Quase 30 depois, os moradores de Congonhas, na região Central de Minas, foram novamente atacados ontem (23) por uma nuvem de poeira que tomou conta da cidade durante o dia. Novamente o fenômeno se repetiu no início da estiagem provocado pelas mineradores.
As empresas já foram notificadas do crime ambiental em outras ocasiões. Há mais de 40 dias, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) alertou sobre que a situação situação do ar em reunião com a representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e de mineradoras.
Qualidade do ar
O monitoramento do ar, que é exigido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), é feito diariamente e de forma contínua e automática por meio de uma rede instalada desde 2017 em diversos pontos da cidade. Um encontro ocorreu na Romaria, com o objetivo de propor ações conjuntas com os empreendimentos da região para diminuir os efeitos negativos das emissões de materiais particulados que provocam danos à saúde da população de Congonhas.
“Conseguimos visualizar muitas ultrapassagens acima do padrão com a confirmação de um comportamento distinto entre os períodos secos e chuvosos”., salientou a representante da FEAM, Priscila Koach, em sua explicação sobre o diagnóstico, reforçou a necessidade de ações mais eficazes, principalmente nos períodos mais secos, que são os mais críticos em Congonhas.
A equipe técnica da SEMAD em visita às empresas concluiu que o sistema atual de “Lava Rodas” não tem eficiência no controle da sujeira dos veículos. De acordo com Ana Gabriela, os veículos sujos são um dos principais disseminadores de partículas que contribuem para a piora da qualidade do ar. Na oportunidade, a Prefeitura de Congonhas apresentou para as empresas um protótipo com melhorias para o sistema de “Lava Rodas”.