Moradores do bairro Emboabas, aqui em Caeté, na Grande BH, estão indignados e tentam entender agora o que motivou o assassinato da mulher trans Kelly Keyze Rosa da Silva de 32 anos, morta nesta madrugada com 11 tiros enquanto bebia e dançava com o irmão dela durante a inauguração do bar de uma amiga.
Kelly era mais conhecida na região pelo apelido Pepê e os moradores disseram que Kelly era uma pessoa muito querida e engajada politicamente.
Ela buscava ajudar as pessoas do bairro. Ela cobrava das autoridades melhorias no transporte público, iluminação, saneamento básico, estrutura adequada para os moradores da região.
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Ela, inclusive, estava muito feliz porque conseguiu recentemente fazer a troca do nome e gênero em sua documentação.
Como a Itatiaia vem informando, o crime aconteceu por volta da meia noite de hoje. Segundo a Polícia Militar, seis homens saíram de um matagal em frente ao bar. Um deles, de 19 anos, estava armado e atirou várias vezes contra Kelly Keyze.
Os tiros acertaram as costas, o pescoço, o peito, as nádegas e os braços da vítima. Todos os suspeitos fugiram em seguida e ainda não foram encontrados. A motivação é um mistério.
A dona do bar acredita que a amiga era o único alvo dos criminosos, pois ninguém mais ficou ferido e o suspeito de 19 anos ainda teria atirado mais vezes contra Kelly depois que ela caiu no passeio, do lado de fora do bar.
Em nota, a Polícia Civil disse que assim que foi acionada “deslocou perícia criminal ao local dos fatos para identificar e coletar vestígios que possam colaborar na investigação”. Além disso, destacou que “um Investigador de Polícia também compareceu para realizar os primeiros levantamentos”.
“Até o momento, ninguém foi preso. A autoria, motivação e dinâmica do crime serão investigadas pela Delegacia de Polícia Civil do município”, concluiu a instituição.