Os beneficiários do Auxílio Brasil possuirão acesso a uma linha de crédito especial. Nesse sentido, os beneficiários do futuro programa social que pretende substituir o Bolsa Família terão acesso a uma linha de crédito que possui juros reduzidos oferecidos pela Caixa Econômica Federal. Logo, com início previsto em novembro, o programa pretende atender 16 milhões de pessoas.
“O que nós visamos é que seja justamente disponibilizado acesso a recursos com juros mais baixos. É uma população que, em geral, tem dificuldade de acesso ao setor bancário. Hoje essa população termina caindo em agiotas, que de maneira informal muitas vezes captura cartões e recebíveis muitas vezes de maneira truculenta”, declarou João Roma, ministro da Cidadania.
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, também se pronunciou sobre o anúncio. Ele disse que o crédito especial beneficiará pessoas atualmente com o nome negativado e que, sem opção, tomam empréstimos em financeiras com juros altos. “Só as financeiras acabam aprovando esse limite de crédito, cobrando 20% ao mês”, ressaltou o presidente do banco.
O chamado Auxílio Brasil foi anunciado pelo governo como substituto do Bolsa Família. O programa contará com três modalidades de benefício básico: para primeira infância, para famílias com jovens de até 21 anos de idade e para a complementação para famílias que não conseguirem sair da extrema pobreza mesmo após receberem os benefícios anteriores.
Em relação ao Auxílio Emergencial
Em relação ao Auxílio Emergencial, o ministro da Cidadania descartou uma nova prorrogação do programa após outubro. Segundo o ministro, somente as três parcelas extras do benefício, que começam a ser pagas neste mês, já permitirão a injeção de R$ 20 bilhões na economia.
Guimarães afirmou que a alta propensão ao consumo entre os beneficiários do Auxílio Emergencial e Auxílio Brasil devem fazer com que a economia se movimente. É esperado que quase a totalidade dos recursos sejam gastos no comércio. “Este é um recurso que é totalmente consumido. Logo, ele faz a economia girar”, concluiu.
Além disso, o presidente Jair Bolsonaro confirmou ainda nesta quinta-feira que o Governo Federal vai encerrar em outubro o pagamento do Auxílio Emergencial, concedido por conta da pandemia de covid-19. Isto para se iniciar o pagamento do novo programa, a partir de novembro.
“Obviamente esses três meses terminam quando nós teremos então o novo programa Auxílio Brasil, onde, segundo acertado pela equipe econômica, o reajuste será de no mínimo 50% do que se paga no Bolsa Família atualmente”, disse Bolsonaro em pronunciamento no Palácio do Planalto.
Medidas emancipatórias do Auxílio Brasil
O Auxílio Brasil terá um bônus para quem conseguir emprego e sair da faixa de enquadramento do programa. Deste modo, os beneficiários que tiverem aumento de renda serão mantidos na folha de pagamento por mais dois anos, esta é o que está sendo chamada de medidas emancipatórias do programa.
Segundo o Ministério da Cidadania, a família que deixar de receber o Auxílio Brasil, por vontade própria ou após os 24 meses, ainda terá resguardo pelo governo. Sendo assim, as famílias que quiserem retornar ao programa, poderão fazê-lo com prioridade, sem entrar em fila. No caso, basta atender os requisitos de elegibilidade.