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Quatro pessoas são presas em operação de combate a furto de minério de ferro em MG

Segundo a Polícia Civil, organização criminosa furta minério de ferro de empresas da Região Central do estado. Produto é revendido para grandes siderúrgicas por até R$ 600 a tonelada

Quatro pessoas foram presas e cinco veículos foram apreendidos em Itatiaiuçu, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em uma operação de combate ao furto de minério de ferro desencadeada pela Polícia Civil.

Segundo as investigações, a organização criminosa tem cerca de 15 integrantes. Eles invadem empresas mineradoras nas cidades de Barão de Cocais e Catas Altas, na Região Central de Minas, durante a madrugada, com maquinário próprio, e furtam o minério já extraído.

De acordo com a polícia, os suspeitos usam radiocomunicadores para driblar a segurança das empresas e, em alguns casos, atiram contra vigilantes.

Os criminosos levam o material em caminhões e vendem para pequenos receptadores, que revendem o produto para grandes siderúrgicas. A estimativa da Polícia Civil é que, por madrugada, eles carreguem sete a oito caminhões, com 20 a 30 toneladas de minério de ferro cada.

“As investigações apontam que são diversos receptadores em várias comarcas de Minas Gerais e que o pessoal que está furtando esse minério vende a um dos receptadores por R$ 150 a tonelada. Os receptadores vendem às grandes siderúrgicas por volta de R$ 500 a R$ 600 a tonelada, e cada motorista recebe R$ 90 por tonelada transportada”, afirmou o delegado João Prata, do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), em coletiva realizada nesta quarta-feira (31).

Veículos apreendidos pela Polícia Civil em operação de combate ao furto de minério de ferro — Foto: Thiago Phillip/ TV Globo

Veículos apreendidos pela Polícia Civil em operação de combate ao furto de minério de ferro — Foto: Thiago Phillip/ TV Globo

De acordo com ele, a prioridade da polícia, agora, é identificar as grandes empresas compradoras do minério, que fomentam a prática criminosa.

“Acreditamos que algumas dessas siderúrgicas possam, sim, estar sendo beneficiadas devido à falta de regulamentação fiscal, de nota fiscal e da tributação”, disse Prata.

As investigações continuam para identificar também os demais integrantes da organização criminosa. A princípio, os suspeitos podem responder pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado e adulteração de veículo.

FONTE G1

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