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Lágrimas, desabafos, críticas e cobranças marcam reunião da Câmara pós eleição

O tom de despedida marcou a primeira reunião da Câmara de Lafaiete ações após as eleições na manhã de ontem (17). De 13 vereadores, 5 foram reeleitos, o que corresponde a mais de 50% de renovação.

Os 13 vereadores usaram a tribuna. “Entendi minha não reeleição por defender a bandeira da saúde pública. Continuarei não aceitando a falta de consultas especializadas, a falta de materiais, mais medicamentos. Saio de cabeça erguida”, assinalou Lúcio Barbosa (DEM).

A Vereador Carla Sassi (PSDB) repassou aos novatos Damires Rinarlly (PV) e Erivelton Martins (Erivelton Sonho de Rua), o legado das causas dos animais e da inclusão social no parlamento municipal. “Muitos que criticam lá fora a Câmara verão como é complexa exercer a atividade parlamentar”, comentou.

 “Esta foi uma câmara parceira, pacífica e honesta. Deixo a Casa com a sensação do dever cumprido. Que a nova leva de vereadores possa executar aquilo que muitos cobram da gente. Que eles possam fazer o que eu não consegui aqui”, comentou, citando inclusive a demora para que os artistas possam ter acesso aos recursos da Leio Aldir Blanc.

Darcy da Barreira (DC) lamentou, em função da pandemia e dos protocolos de saúde, o distanciamento do eleitor. “Esperamos que os eleitos possam atender as demandas da nossa população naquilo que não conseguimos pelas limitações de nossas funções”, analisou.

“Precisamos ainda de muitas melhorias, mas o prefeito tem os méritos da vitória. Como o papel de vereador é cobrar eu uso essa tribuna para reclamar do semáforo na Benjamim Constant. Estão tentando melhorar, mas está tumultuando o trânsito no São João”, bradou, deixando a Tribuna sob aplausos ao encerrar seu discurso.

Já o Vereador Carlos Nem (PV) afirmou que realizou seu sonho ao se eleger vereador. “Tinha uma imagem diferente desta Casa. Quando repórter cobri muitas brigas e confusões aqui, mas agora percebo o quanto é organizado nosso Legislativo. Realizei meu sonho de ser vereador”, apontou.

Mais discursos

O Vereador Presidente, João Paulo Pé Quente (DEM) que entra para o 3º mandato, pediu mais atenção do Executivo as causas do mais pobres e aproximação com a população. “O Mário venceu porque é o mais preparado, mas cobro mais atenção a população e aos mais pobres. São tantas demandas pequenas que melhorariam a vida das pessoas que não são atendidas. Que o Executivo se aproxime dos lafaietenses. Fiz grandes amigos aqui que vou levar por toda a minha vida”, encerrou.

André Menezes (PL), que entra para o segundo mandato, pediu mais atenção à saúde, em especial a policlínica, como criticou a demora na aprovação de projetos na Secretaria de Obras. Ele foi o vereador eleito mais votado em Lafaiete com 1.425. “Quem perdeu, não perdeu e sim ganhou. Deus tem outros planos para seus filhos. A gente como vereador deixa a família e os amigos para se dedicar a causa do bem comum. Nesta Casa são normais as diferenças, mas todos aqui são pessoas honestas”, assinalou Pedro Américo (PT) que chegou ao 5º mandato.

Para o Vereador Fernando Bandeira (DEM), que chega ao 3º mandato consecutivo, quem não participa da vida política da cidade não tem direito de cobrar. “Agradeço a todos os eleitores que para mim são meus amigos. É fácil apontar dos dedos. Vejam que foram mais de 30 mil votos perdidos entre brancos, nulos e abstenções. A eleição é hora de exercer a cidadania e depois reivindicar. Por isso digo sempre que aqueles que não participam não podem exigir mudanças”, finalizou, cobrando participação política dos lafaietenses. “Não podemos lavar as mãos e depois reclamar”, concluiu.

O Vereador Chico Paulo (PT) afirmou que deixará vida pública. Ao finalizar seu discurso, ele não conteve a emoção. “Eu não perdi, eu ganhei. São 32 anos de luta e vida dedicada ao outro, agora vou cuidar de mim e de minha esposa. Deixo a atividade política com dignidade”, assinalou sob lágrimas.

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