Conforme já anunciado, a Vale paralisou ontem a tarde as atividades da Mina de Fábrica (ex-Ferteco) em Congonhas. Apesar de ainda não ter comunicado oficialmente a medida, trabalhadores foram surpreendidos pelo comunicado dos diretores da mineradora. As informações que circulam entre os colaboradores e nas redes sociais apontam que a paralisação é por tempo indeterminado já visando o descomissionamento da barragem.
Ao menos 1 mil trabalhadores devem ser atingidos pela decisão da Vale e, segundo informações, serão transferidos para outras unidades inclusive Brumadinho. Nossa reportagem buscou dados e trabalhadores confirmaram a paralisação da mina. Há mais de um mês, o sindicato fez uma paralisação pela garantia de emprego.
O Sindicato Metabase divulgou um nota através de seu presidente Ivan Targino. “Ficamos sabendo agora no final da tarde e início da noite sobre a paralisação da Mina de Fábrica. Até agora o nosso sindicato não foi oficialmente comunicado sobre os reais e precisos motivos da iniciativa da empresa. O que nos chegam pelas redes sociais são confusas e contraditórias. De um lado afirma-se que esta medida é preventiva de um possível risco de rompimento de estrutura de barragem adjacentes em Ouro Preto e Nova Lima.
Há também informações de que já se deu início do processo de descomissionamento de algumas estruturas previamente estabelecidas. O fato é que diante destas incertezas que vem de maneira irresponsável nas redes sociais, a Vale mostra seu carácter antidemocrático e autoritário como ela administra e trata nossas vidas.
Tão logo tenhamos informações precisas sobre o que de fato está acontecendo estaremos compartilhando com todos os trabalhadores e a população de Congonhas e região e saber quais as tarefas que estão colocadas para o sindicato e o conjunto da categoria. Devemos manter a calma para responder aos ataques que a Vale promove. Ela deve tratar com respeito seus trabalhadores, dialogar com o sindicato para apresentarmos nossas demandas que passam pela garantia do empregos e segurança de nossas comunidades ameaçadas. A luta vai exigir muita solidariedade e união”.
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