Quase 8 meses da trágica morte de Sarah Coelho Lopes, de apenas 17 anos, quando acidentalmente caiu da sacada de um prédio, localizado à Rua Narcisio Junior, bairro Campo Alegre, a jovem recebeu ontem uma homenagem emocionada do vereador Carlos Nem (SD).
Durante a sessão da Câmara foi aprovado o projeto que denomina uma Praça no Bairro Museu com o nome de Sarah. “Uma jovem cheia de vida, alegre e carismática que nos encantou. Fica aqui esta homenagem desta Casa já que nada vai apagar das nossas memórias o que Sarah representa. As palavras não resumem o significado de sua vida. Nada vai apagar. Vamos eternizar Sarah em nossos corações”, resumiu Carlos Nem. “Que Deus dê força aos seus familiares de conviver com a ausência de Sarah”, comentou o vereador Fernando Bandeira (PTB). “È um gesto simples, mas de muito significado. Imagino a dor dos pais”, assinalou Pedro Américo ao comentar a homenagem.
Após a aprovação do projeto, a homenagem foi recebida por uma salva de palmas pelos familiares de amigos presentes.
Mãe relata a dor pela perda
Muito emocionada, a mãe de Sarah Coelho, Ednir Coelho Miranda Lopes ficou surpresa já que desconhecia a homenagem que prestada a sua filha. Ela relatou a dor e tristeza que ainda carrega pela tragédia que se abateu sobre a família como também se diz magoada com as versões e boatos sobre a morte prematura de Sarah que circularam à época.
Ednir contou que os planos da filha sobre seu futuro. “Ela pensava em ser juíza e se preparava para o vestibular. Era uma pessoa dócil”, relatou, contestando que causa da morte seria suicídio. “A morte foi acidental”, afirmou.
Eram por volta das 10:00 horas, do dia 25 de abril deste ano, Ednir se despediu da filha, quando ambas foram dormir. Momentos depois ela ouviu gritos de socorro vindos do prédio e percebeu sua filha caída ao solo dentro de um apartamento de um vizinho.
Na queda, de cerca de 12 metros, Sarah não resistiu. “Ela não pulou da sacada. Ela subiu em uma caixa para o transporte aéreo de cachorro e quando foi conversar ao celular com amigos que estavam na rua a sua espera, Sarah caiu acidentalmente. Ao subir na caixa seu corpo ficou acima do parapeito da sacada. Na queda, Sarah não gritou apenas vimos um grande barulho que assustou os moradores do prédio”, recordou.
À época levantou-se como principal fator de sua morte de que ela teria atravessado um vão do prédio para fugir com amigos já que fora encontrada de pijama, sendo que por baixo de tal roupa, trajava vestimentas como calça, aparelho celular e um molho de chaves da residência. “Eu não sabia que ela iria sair com amigos. Foi uma fatalidade”, comentou, reforçando que Sarah iria se ausentar saindo pela porta da residência.
Evangélica, Ednir ressaltou que a força da oração faz com que ela suporte o sofrimento. “A oração que me fortalece desta tragédia”, finalizou.
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