Natural de Lamim, cidade com 3 mil habitantes, a atriz e modelo Sheila Pereira está nos preparativos finais para a sua viagem à cidade de Machala, no Equador, onde será a representante do Brasil num tradicional concurso de beleza daquele país. O torneio Rainha Mundial da Banana acontece, anualmente, desde 1985 e somente candidatas de países que produzem a fruta podem participar.
Sheila já está acostumada a premiações como essa, afinal, ela foi coroda Miss Brasil Elegância e Miss Minas Gerais Globo, no ano passado. Apesar de inserida no universo glamuroso dos concursos de beleza, ela, que é filha de um servidor público aposentado e de uma costureira, destaca que jamais esconde suas raízes humildes.
Antes de embarcar para o Equador e tentar alcançar o título de a Rainha Mundial da Banana, entre os dias 17 e 29 de setembro, Sheila Pereira conversou com Encontro:
– De onde veio a vontade de ser miss?
Desde pequena eu sempre fui apaixonada pelo mundo da moda. Minha mãe conta que eu via os desfiles na TV e ficava imitando as modelos, achando aquilo o máximo. Assim que eu fiz 18 anos, me mudei para BH. Meus pais me ajudaram muito no começo, pois eu vim na cara e na coragem, sem ter um emprego fixo, para tentar o meu sonho. Em Belo Horizonte eu descobri que não é só o mundo da moda que me chama a atenção. Sou formada em teatro, uma área que antes via como hobby e hoje é uma profissão.
Eu já tinha recebido propostas para participar de concursos, mas tinha muito receio pois era algo novo pra mim, que até então só tinha trabalhado como modelo. Até que o Rodrigo Oliveira, meu atual coordenador, apareceu na minha vida, conversou muito comigo, me incentivou bastante e me convenceu a participar do meu primeiro concurso: o Miss Minas Gerais Unificado. Fiquei em segundo lugar na minha estréia. Foi através destes eventos que redescobri o meu lugar na moda.
– Tem algum prêmio que você considera o mais especial?
A faixa que eu considero mais especial é a que ganhei no Miss Brasil, de miss beleza com propósito. As participantes tinham que buscar arrecadações para doar a uma instituição de caridade. A que juntasse mais levaria a faixa e ganharia alguns pontos no concurso. Eu guardo ela com tanto carinho pois vi a minha cidade, a prefeitura, os vereadores, se movimentando em prol dessa causa. Não só para me ajudar no concurso, mas também por saber que estávamos ajudando pessoas necessitadas. E ver a alegria das pessoas quando recebem as doações, das crianças quando recebem os brinquedos, é algo inexplicável.
– E qual a rotina de uma miss? Me conta sobre a sua alimentação, cuidados, academia?
Eu tenho o privilégio de ter genética muito boa, mas não fica só nisso. Tenho que tomar cuidados o tempo todo. Tento ter uma alimentação balanceada, cuidar do meu corpo, mas sempre de uma forma saudável. Eu não busco muitas dietas rígidas, os treinos pesados de academia, porque isso não costuma dar muito certo comigo. Prefiro ficar no controle, evitando frituras e besteiras durante a semana. Aí no fim de semana a gente come uma coisinha ou outra.
– Como foi a caminhada até o Miss Reina Mundial? E a expectativa?
No fim do ano passado, a agência Thwa me escolheu para representar Minas Gerais no Miss Brasil Globo, onde ganhei dois títulos: terceiro lugar geral e primeiro lugar no Miss Brasil Elegância. A coordenação nacional do concurso gostou muito de mim e me convidaram para representar o país no Miss Reina Mundial. Fui titulada Miss Brasil Reina Mundial 2019 e desde o início do ano eu estou nos preparos para o concurso. A expectativa está bem alta, estou bem focada. Vou dar o meu melhor e, se Deus abençoar, espero voltar com a coroa.