26 de abril de 2024 20:30

Grupo religioso é alvo de operação do MPMG após suposto esquema de pirâmide

Grupo que atuava em Minas Gerais e outros estados do Brasil atraia investidores com promessas de lucros exorbitantes, mas valor não era pago; Chefe do esquema se apresentava como “Homem de Deus”

Uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em conjunto com a Polícia Civil, realizada nesta quinta-feira (05), desarticulou um esquema criminoso de pirâmide financeira criado para captar recursos de fiéis evangélicos sob a promessa de lucros exorbitantes.

Durante a operação, batizada de “Marcadores da Fé”, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva nas cidades de Unaí, Belo Horizonte, Contagem e  Guanhães, em Minas Gerais, além de Belém/PA e Brasília/DF.

Conforme investigado, segundo MPMG, os membros da organização criminosa utilizavam a fé como principal meio de obter investidores para os supostos serviços financeiros que ofereciam. “O chefe do grupo, inclusive, apresentava-se como “homem de Deus”, honesto e de conduta ilibada. Com sua oratória afiada e se utilizando de passagens bíblicas, jargões de cunho religioso e, até mesmo, músicas gospel, ele conseguia ludibriar as vítimas, convencendo-as a aportarem suas economias nas fraudes”, explica o MPMG em uma nota enviada à imprensa.

Como promessa para convencer os fiéis e possíveis investidores, as empresas do grupo ofereciam serviços financeiros com rentabilidade acima do padrão, sob a promessa de juros remuneratórios de 8,33% ao mês para pessoa física e de 10% ao mês para pessoa jurídica. No entanto, a remuneração era ilusória e, na realidade, o dinheiro investido ficava concentrado em quem estava no topo do esquema.

Os detalhes da investigação serão repassados às 14h, em uma coletiva de imprensa que será realizada no município de Unaí, no Noroeste de Minas Gerais.

O cumprimento dos mandados de busca e prisões preventivas, outras medidas cautelares e as investigações contaram com apoio do Gaeco Central de Belo Horizonte, dos Gaecos regionais de Pouso Alegre e Governador Valadares, da Central de Apoio Técnico do MPMG, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária, da Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos, além da Polícia Militar, dos Ministérios Públicos do Pará e do Distrito Federal e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Mercadores do Templo

O nome da Operação faz alusão ao momento bíblico em que Jesus expulsa do Templo de Jerusalém os mercadores que estavam usando a casa de Deus para fazer negócios e roubar o povo.

FONTE O TEMPO

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