Não era para ser diferente a choradeira geral dos prefeitos na última reunião do ano de 2018 da Amalpa, realizada hoje pela em sua sede em Lafaiete. A presença do presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), o prefeito de Moema, Julvan Lacerda já sinalizava que o tom do encontro seria de repúdio contra a falta de repasses pelo Governo Pimentel (PT).
Na abertura o presidente da Amalpa, Célio Pereira, já expressava seu descontentamento com o sequestro de recursos, situação que vem deixando os Municípios em situação de extrema dificuldade em honrar seus compromissos financeiros e manter os serviços essenciais a população.
Gilvan classificou a realidade mineira como afrontante. Ele citou que mais de 200 cidades já decretaram calamidade financeira diante do quadro de penúria. Ele disse que a AMM já acionou a Justiça pedindo intervenção em Minas Gerais. “O governo de Minas está tomando recursos que é de nossa população”, desabafou.
Ele convocou para a próxima terça feira, dia 11, as lideranças regionais para uma manifestação contra a criação de um Fundo Emergencial que será votado na Assembleia de Minas. Segundo Gilvan, o projeto atende somente aos interesses do Governador e sinaliza um calote na dívida de mais de R$10 bilhões do Estado com os municípios. “Se for aprovado vamos quebrar a assembleia. Isso é um calote”, advertiu. Para a manifestação são esperados mais de 500 prefeitos cuja reivindicação cobra a liberação de R$ 1 bilhão para aliviar a situação financeira dos Municípios de Minas.
Outros prefeitos
O prefeito de Ouro Branco, Hélio Campos (PSDB) citou que a gravidade dos Municípios é tão alarmente que o José Walter, prefeito de Entre Rios de Minas, entrou em depressão e está afastado para tratamento médico. “Temos que nos mobilizar. Depois não adianta reclamar”, afirmou.
Mais contundente, o prefeito de Congonhas, Zelinho (PSDB) detonou o governador Pimentel classificando como o pior da história de Minas. Ele disse que, se não fosse os recursos da CFEM, já estaria em atraso como o pagamento do funcionalismo. “Para concluir 3 unidades básicas de saúde,tive usar recursos próprios do município, já que o Estado não cumpriu com o repasse do convênio”, informou.
O prefeito Mário Marcus (DEM) também reclamou da situação financeira de Lafaiete cujo dívida do Estado com o município chega a R$31 milhões. Ele disse que a receita caiu de R$18 milhões para R48 milhões e adiantou que a prefeitura tem de pagar somente com o 13º salário quase R$ 8 milhões ainda este mês.
Na penúltima apresentação da Faculdade Santa Rita (FASAR) fez uma apresentação dos 20 anos da instituição e as ferramentas que podem auxiliar os Municípios na administração pública.
Na última plaestra do dia o representante do IPGC ( Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades), Renato Lisboa expôs quais soluções os municípios têm para enfrentar a crise financeira e atração de projetos que possam atrair investidores. Lisboa ressaltou o importante papel que o IPGC tem tido na modelagem de PPP´s (Parceria Público Privado) de sucesso em todo o país, onde a preocupação com o inicio do processo e a elaboração de um bom estudo de viabilidade tem sido fundamentais para o sucesso na instalação de tecnologias e inteligências de variados portes.