Segundo relator da proposta, Auxílio Emergencial de R$ 200 será anexado ao de R$ 400 e contará com cinco parcelas
Agora é oficial. O plano do Governo Federal é mesmo retomar os pagamentos de um auxílio emergencial ainda este ano. O benefício será no valor de R$ 200 e será anexado ao saldo do Auxílio Brasil, que hoje paga um patamar mínimo de R$ 400. Serão cinco parcelas pagas entre os meses de agosto e dezembro deste ano.
A quantidade de pagamentos do adicional do auxílio emergencial pode ter frustrado algumas pessoas. Afinal de contas, o próprio Governo Federal chegou a cogitar a possibilidade de iniciar as liberações do benefício complementar já no próximo mês de julho. No entanto, o plano agora é seguir com os repasses apenas a partir de agosto.
Dessa forma, o Auxílio Brasil de R$ 400 segue sendo pago normalmente neste mês de junho e volta em julho com o mesmo valor. Além disso, a tendência é que a quantidade de usuários aptos ao recebimento também não sofra grandes alterações para o próximo mês, de modo que o repasse seguirá sendo feito para pouco mais de 18 milhões de pessoas.
O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) confirmou as informações. De acordo com ele, o Governo está preparando os últimos detalhes para a votação no Congresso. “O sentimento no Senado foi ecoado junto ao relator para que esse espaço fiscal fosse melhor canalizado para mitigar os efeitos da crise social”, disse ele.
Número de usuários
O relator confirmou ainda outra informação que havia sido divulgada inicialmente na imprensa. O número de usuários do Auxílio Brasil deve aumentar. O foco do Governo Federal é zerar a fila de espera o quanto antes neste momento.
As informações sobre a quantidade de usuários que estão ainda na lista de espera são desencontradas. No entanto, tanto o Ministério da Cidadania como a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) concordam que o número de brasileiros nesta situação vem aumentando nos últimos meses.
O plano do Governo é selecionar pouco mais de 1,6 milhão de indivíduos para o recebimento do benefício a partir do segundo semestre. A preferência na seleção será dada para as pessoas que fazem parte da fila de espera neste momento.
Auxílio Brasil
O senador Fernando Bezerra Coelho disse ainda que o Governo terá que acionar o dispositivo de período de calamidade pública. Em tese, o sistema daria poderes para que o Planalto gastasse sem se preocupar com o teto de gastos.
“A edição de novos programas é possível desde que presentes as condições que justifiquem o estado de emergência. […] Nós estamos ampliando o gasto com programas tendo em vista o estado de emergência provocado pela crise dos combustíveis. Essa crise está se abatendo sobre todos os países do mundo”, disse Bezerra Coelho.
Com o país em estado de emergência, os aumentos que o Governo pretende fornecer estariam garantidos. Neste caso, existiria um impacto não apenas para o Auxílio Brasil, mas também para o vale-gás nacional que pode passar de R$ 53 para R$ 120 também no segundo semestre.
Além disso, o Governo Federal também pretende pagar um voucher de R$ 1 mil para os caminhoneiros autônomos. De acordo com Coelho, o objetivo do Planalto é atender pouco mais de 900 mil trabalhadores da categoria também por um período de cinco meses.
FONTE NOTICIAIS CONCURSOS