2 de maio de 2024 17:18

Drama sem fim em Lafaiete mães buscam solução para transporte escolar de filhos com deficiência; “todos os anos é a mesma situação”, desabafam

A partir de hoje (8) cerca de 80 alunos com deficiência não terão o transporte escolar público. A denúncia foi encaminhada por um grupo de mães, ligadas a Associação das Mães Unidas pela Pessoa com Deficiência (AMUPD), à Câmara de Vereadores. No documento, a ONG informou que os motoristas da COPERLAF, empresa responsável pelo transporte dos estudantes, não mais ofertarão o serviço, já que o contrato com a prefeitura não foi renovado. “Infelizmente não temos o que comemorar mas de lutar por nossos direitos que estão sendo negligenciados. Esta é nossa realidade! Mas vamos continuar lutando por nossos filhos. Todos os anos passamos por este martírio. Parece que estamos pedindo favor”, criticaram um grupo de 10 mães presentes na reunião da Câmara nesta terça-feira quando foram buscar uma solução para o problema do transporte e a solidariedade dos vereadores.

Um outro contingente de alunos, cerca de de 70, atendidos por outras empresas, estão com o transporte regular. As mães da AMUPD estarão hoje na Procuradoria do Municípios para buscar uma solução para retomada do transporte escolar. Há também informações de que os alunos de Buarque de Macedo

As mães lamentam também a demora na contratação dos Monitores de Inclusão Escolar, profissional que atua que atua com estudantes com deficiência, acompanhando e auxiliando no desenvolvimento de suas atividades acadêmicas.

Buarque

Nossa reportagem recebeu denúncia de que crianças entre 4 a 5 anos da zona rural de Buarque de Macedo também não virão à escola por falta de transporte escolar.

Sessão

Mas na sessão, os vereadores não pouparam de críticas a administração. “Parece que estamos fazendo papel de bobo nesta Casa. Eles sabem que todos os anos no início do ano letivo é esta má vontade com este grupo que mais precisa do amparo e apoio do poder público. Ao contrário, são tratados com má vontade. Já não basta o que os pais passam dia a dia com seus filhos especiais e agora são obrigados a passar por este constrangimento de deixar suas casas para valer seus direitos básicos”, disparou João Paulo Pé Quente (União Brasil). “É muito sofrimento para estes pais que já sofrem com o olhar discriminatório”, assinalou Sandro José (Mais Brasil). “Até apreensão de van escolar que transportava deficientes ocorreu”, disparou Giuseppe Laporte (MDB). “Infelizmente estão usando as mães para fazer politicagem. É um desrespeito total da atual gestão. Isso chega a ser humilhante. Elas parecem que estão mendigando um direito. Nós temos que nos unir e exigir que o prefeito resolva hoje esta situação. Que pegue os carros da prefeitura e coloque para buscar os alunos”, disparou Pedro Américo (PT). “Esta situação é revoltante e desumana. Falta empatia da administração. Tudo, como se diz, é para a semana que vem”, finalizou Erivelton Jayme (Mais Brasil).

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