A requalificação por que passou o Parque Ecológico da Cachoeira o deixou mais confortável, seguro e ainda mais bonito para o período de calor que se aproxima. Mesmo no inverno, diversos congonhenses e turistas procuraram o balneário para passar momentos de lazer, fazendo um churrasco, tocar ou ouvir uma boa música, praticar esporte ou simplesmente interagir com a natureza.
Durante o período de obras, foram recuperadas as piscinas natural e olímpica como as áreas ao redor delas. O restaurante foi reformado e recebeu coifa exaustora, dutos de gás de cozinha, pias, tela mosqueteira, bancadas, calha no telhado e revisão da parte elétrica. O refeitório, vestiários, banheiros, a recepção e as áreas das churrasqueiras também foram reformados e a iluminação, reforçada.
Um projeto de requalificação paisagística, elaborado pela paisagista Elizabeth Cordeiro e o urbanista Douglas Montes, da Prefeitura, está em execução. “O Parque Ecológico tem uma proposta cultural, artística e esportiva. Pensando nisso, o projeto paisagístico atende a esse desejo de interação com a natureza. Buscamos preservar a vegetação nativa, introduzindo várias espécies tropicais de maneira que as estações do ano se expressem visualmente e sejam sentidas pelos visitantes. Esta é mais uma medida que reforça o conceito de parque ecológico e dá a toda a área do balneário um aspecto mais agradável”, explica.
Está nos planos do parque a implantação de um viveiro de mudas de árvores nativas para serem utilizadas na arborização urbana e em Áreas de Preservação Permanentes (APPs). Outra ideia é a criação de trilhas ecológicas para que as pessoas tenham uma interação sensitiva com aquele belo espaço de lazer.
Sinalização
O balneário ganhou ainda um projeto de sinalização turística interna. Foram instaladas placas de identificação da entrada e bilheteria, profundidade das piscinas, lixeiras; de proibição de vasilhames, armas de fogo e branca, som alto, trânsito de veículos, bicicletas, animais de estimação, acender fogueiras, braseiros e fogos de artifício; outra com um mapa e localização dos atrativos do parque; e ainda um painel com os pontos turísticos da cidade. “O objetivo da sinalização é orientar e instruir os visitantes sobre como melhor usufruir do balneário e de Congonhas”, esclarece o diretor de Planejamento Estratégico da Prefeitura, José Carlos Gomes (Tarol).
Além disso, a Prefeitura e a Ferro+ assinaram um Termo de Compromisso (TC) que definiu compensações como a instalação das seis estações de tratamento de esgoto: os três banheiros, a área administrativa, o restaurante e a lanchonete. O sistema é formado por três tanques que fazem o tratamento dos resíduos orgânicos, descartando apenas água limpa no rio Santo Antônio. Com esta medida, o balneário passou a obedecer às normas da vigilância sanitária e ambiental, reforçando a concepção de parque ecológico.
Secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável, pasta que era a responsável por formular e executar as políticas públicas de Meio Ambiente durante a instalação destas estações, Christian Souza Costa afirma que “a região do Parque da Cachoeira é muito importante para a nossa cidade do ponto de vista ambiental. E o parque é uma peça fundamenta nesta estrutura que possuímos e que faz a divisão entre as mineradoras e o polo urbano. Temos nele ações importantes, como esta do tratamento do esgoto, antes que este seja lançado ao rio”.
Mas o trabalho de quem atua diariamente no parque garante também o bom estado de conservação do balneário e a satisfação dos usuários. Um destes servidores é José Afonso Niquini. Ele e seus companheiros limpam todas as dependências todos os dias. “Às segundas-feiras, as piscinas são lavadas e dedetizadas. Há ainda uma equipe formada por seguranças e vigias que protegem o parque e seus usuários o tempo todo. Deixamos tudo no jeito, quem vem fazer churrasco aqui, por exemplo, só precisa traze a grelha”, orienta.
“O Parque da Cachoeira tem melhorado gradativamente. Temos recebido muitos elogios de quem vem aqui. Houve também uma mudança para melhor no comportamento dos visitantes, que assim aproveitam mais toda esta estrutura”, comenta a chefe de departamento do parque, Cleire Ribeiro Silva Freitas.
Parque Natural
Paralelamente, foi desenvolvida outra ação do Governo Municipal, por meio da Diretoria de Meio Ambiente, que agora se transformou em Secretaria: a criação do plano de manejo da Unidade de Conservação Parque da Cachoeira de Santo Antônio, que possui 79 hectares. Esta área fica à direita de quem entra no balneário. “São ações como está que estão modificando gradativamente a realidade do Parque da Cachoeira. Hoje Congonhas tem um dos Parques Públicos mais bem cuidados do Brasil graças à união de esforços de vários setores do Governo Municipal”, afirma Sérgio Rodrigo Reis, presidente da Fumcult, responsável pela gestão do Parque.
Serviço
O Parque Ecológico da Cachoeira funciona de terça-feira a domingo, de 8h às 18h. Valor dos ingressos: R$ 8,00 de terça a sexta-feira, R$ 10,00 aos sábados e R$ 20,00 aos domingos e feriados. Servidores da Prefeitura e estudantes pagam meia-entrada. Pessoas abaixo de 12 anos de idade, acima de 60 anos e deficientes têm o direito à entrada gratuita.