A equipe econômica do governo federal divulgou na última quarta-feira, 17, uma nova projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2021, que passou de 8,4% para 10,04%. O indicador é utilizado para calcular o reajuste do salário mínimo de cada ano.
Dessa forma, a estimativa é de que o salário mínimo suba dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.210 a partir de janeiro do ano que vem.
O reajuste do piso nacional irá afetar cerca de 50 milhões de pessoas, pois seu valor é usado como referência nos cálculos de quem trabalha com carteira assinada, recebe seguro-desemprego ou é segurado de algum benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Salário mínimo e benefícios
No caso dos beneficiários da autarquia, o valor do salário mínimo serve de base para alguns dos principais benefícios, como aposentadorias, pensões e auxílios-doença.
Com a nova subida para R$ 1.210, a previsão é de que os pagamentos nas folhas também aumentem cerca de 10,04%. O teto do INSS, por exemplo, deve passar dos atuais R$ 6.433,57 para R$ 7.079,50 em 2022.
Em relação ao seguro-desemprego e o abono PIS/Pasep, todos seguem com o mesmo percentual de aumento para o ano que vem.
Reajuste sem ganho real
Entre o período de 2011 e 2019, o valor do salário mínimo era reajustado não só com base pela inflação, mas também tendo como referência o Produto Interno Bruto (PIB).
Contudo, durante o governo Bolsonaro, o reajuste tem acontecido com base apenas no INPC, sem que isso, na prática, garanta um aumento no poder de compra. Neste caso ele é apenas mantido conforme a alta dos preços.