Um jovem de 24 anos identificado como Breno Franklin Mendes da cidade de Lamim, procurou a nossa Reportagem denunciando que foi agredido na noite do dia 8 de março, terça-feira, em sua residência. Segundo ele, as agressões teriam partido de dois militares lotados naquela cidade. Breno informou que um vizinho, o qual teve um desentendimento, ligou para a Polícia Militar informando que ele estava alterado. “Eu estava dentro da minha casa e os policiais chegaram ao local e queriam me levar para a delegacia, fazendo questionamentos e acusações, porém, sem nenhum mandado. Eu recusei em acompanhar, afirmando que não havia cometido nenhum tipo de crime. Eu atendi o militar e disse a ele que não tinha condições de conversar naquele momento, pois eu estava muito estressado. Ele me pediu a carteira de identidade fui buscar. Quando retornei, os militares disseram que iriam me levar para o quartel, então, eu respondi a eles que sairia daqui só morto e afastei. Neste momento, ele me deu uma gravata, desmaiei e bati a cabeça”, relatou Breno.
Breno foi encaminhado ao hospital da cidade no mesmo dia dos fatos: “Eu fiquei desacordado e chegando ao Hospital, eles disseram que eu havia sofrido um acidente de moto. E não foi. Fui agredido por eles. Eu estou muito revoltado, estou todo machucado. Temo pela minha segurança. Foi uma covardia o que fizeram comigo. Sou honesto, trabalhador, não mexo com ninguém. Eles são da lei, mas não tinham o direito de fazer isso comigo. Sou um ser humano e quero todos os meus direitos. Estou sendo perseguido”, complementou o jovem.
O fato foi presenciado por duas testemunhas que confirmaram os fatos. E. A. S., que é dona do imóvel em que o Breno mora, confirmou que os policiais foram até a vítima por conta de uma denúncia do vizinho. “Eles foram muito agressivos com o Breno. Eles só pararam com a violência porque gritamos, eles queriam levá-lo para a delegacia desacordado. O rapaz teve que receber sutura próximo do olho. Ele ficou bastante ferido. Só queremos justiça. Não precisava dessa covardia”.
A outra testemunha identificada por L. C. S. disse que estava na casa de E., quando os policiais chegaram: “Por volta das 18h, do dia 8 de março, presenciei um militar chamando na porta da casa de E procurando o Breno. Ele se apresentou, não correu, não escondeu, mas, os militares disseram que ele teria que acompanhá-los. Diante desta ordem dos policiais, o Breno se recusou a ir, pois, não tinha feito nada de errado e os policiais não tinham nenhum mandado judicial mas, mesmo assim, a polícia o pegou a força. Dando nele um mata leão, o fazendo desmaiar. Eles nos ameaçaram, porque estávamos pedindo que eles parassem de machucar ele. “Foi uma cena muito violenta, queremos que seja feita a justiça”, finaliza.
Polícia Militar responde
Em nota enviada à nossa Redação, a Polícia Militar esclarece que a corporação não coaduna com qualquer tipo de ilegalidade por parte de seus integrantes, motivo pelo qual, irá apurar, através de procedimento administrativo a conduta dos militares envolvidos na ocorrência.
Sobre a ocorrência, a Polícia Militar informa que militares lotados no destacamento de Lamim, no dia 08 de março de 2022 foram acionados por um senhor de 67 anos que relatou estar sofrendo ameaças de um jovem de 24 anos e por isso precisava de uma intervenção policial. Diante dos relatos da vítima, os militares deslocaram até a residência do autor a fim de colher sua versão e tomar as providências policiais cabíveis.
Na residência do autor, ele confirmou ter proferido ameaças a seu vizinho e se mostrando bastante alterado e nervoso, continuou insistindo nas ameaças perante os militares que deram voz de prisão ao autor que não acatou as ordens dos policiais em deslocar para o destacamento PM para as providências policiais cabíveis. Diante da resistência apresentada, foi necessário uso de técnicas de imobilização e defesa pessoal, conforme preconiza cadernos doutrinários da Instituição, causando a queda do autor em cima de uma motocicleta, o que gerou lesões no seu rosto.
FONTE MINAS INFORMA