Criação de cavalos e muares é tradição regional
A criação de animais e os concursos de marcha tem um papel importante na história de Minas Gerais e são assuntos que fazem parte da vida do deputado Glaycon Franco desde a sua infância. Filho de produtor rural, sempre conviveu com as dificuldades da vida no campo.
Defendendo as demandas dos criadores de equídeos, Glaycon promoveu, na terça-feira, 13 de agosto, um encontro entre os representantes do Clube do Cavalo de Carandaí, Conselheiro Lafaiete e Lamim, com o diretor-geral do IMA – Instituto Mineiro de Agropecuária, Thales Fernandes.
A reunião foi realizada na sede do Instituto, na Cidade Administrativa, onde foram discutidos diversos assuntos de relevância para os criadores, como a regionalização dos índices de controle de doenças, estudos para alteração do prazo de validade de exames, a habilitação de novos profissionais pelo IMA, o credenciamento de novos laboratórios, além de uma forma para a redução do custo para obtenção de GTA (Guia de Trânsito de Animais) e realização de exames laboratoriais para detecção de doenças como a AIE (Anemia Infecciosa Equina) e o Mormo, duas doenças que não tem vacina e tem um custo que é considerado alto para os menores produtores, como os produtores familiares. Muitas vezes, as pequenas propriedades possuem poucos animais, ficando impossibilitadas de participar dos concursos de marcha em razão do alto custo para a obtenção da GTA, que só é concedida após a realização dos exames que atestem que os animais estão livres de doenças.
Glaycon Franco, que está sempre presente nos concursos de marcha da região de Lafaiete, levou para Thales essas demandas, de importância para os criadores de animais e promotores desse tipo de evento, porque têm dificultado a participação dos criadores menores nos concursos. Os de menor poder aquisitivo não podem transitar com os seus animais e perdem a oportunidade de fazer negócios, uma vez que alguns fazem da criação a única forma de sustento, vindo da comercialização ou de premiações. Glaycon defendeu a preservação dos rebanhos, mas não concorda com o alto custo para o criador participar dos tradicionais concursos de marcha.
O deputado propôs um estudo para a extensão do prazo de validade dos exames, fato que já acontece no Rio Grande do Sul, onde teste para AIE tem validade de 6 (seis) meses e, num futuro próximo, a redução do valor da taxa de emissão da GTA e dos exames, com um possível subsídio do estado, por meio do IMA.
Ao fim da reunião, ficou acordado que o deputado e os representantes dos clubes e entidades criadoras de animais da região, elaborarão um documento com as suas reivindicações mais urgentes, que será encaminhado para os técnicos do IMA, por meio da ABC Muar – Associação Brasileira de Criadores de Muar, uma das entidades que une os anseios dos criadores de equídeos de Conselheiro Lafaiete e região.
Glaycon Franco, ao final da reunião, se manifestou dizendo que “… a economia do Cavalo e do Muar representam muito para a nossa região. É uma atividade que gera empregos e renda. Muitas pessoas sobrevivem com a criação e a comercialização destes animais. Desde criança, acompanho os concursos de marcha que representam parte importante de nossa cultura e de nossas tradições. Tenho notado que eles estão diminuindo e, se não tomarmos providências, tendem a acabar. Muito dessa diminuição vem dos altos custos que o criador tem que arcar para transitar com os animais para participar dos concursos. Vamos fazer todo esforço para manter nossas tradições.”
Estiveram presentes, além do deputado Glaycon Franco e do diretor-geral do Ima, Thales Fernandes, a Sra. Valéria Maria de Andrade Almeida e o Sr. Murilo Emilson Coutinho, da Gerência de Defesa Sanitária Animal do Ima, o Dr. Douglas de Carvalho Henriques, chefe de gabinete do deputado Glaycon Franco e os representantes dos Clubes do Cavalo de Conselheiro Lafaiete, Lamim e Carandaí, Sres. Ramiro Florindo de Freitas, Gilberto Alves do Nascimento (Gilberto da Égua), Enderson Fernandes Santos Barreto, Otaviano Augusto de Castro Monteiro, Antônio Luiz de Oliveira, Fabrício Henrique de Miranda, Éder Eustáquio Nogueira e Cor Jésus Moreno.