Shows, Roda de Conversa e oficinas marcam a programação do festival que, pelo primeira vez, chega a Ouro Branco. Atividades acontecerão no período de 09 a 12 de julho
Em 2022, quando completa duas décadas, o Festival Internacional de Jazz de Ouro Preto – Tudo é Jazz – festival de jazz pioneiro em Minas Gerais – extrapola suas atividades da sua terra natal e chega até Ouro Branco. O festival vai agitar a cidade no período de 09 a 12 de julho, com shows, rodas de conversa e oficinas, tudo gratuito.
SHOWS
O Projeto Brasil – formado por Célio Balona no acordeon, Clóvis Aguiar ao piano e Mílton Ramos no contrabaixo acústico – é um dos shows marcados para o sábado, dia 09, às 18 horas, no Casarão (Praça Santa Cruz- Centro). Os músicos se dedicam à releitura de grandes compositores brasileiros e composições próprias através de arranjos modernos e criativos, com uma sonoridade exclusiva e instigante com formação não convencional de piano, teclados, acordeon e contrabaixo acústico.
No repertório, clássicos de Tom Jobim, Edu Lobo, Cartola, Ivan Lins, Chico Buarque, Vinicius de Moraes, Heitor Villa Lobos, Noel Rosa, Gonzaguinha, Milton Nascimento, Astor Piazzolla etc.
Também no dia 09 (sábado), às 20 horas, será a vez do SambaPretoChoroJazZ, que reúne alunos da Escola de Música Samba Preto Choro Jazz, de Ouro Preto, tocando instrumentos construídos pelos próprios estudantes, fazendo um som extremamente original.
SambaPretoChoroJazZ surgiu em 2014, quando os músicos Diego Fernandez e Cássio Marcelo fundaram a banda “SambaPretoChoroJazZ: o Tributo a Chico Rei”. Unindo o preto, samba, choro e jazz, musicalmente, resulta-se em um acontecimento social, artístico e estético. O grupo tem a sua essência rítmica e melódica inspirada nos tambores e batuques brasileiros, que revivem, misturam e recriam, em sua linguagem, a valiosa herança artística e musical da ancestralidade afro-brasileira. Músicas instrumentais, repertório variado e arranjos arrojados surpreendem os ouvintes, homenageando a figura emblemática de Galanga, o ex-escravo que voltou a ser Rei em Vila Rica de Ouro Preto (MG) e proporcionou uma das maiores libertações de escravos no Brasil colonial. O Chico Rei do Reisado, do Congado.
RODAS DE CONVERSA E OFICINAS
O renomado estilista Ronaldo Fraga estará em Ouro Branco no próximo domingo, dia 10/07, para ministrar uma oficina sobre criação de ecobags e produtos culturais, usando a música como inspiração para a produção do vestir e do artesanato. A oficina será no dia 10 de julho (domingo), às 09 horas, no Instituto Vem Ser – Rua Santo Agostinho S/N – Centro.
Já nos dias 11 e 12 de julho (terça e quarta-feira), sempre às 19 horas, também no Instituto Vem Ser, profissionais da SENAC ministrarão oficinas gratuitas focadas no turismo.
No dia 11 (terça) será a vez dos interessados assimilarem informações sobre o setor turístico e estratégias de retenção de clientes, design, branding, gestão, inovação, tecnologia, investimento e leis e normas de inovação. A oficina Inovação no Turismo será conduzida pelo facilitador do Senac, Felipe Reginaldo de Assunção.
Já a oficina de Marketing Pessoal, com o facilitador do Senac, Gerson de Alberto de Paula será no dia 12 (quarta-feira) e os participantes terão a oportunidade de receber informações sobre posicionamento e imagem pessoal que transmite credibilidade, confiança e seriedade para empregabilidade.
Os mestres ferreiros Diego Fernandez e Marcos Cecéu também terão presença marcante na programação em quatro momentos no dia 09 de julho: roda de conversa, oficina de forja de tambores a partir do ferro e aula de percussão e tambores, além do show SambaPretoChoroJazZ.
A Oficina de Forja de tambores a partir do ferro e a aula de percussão e tambores vão oferecer a experiência dos Worksongs e dos Vissungos, através dos ritmos no Tambor e do trabalho do ferro na Forja.
Os Worksongs são músicas afro-estadunidenses que desembarcaram por lá no período da escravidão. Eram melodias cantadas em seus trabalhos, utilizadas para coordenar o tempo, para passar informações e vivências e para tornar-se um pouco mais leve sua execução. Os Worksongs formam raízes importantes e essenciais do jazz e do blues.
Os Vissungos são músicas afro-brasileiras, em língua africana que foram utilizadas principalmente nos serviços de mineração em Minas Gerais. Essa tradição se perpetua até os dias de hoje, nos festejos e nas cantorias diárias.
A compreensão da cultura do trabalho em ferro é extremante importante para que se compreenda a formação da cultura brasileira. O africano trouxe para o Brasil toda a sabedoria técnica e filosófica desta arte milenar. As relações com o trabalho em ferro na forja transcendiam a materialidade e se expressava também no mundo cósmico e sensorial.
Para participar das oficinas gratuitas é necessária a inscrição prévia, que deve ser feita pelo email: [email protected] ou pelo Whatsapp: 31- 99793-5254.
TUDO É JAZZ
Considerado um dos maiores festivais de jazz do país e eleito entre os 10 melhores do mundo pelo selo de qualidade da prestigiada revista norte-americana Down Beat, o Tudo é Jazz fará homenagem à sua idealizadora, Maria Alice Martins (agosto 1951 – novembro 2020) e tributo a Frank Sinatra. Assina a curadoria do festival, o pianista e compositor Tulio Mourão e a direção geral é de Rud Carvalho.
O Tudo é Jazz é realizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura e apresentado pela Gerdau e conta também com o aporte do Instituto Cultural Vale. A Gerdau também é patrocinadora do festival por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. O festival conta ainda com apoio das prefeituras de Ouro Preto, Ouro Branco, Congonhas e Itabirito.