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Santana dos Montes: Fazenda Paciência, do século 18, reabre e revela histórias de Minas

Construída pelo barão de Queluz em 1742, propriedade em Santana dos Montes tem senzala, Pedra do Amor e até túnel que, conta a lenda, escondeu inconfidentes

Um resgate da história escravagista, indígena e política não só de Minas Gerais, mas do Brasil. Essa é a proposta da Fazenda da Paciência, localizada em Santana dos Montes, que abriu agora em janeiro as portas para o público.

Construída em 1742 pelo Barão de Queluz, a propriedade desde 2001 vem passando por restauração. “Meu objetivo é proporcionar um lazer cultural”, declara Vinícios Leôncio, atual proprietário da fazenda, que tem 200 hectares e 3 mil metros de área construída. No local, foi reconstruída a senzala onde viviam os escravos, com utensílios de tortura usados na época.

Da Bahia, veio uma canoa de madeira da tribo Pataxó. Há também um museu com peças antigas que remontam a história da época, como a máquina de lavar da década de 1930, feita em madeira.

A fazenda guarda algumas curiosidades, como a cachaçaria decorada com 4 mil discos de vinil, uma pedra chamada de Pedra do Amor, que traz uma história interessante. A pessoa que sentasse nela arrumaria um amor. Essas lendas e histórias estão muito presentes em cada parte da Paciência.

Um túnel, que possivelmente escondeu os inconfidentes, foi descoberto há pouco tempo e já está sendo pesquisado por arqueólogos. Além da parte histórica, o público pode se deliciar com a gastronomia. Em homenagem à cultura afro-brasileira, todos os pratos são de origem africana e têm nomes de personagens da época. O “Princesa Aqualtune” (ela foi avó do Zumbi dos Palmares), por exemplo, leva quiabo, cebola, alho, gengibre, camarão em pó, castanha de caju, dendê e limão. Informações: (31) 3726-1247 ou www.instagram.com/hotelfazendapaciencia/.

FONTE ESTADO DE MINAS

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