A sexta-feira (22) amanheceu com postos de combustíveis lotados e fila de espera para abastecimento em Lafaiete.
Isso porque os a paralisação dos tanqueiros, caminhoneiros responsáveis pelo transporte de combustível, em Minas Gerais iniciou nesta quinta-feira (21). Desde ontem (21) houve uma corrida aos postos diante do medo de falta de produtos.
Donos de postos de Lafaiete alegam que é estoque até no máximo no domingo (24).
A palavra
Sindicato confirmou que a paralisação já impacta os mineiros, com falta de combustível em alguns locais.
A greve em Minas Gerais, já impacta a vida dos mineiros. Em alguns locais começa a faltar combustível, mas uma corrida aos postos de gasolina pode agravar a situação, avaliou o Minaspetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais).
Encher o tanque sem necessidade, neste momento, pode fazer faltar o produto para outros motoristas. “É justamente essa ação que pode causar e agravar o desabastecimento”, explicou o sindicato.
O movimento grevista, que não tem data para ser encerrado, ocorre em protesto contra a escalada do preço do combustível. “O Minaspetro está monitorando a situação da greve dos tanqueiros e informa que os postos com estoques reduzidos já apresentam problemas de abastecimento”, ressaltou.
Em nota, o Minaspetro ainda declarou ser solidário aos caminhoneiros e disse que está “trabalhando fortemente junto às autoridades em busca de soluções para a redução do ICMS”. No entanto, opinou que a greve não é a melhor solução para o problema, “uma vez que a paralisação prejudica a população e gera ainda mais incertezas no mercado de combustíveis já em crise nacional”.
Greve
O Sindtanque (Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo) informou que a greve segue “firme e forte”. A estimativa é de que 80% da categoria aderiu à greve.
O governo de Minas ainda não declarou quando vai se reunir com os manifestantes. O Executivo estadual lembrou que, no último dia 13, a Câmara dos Deputados aprovou um Projeto de Lei que estabelece um valor fixo para o ICMS dos combustíveis em todo o país.
Os governos estaduais já se posicionaram contra a mudança e afirmam que ela representaria perda anual de R$ 32 bilhões em arrecadação, R$ 3,6 bilhões só em Minas Gerais.