No Brasil, são mais de 220 mil pessoas em situação de rua – população maior que a cidade de Criciúma (SC). Sete mil vivem no Rio de Janeiro em meio à violência e à invisibilidade. Para transformar esses números em nomes, rostos e histórias, o #Colabora lança a série especial “Vozes das Ruas”. Em quatro episódios, a jornalista Luiza Trindade liga a sua câmera durante as rondas do Projeto Ruas para ouvir os relatos fortes de Milena, Roberta, Lorena e do casal Priscila e Leandro. São histórias de luta, injustiças e até mesmo de amor, apesar das adversidades.
Mais de 220 mil brasileiros vivem em situação de rua, num cotidiano de violência, esquecimento e invisibilidade. Sete mil deles estão no Rio de Janeiro, cidade da reportagem especial de Luiza Trindade para o #Colabora. Ela liga sua câmera durante as rondas do Projeto Ruas, para ouvir depoimentos fortes, de luta, injustiças, dificuldades – e, apesar de tudo, amor.
Bibi: nova vida após a perda da visão. Foto Vozes das Ruas
“Tem umas pessoas que enxergam a gente como lixo, como nada”, constata Roberta Kelly, a Bibi, 39 anos. Frequentadora das rondas do Projeto Ruas, em Copacabana, ela participa das atividades da ONG e defende com firmeza suas opiniões. Foi abandonada pela família, mas relata ter encontrada outra, “maravilhosa” na rua.
Milena: “A gente está na rua porque a gente necessita, não tem onde ficar”. Foto Vozes das Ruas
Abusada sexualmente pelo irmão aos 9 anos, Milena aprendeu nas ruas a se defender. Está lá desde criança, mas venceu o ambiente hostil, encontrou o amor e agora luta por respeito e contra a homofobia ao lado da namorada.
Leandro e Priscila descartam abrigos para não se separar. Foto Vozes das Ruas
É de amor também a história de Priscila e Leandro. Os dois vivem juntos, entre beijos, abraços e carinhos, nas ruas do Leblon. Um pelo outro, descartam a ida para abrigos, que obrigaria a uma separação. “Estamos na luta até hoje, mas nossa história é bonita”, atesta ele.
Lorena: “Tem que prestar atenção para não levarem suas coisas”
A busca pela mãe, Elza, levou Lorena para as ruas. Artista, ilustradora, teve uma vida de classe média na infância, até tudo começar a desandar. As pessoas te olham como se você estivesse por conta própria abandonando a sociedade. Sendo que não é verdade, é a sociedade que abandona você.
FONTE PROJETO COLABORA