O lafaietense, o Mestre Ceramista Rosemir Hermenegidio, participa até dia 10, da Exposição “Capa de Discos” cuja curadoria é do estilista e artista plástico, Honegério. Com 93 participantes, o concorrido evento reúne uma gama de artistas de diversas áreas e segmentos culturais que recriaram, dentro de seus elementos artísticos, as capa de discos que marcaram época, desde os clássicos do rock e Jazz que vão desde Pink Floyd, Supertramp, Frank Zappa, Michael Jackson, Velvet Underground até grupos e nomes consagrados da MPB como Clara Nunes, Milton Nascimento, Gal Costa, Zé Ramalho, Beto Guedes, Cazuza, Tom Zé, Caetano Veloso, Titãs dentre tantos outros.
Segundo o Curador, em 2022, completam-se 83 anos em que foi criada a primeira capa de disco de vinil, em Nova York. Em 1939, Alex Steinweiss levou um fotógrafo até a Rua 45th, local do famoso Imperial Theater, e convenceu o dono do estabelecimento a mudar o letreiro, colocando o nome do disco no lugar. Com as letras devidamente posicionadas, foi só esperar o cair da noite, acender as luzes, e o cenário estava pronto. Surgia ali, um novo padrão para discos, com novos significados dados ao produto.
As capas de discos seriam, a partir de então, criadas por artistas plásticos, desenhistas, designers, fotógrafos, entre outros. Pensando na criação dessa mostra, vêm-me à lembrança capas de discos que pintei em camisetas nos anos 80. Além de várias capas para minhas coletâneas em fitas cassete e Cds e também as que presenteio aos amigos.
“Tive a ideia de convocar artistas plásticos, fotógrafos, designers, estilistas, arquitetos, entre outros, para recriar suas versões das capas de disco que cada um mais gosta. E assim, comemorar as oito décadas de criações desta arte que sempre encantou milhares de pessoas em todo o mundo! E o resultado foi surpreendente”, contou Honegério.
Mestre ceramista
Rosemir escolheu a capa do lendário disco do conjunto americano GUNS N´ ROSES, devido ser fã do grupo e identificar-se com armas de fogo. “Sou militar reformado e gosto das armas, o formato e suas funções (proteção da vida em legítima defesa). Gosto das plantas, flores e das rosas, onde aplico em minhas obras. E ao ver a capa do disco retratei com o máximo de perfeição e riquezas de detalhes para a confecção da obra.
Aos 53 anos de idade, o artesão lafaietense é ”Mestre” da Cerâmica Saramenha com aprendizado diretamente com o Mestre Bitinho, último detentor da arte Saramenha no Brasil.
Rosemir iniciou o aprendizado em 1985 na cidade de Ouro Branco. Capacidade técnica reconhecida pelo Centro de artesanato Mineiro BH/MG (CEART), após exposição de 50 anos do CEART, ele foi reconhecido como mestre da Cerâmica Saramenha através de catálogo da instituição de referência para o artesanato tradicional e arte popular de Minas Gerais.