A semana começa com a temperatura em ebulição na política. Isso porque amanhã (18), a partir das 13:30 horas, no Plenário da Câmara, está marcada a reunião em que a Secretária Municipal de Saúde de Lafaiete, Rita de Kássia, irá depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada em maio, para apurar irregularidades no Hospital de Campanha, cuja operação foi encerrada em setembro, e supostas denúncias de fura-filas na vacinação do covid-19.
O depoimento é cercado de suspense e tensão já que a Secretária deve ser bombardeada com inúmeros questionamentos e indícios e suspeitas já apontados no relatório parcial, divulgado em julho, como uso medicamento de baixa qualidade para intubação, falta de equipamentos e desperdício de dinheiro público no Hospital de Campanha.
O Presidente da CPI, o Vereador André Menezes (PL) apontou um possível arranjo de alinhamento de depoimentos na CPI para abafar e esvaziar as apurações.
Justiça e Polícia Civil
O relatório parcial foi enviado ao Ministério Público Federal, Polícia Federal, Tribunal de Contas do Estado e da União. Durante a CPI o clima foi tenso entre os poderes quando a Prefeitura questionou o sigilo dos depoimentos na Justiça. A Câmara alegava preservação dos depoentes, mas o caso ainda não foi pacificado.
Outros episódios marcam a CPI, quando após a leitura do relatório final ocorreram demissões e os vereadores interpretaram como “caça ás bruxas” e retaliação, perseguição a funcionários que prestaram depoimentos e foram exonerados.
A Polícia Civil também investiga o caso do misterioso do sumiço de informações de um computador na Hospital de Campanha, ocorrido logo após a leitura do relatório parcial da CPI.
O depoimento da secretária pode ser esclarecedor e decisivo, como também pode abrir novos desdobramentos de investigação para CPI. “Na verdade tem de ser esclarecido que foi o responsável pelas irregularidades levantadas que podem ter provocado até morte, disse um vereador a nossa reportagem.
Somente podem participar da sabatina os vereadores, funcionários da Câmara e a Procuradoria do Município.
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