvolvimento dos trabalhos dos vereadores. “Estarei aqui todos os dias. Fui eleito pela cultura mas meu mandato é da população. Gostaria muito, como sempre presenciei aqui, que quando um vereador estiver fazendo uso da palavra os outros escutassem”, assinalou.

Usando uma camisa com a frase “Verás que teu filho não foge a luta”, a mais votada, Carla Sassi (PTB), pediu um voto de confiança ao trabalho que os vereadores iniciam. “Estamos em um novo tempo e queremos a credibilidade. Cobrem mas encham esta Casa”, disse.

Os dois petistas, Chico Paulo e Pedrinho, escolheram lugar lado a lado/CORREIO DE MINAS
Os dois petistas, Chico Paulo e Pedrinho, escolheram lugar lado a lado/CORREIO DE MINAS

Alan Teixeira, já oficializado líder do PHS, disse que seu mandato nasce da indignação popular contra os políticos corruptos e em favor da dignidade humana. “Vamos cobrar da prefeitura”, pontuou.

Mandato nas ruas

Nova mesa diretora tem pela primeira vez uma mulher/CORREIO DE MINAS
Nova mesa diretora tem pela primeira vez uma mulher/CORREIO DE MINAS

Um dos mais aplaudidos em sua fala, Chico Paulo (PT), fez um discurso inflamado em favor dos movimentos populares e os bairros que ainda convivem com a falta de água, luz e esgoto. Cobrou uma solução para diversas regiões onde não existem serviços básicos. “Não vou ser vereador de gabinete, mas estarei nas ruas. Peço que não sejamos oposição um a outro”, disse. “O prefeito está bem intencionado. O que for bom para o povo, vamos estar juntos”, frisou mostrando um mandato independente, mas  em princípio em apoio a futura gestão. “Nunca foi contra prefeito nenhum e não serei agora. Precisamos de uma política diferente”, assinalou Divino Pereira (PSL).

Oito novos vereadores entraram no mandato com desafios/CORREIO DE MINAS
Oito novos vereadores entraram no mandato com desafios/CORREIO DE MINAS
Os veteranos escolheram um local mais próximos/CORREIO DE MINAS
Os veteranos escolheram um local mais próximos/CORREIO DE MINAS

Pedro Américo (PT) defendeu os interesses coletivos como princípios nas votações dos projetos. Carlos Nem (SO) fez um discurso de afirmação da participação popular como soberana na Câmara. “Infelizmente o ex prefeito deixou só pedaços”, criticou. Darcy da Barreira (SO) pediu mudanças e lembrou que “a cidade está apagada”.

O último a discursar foi o presidente Sandro José (PSDB). “Nossa vontade é de valer a vontade da população”, afirmou.

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