“A vivência catastrófica das enchentes nos proporcionou experiências para enfrentar possíveis desafios e adversidades “. Assim explicou o Prefeito de Congonhas, Cláudio Dinho (MDB), em sua primeira entrevista coletiva de seu mandato, ocorrida na Romaria, nesta manhã (24), com a imprensa local e regional sobre os impactos e os desdobramento das inundações do início de 2022 e o planejamento para enfrentar o período chuvoso. O gestor citou a possibilidade de aumento de novas precipitações pluviométricas, conforme previsões, com a intensidade de chuvas ainda neste ano e em 2023.
Segundo estimativas apresentadas, a prefeitura já investiu mais de R$ 70 milhões do total previsto de R$100 milhões em obras, programas sociais no socorro a mais de 320 famílias desalojadas e a economia local. Ele também discorreu sobre o planejamento estratégico e a criação de um núcleo envolvendo as mais variadas secretarias.
Defesa social e Obras
O Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Gláucio Ribeiro, enumerou as ações desenvolvidas nas enchentes de janeiro, quando foram retiradas das ruas mais de 6 mil toneladas de barro e lixo, a desobstrução de ruas em uma “operação de guerra” que envolveu equipamentos e máquinas da prefeitura e de empresas.
A Secretária Municipal de Obras, Simone Magalhães relatou o gabinete de crise criado em janeiro para enfrentar as enchentes e os problemas geológicos no pior ambiente já vivenciado pela Cidade dos Profetas nos últimos 50 anos que provocou esforço concentrado e intersetorial tanto público, privado e o voluntariado.
O Secretário Adjunto, Roberto Ganso, relatou os investimentos em obras, como gabiões, cortinas atirantadas, contenções, melhorias de acessos em diversos bairros. “Dos 300% do que precisávamos investir em obras fizemos apenas 20%. Há muito a ser fazer para controlar os impactos e minimizar os possíveis efeitos vindouros de enchentes. Há muito ainda muito a investir em obras e em especial em drenagem, um dos piores desafios de Congonhas para os próximos 10 anos para podermos enfrentar deslizamentos e inundações. São problemas históricos que agora estamos buscando soluções”, pontuou.
Libertad Lamarque, Secretária Municipal de Assistência Social, fez um balanço de investimentos, ajuda humanitária e acolhimento aos desabrigados e desalojadas. Ela elogiou o envolvimento das empresas na assistência ao Município, em um dos maiores dramas sociais já presenciados na cidade. “Em 7 dias a cidade foi limpa e graças a credibilidade do prefeito Dinho nós conseguimos um apoio imprescindível das empresas em equipamentos, cestas básicas, etc. Tivemos uma ação pró ativas de diversos órgãos para salvar vidas”, assinalou.
Ela citou a importância social e econômica dos programas de socorro e auxílio financeiro que beneficiou com R$7 mil cerca de 1.150 famílias e agora a adesão do município ao Recupera Minas, do Governo do Estado, que destinará R$1,2 mil para 1.700 famílias atingindo mais de 5,4 mil pessoas. Isso sem contar com o auxílio de R$ 10 mil para os micro e pequenos comerciantes atingidos pelas inundações para recuperar e impulsionar seus negócios e fomento a economia.
Programa de moradias
A Prefeitura já está em fase de elaboração final do maior programa de habitação no qual serão erguidas 160 unidades e atender inclusive os moradores em áreas de riscos impedidos de retornar aos seus antigos lares após as enchentes. “Promovemos o maior pacote de obras e investimentos sociais em Congonhas para enfrentar esta catástrofe”, arrematou Cláudio Dinho.