Um crime bárbaro deixou inconformada e abatida a família da jovem Amanda Cristina Oliveira da Silva, de apenas 18 anos. Ela morava em uma casa humilde no Bairro São João, em Lafaiete.
O corpo dela foi encontrado na última quinta feira, dia 12, quando um ciclista ligou para a PM estranhando o sobrevoou de urubus e aves de rapina em um ponto da vegetação na Serra do Ouro Branco. Ao aproximar-se ele encontrou um corpo parcialmente enterrado em adiantado estado de decomposição.
Os militares estiveram no local e confirmaram a localização do corpo enterrado em cova rasa, com os pés e a cabeça de fora. Ele apresentava sinais de enforcamento e uma perfuração na testa.
O corpo de Amanda foi levado ao IML onde permaneceu até no dia seguinte quando a família procurou pelo paradeiro da jovem desaparecida há mais de 10 dias. Ela foi reconhecida e identificada por familiares através das tatuagens no corpo. Amanda foi enterrada no sábado, dia 14, no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, em meio a comoção e revolta pelo crime praticado com requintes de crueldade.
A versão da família
A família de Amanda relatou que ela fazia uso de drogas e bebidas e era comum se ausentar de casa por alguns dias. “Ela saía de casa e voltada 2 ou 3 dias depois, mas desta vez a demora foi mais longa. Fomos saber da morte da Amanda depois que vimos na imprensa local o corpo de uma jovem encontrada na Serra de Ouro Branco. Procuramos a polícia civil quando identificamos o corpo como sendo da Amanda”, contou a irmã Adriely Cristina, 20 anos.
Amanda tinha um temperamento explosivo. A sua mãe contou que teria sido ameaçada de morte quando um jovem tentou se envolver com Amanda mas ela resistiu revoltando o rapaz.A mãe de Amanda, Andreia Oliveira, relatou que ela ultimamente não tinha namorado.
A última vez que foi vista foi em Ouro Branco em uma feira de produtos artesanais que acontece na Mariza de Souza Mendes. Em um celular de uma amiga ela guardou as fotos das últimas recordações de Amanda.
Mistério
A morte de Amanda é cercada de mistério, mas a família tem pistas dos fatores que poderiam ter levado a morte precoce da jovem. “O crime foi premeditado e de alguém com muito ódio. Ela não merecia este fim”, assinala emocionada a avó, dona Zelina. “Queremos justiça”, exige a mãe Andreia. Amanda deixou um filho de nome Emanuel, de apenas um ano de 3 meses. O caso já está sendo apurado pela Polícia Civil de Ouro Branco.
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