Um idoso de 90 anos morreu na segunda-feira (10/1) após ser brutalmente espancado dentro da própria casa durante um assalto, no distrito de Pirapanema, localizado na cidade de Muriaé, na Zona da Mata mineira. Esta foi a quarta empreitada criminosa na residência da vítima, que costumava guardar grandes quantias de dinheiro no imóvel, segundo a PM. Ele ainda foi alvo de bandidos em outras três oportunidades, no sítio dele.
Ainda conforme os militares, Antônio Gustavo Serra foi encontrado por um vizinho no quintal de casa depois de ter sido roubado e agredido no último domingo (9/1). A polícia não informou quanto foi levado.
Ele foi conduzido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital São Paulo, no município, onde passou por exames que constataram um coágulo na cabeça e água nos pulmões. Ainda no domingo, ele foi submetido a uma cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia seguinte. Também no domingo, em diligências no hospital, os policiais encontraram o idoso em estado de choque, o que impossibilitou obter seu depoimento. Ele apresentava hematomas espalhados pelo corpo. No dia do crime, um vizinho relatou aos policiais que percebeu uma movimentação suspeita no local e foi até a casa do idoso para checar o que poderia estar acontecendo. Ainda conforme essa testemunha, o dono da casa não atendeu e, como o cadeado estava aberto, resolveu entrar, momento no qual encontrou Antônio Serra caído no chão, no quintal do imóvel, e chamou outro vizinho. Ambos acionaram o Samu.
Outras agressões
Familiares informaram que essa não foi a primeira vez que o idoso é vítima de agressão dentro da residência dele. Quatro ocorrências desse tipo foram registradas onde ele residia, em Pirapanema, e mais três no sítio dele, localizado na zona rural do distrito.
Início das investigações
Conforme a Polícia Civil, o inquérito foi instaurado pela Delegacia de Armas, Roubos e Furtos em Muriaé. À reportagem, o delegado da Polícia Civil no município, Júnio Oliveira, disse que as investigações começaram nesta quarta-feira (12/1).
“Hoje, nós já ouvimos alguns vizinhos da vítima. Amanhã, a gente começa a tomar o depoimento de familiares. Inicialmente, vou ouvir a esposa e o sobrinho da vítima”, explica o delegado, acrescentando que ainda não há um suspeito do latrocínio. “Recebemos denúncias divergentes sobre a possível autoria do crime. Então, ainda temos que apurar todas elas”.
- EM