A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quarta-feira (8) que estudos preliminares sugerem que a variante ômicron do coronavírus pode reduzir a atividade neutralizante de anticorpos produzidos por imunidade natural. A conclusão significa que pessoas que já tiveram a doença poderiam ser mais facilmente reinfectadas pela nova cepa.
“Isso pode explicar porque a variante parece estar espalhando-se rapidamente em uma população altamente imune como a da África do Sul, na qual a cobertura atual de vacinação em adultos é de cerca de 35%, mas em que os níveis de soroprevalência são estimados em até 60-80% devido a infecções anteriores”, explica a entidade, em relatório epidemiológico.
A OMS acrescenta que há evidências de que a ômicron tem vantagens de crescimento naturais em relação a outras variantes em circulação, mas ponderou que ainda não existem definições sobre o impacto disso na transmissibilidade.
A organização também ressaltou que, até a última segunda-feira, todos os 212 casos da cepa identificados na União Europeia apresentaram sintomas leves ou moderados. “Mesmo se a gravidade for igual ou potencialmente ainda mais baixa do que a da variante Delta, espera-se que as hospitalizações aumentem se mais pessoas forem infectadas”, pontua.