19 de abril de 2024 13:26

Assessor pinta quadro catastrófico em palestra sobre as finanças de Minas

O assessor da Secretaria Estadual de Fazenda Victor Cezarini esteve em Lafaiete para uma palestra sobre a situação financeira do Estado de minas Gerais. Ele apresentou um quadro de catástrofe fiscal, caso a Reforma da Previdência e o Plano de Recuperação Fiscal não sejam aprovados. A preocupação foi apresenta em forma de números e com uma conta que, segundo o assessor, não fecha. O encontro foi realizado na noite de segunda-feira, dia, 15, na Câmara Municipal.

Assessor pinta quadro catastrófico em palestra sobre as finanças de Minas/CORREIO DE MINAS

Com base em dados de 2018, Victor revelou que o Estado teve uma arrecadação de R$ 73 bilhões. As despesas, no entanto somaram R$ 84 bilhões. “A situação é ainda mais catastrófica em relação à Previdência, cujo déficit foi de R$ 17 milhões e, se nada for feito, aumentará ano a ano. Conforme Cezarini, entre 2014 e 2018, ao se atentar para a despesa com pessoal, verifica-se que o crescimento do gasto com aposentadoria foi maior do que com os servidores de outros setores como Educação e Saúde. “A despesa com previdência está engolindo o restante. Esse é um quadro perigoso para as finanças do Estado”, alertou, juntando a isso uma dívida com bancos na ordem de R$ 114 bilhões, além de restos a pagar totalizando R$ 24 bilhões.

De acordo com o assessor, o Governo Zema segue adotando uma política eficiente de redução de custos e corte de gastos desnecessários. “Nosso Governo vem realizando todos os esforços possíveis para redução de custos e contenção de despesas. Contudo, para que Estado volte a ficar com suas contas em ordem vamos precisar do apoio de todos, principalmente do poder Legislativo. Precisamos aprovar a Reforma da Previdência no Congresso Nacional e o Plano de Recuperação Fiscal na Assembleia Legislativa de Minas Gerais”, comentou.

O secretário de Fazendo Cláudio de Castro Sá aproveitou o encontro para manifestar suas preocupações em relação às finanças municipais. Ele questionou a efetividade do acordo para o pagamento da dívida do Estado com os municípios e criticou a falta de garantias de que os recursos cheguem aos cofres municipais.

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