Um levantamento detalhado feito pela Federação das Associações de Bairros (Famocol) apontou supostas incorreções de parte da folha salarial da secretaria municipal de saúde em 2017. A auditoria no pagamento de pessoal foi realizada através do Portal Transparência da Prefeitura através de cruzamentos de informações e pôs em dúvida pagamentos mensais, 13º salário, plantões na policlínica e no CAPS, adicionais, auxilio-alimentação pagos a enfermeiros e médicos enfermeiras e médicos.
Segundo informações levantadas por nossa reportagem, para citar um dos exemplos apurados, um profissional médico investigado mantinha dois contratos trabalhando tanto no centro regional de saúde, cumprindo uma jornada de 7:00 às 12: 00 horas e simultaneamente trabalhava no plantão da policlínica de 7:00 às 19:00 horas, atestando uma jornada de trabalho incompatível com o exercício legal dos cargos.
A auditoria aponta super salários médicos que chegavam a até R$68 mil/mês para uma carga horária extremamente fora dos limites humanos de mais de 300 hora mensais.
As denúncias foram encaminhadas ao Conselho Municipal de Saúde para a apuração, mas deixaram assustados os conselheiros pelo teor contundente das informações levantadas pela Famocol.
A prefeitura e a secretaria municipal de saúde serão notificadas e terão um prazo de 15 dias para enviar os esclarecimentos necessários sobre as supostas incorreções.
Por outro lado, após as respostas do Executivo, as denúncias devem ser encaminhadas a Câmara quando os vereadores podem abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).