A Prefeitura de Congonhas, através da Secretaria de Meio Ambiente, reagiu em nota, sobre o laudo divulgado nesta sexta feira, dia 6, pela imprensa estadual em que alertava sobre a possibilidade de risco de rompimento da barragem Casa Pedra da CSN mineração.
As reportagens partiram da perícia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que apontou falhas no monitoramento da barragem adotadas pelo auditor da mineradora, para realizar a análise de estabilidade, não parecem muito representativos da situação real, atribuindo ao terreno mais resistência do que ele realmente tem. Mostra ainda que o auditor optou por transcrever um projeto antigo, de junho de 2011.
O laudo do Ministério Público também cita que o plano de ações emergenciais não foi cumprido e que os moradores próximos ao empreendimento não foram treinados, como faltam clareza no estabelecimento de rotas de fuga, pontos de encontro, sinalização e sistema de alerta.
O Capitão da 2ª Cia dos Bombeiros de Lafaiete, Ronaldo Nazaré, relatou aos vereadores no mês passado, na Câmara Municipal, da resistência da empresa em realizar treinamentos externos com os moradores em caso de evacuação dos locais de risco.
Aí vem a divergências de estudos e laudos. Há 15 dias o engenheiro de Minas do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Wágner Nascimento, afirmou, ao presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Glaycon Franco (PV), que a barragem da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Congonhas, não oferece riscos à população da cidade. A informação foi dada em visita realizada ao local na tarde do dia 18. A comissão esteve no local motivada por denúncias apresentadas por moradores de que a barragem Casa de Pedra estaria apresentando infiltrações em sua base, o que poderia levar riscos a bairros localizados a menos de 1 km do dique de contenção.
Entre as informações diversas, a prefeitura divulgou nota que estará convocando uma reunião, nos os próximos dias com os representante de órgãos que vistoriaram a Barragem Casa de Pedra, como DNPM, FEAM, Corpo de Bombeiros, Ministério Público e a ALMG, além da empresa responsável, para “confrontar as informações destoadas que estão sendo divulgadas pela mídia e que podem provocar pânico nas pessoas”.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Neylor Aarão, “quanto a estabilidade da barragem e a segurança das pessoas, não pode haver dúvidas. Queremos confrontar as informações destes órgãos, para que possamos ter tranquilidade quanto ao que é verdade e o que não é. Cada um vem na cidade, faz um levantamento e vai embora. Nós ficamos aqui sem saber o que está acontecendo, se estamos seguros ou não. E muitas vezes parece que alguns órgãos se preocupam mais em procurar os veículos de comunicação para uma exposição na mídia, do que com a segurança das pessoas, porque nós que estamos mais próximos somos os últimos a ficarmos sabendo das informações. O que queremos nada mais é do que conhecer a verdade em relação à segurança”, finaliza Neylor.