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Equipe de enfermagem acusa vereador de Senhora de Oliveira (MG) de ameaça e insulto em UBS

Um vereador de Senhora de Oliveira, (MG) foi acusado de ameaça e insulto, durante o atendimento na Unidade Básica de Saúde – Edgard Alfenas. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (19) e o caso foi parar na Delegacia sede da cidade, onde o boletim foi registrado.
De acordo com uma profissional que estava o local no momento do ocorrido, por volta das 15:40 horas, o vereador Wanderson Gomes (Zé Gominha – PL) estava transitando pelos corredores da UBS local, no centro da cidade. Ele estaria interferindo em conduta de responsável por paciente, e escutando consulta de um enfermo que estava sendo atendido em caráter de urgência.
Uma enfermeira que estava no local, pediu a ele licença para que fosse fechada a porta do ambiente médico, orientando para que ele fosse para a sala específica de síndrome respiratória. O vereador se negou, alegando que era autoridade local, e que a equipe da UBS fosse “bando de atoa” e que a equipe profissional estaria realizando o atendimento e ocupando o cargo por ser do partido que foi reeleito, que caso contrário, a equipe não estaria no local realizando os atendimentos.
O vereador seguiu para o corredor da UBS, próximo a sala de triagem, e continuou com insultos com a equipe de enfermagem, falando que a equipe deveria receber meio salário mínimo, e ele como vereador, reprovaria projetos voltados em beneficio da classe da enfermagem.
O secretário de saúde compareceu ao local para entender o ocorrido, porém, o vereador prosseguiu com insultos contra profissionais que trabalhavam no local, alegando que já compareceu outras vezes na instituição e sempre houve irregularidades, pois todos são “incompetentes” e estariam “mortos de cansados” e que compareciam ao local apenas para “dormir”. O vereador alegou que o atual médico da instituição que estava no local, renunciou ao cargo de vice prefeito por ter ligação com o atual partido político da cidade.

Unidade Básica de Saúde – Edgard Alfenas/REPRODUÇÃO


A Polícia Militar foi acionada, comparecendo no local que orientou a equipe de enfermagem o ocorrido, pois, trata-se de um fato dentro da instituição, ouvindo as partes envolvidas.
O vereador Wanderson Gomes, falou que estaria dando “voz de prisão” a uma técnica de enfermagem que estava no local, falando que ela estava sendo “presa por ele” que sairia algemada do local, pois, como autoridade iria fazer cumprir a lei. O Sargento Tadeu reforçou que o vereador não teria autonomia para dar voz de prisão, sendo ele um político da cidade.
O vereador alegou que compareceria ao Ministério Público de Minas Gerais – MPMG para denunciar a equipe da Unidade Básica de Saúde, tendo ele autonomia e autoridade. O exame que foi solicitado pelo vereador foi recebido pela equipe, porem, o mesmo alegou realizá-lo em uma clínica particular.
No dia 16 de dezembro do ano passado, uma enfermeira procurou o Destacamento de Polícia Militar, para relatar uma “perturbação” de trabalho, por parte do vereador. A enfermeira informou que por volta das 19:30 horas, o vereador compareceu na UBS, dizendo que se encontrava na função de fiscalizar e ver o que os profissionais estariam fazendo. Foi relatado também que o vereador já ligou para instituição por motivos “fúteis” e com ações reprováveis, sendo o único intuito “perturbar” os profissionais da UBS.
Em nota enviada ao Jornal Correio de Minas, a equipe de enfermagem alega que a ação tomada pelo vereador é uma provocação e desrespeito com a equipe técnica da UBS, e repudiam a ação desrespeitosa do vereador.


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