Pais tomam Câmara e prefeito diz que até segunda-feira transporte para pessoas com deficiência terá solução; vereadores fazem retratação

Pais tomaram o plenário da Câmara na noite de ontem (9) com faixas e com bocas tampadas por fita em protesto sobre falas preconceituosas emitidas por vereadores na sessão de terça-feira (7). Entre elas estava: “fazer careta para cego”. O protesto silencioso foi uma maneira de cobrar uma reparação. O Vereador João Paulo Pé Quente (União Brasil) fez um mea culpa. “Em momento algum quis ofender as mães e eu também tenho um irmão com deficiência em casa. Eu sei o que todos vocês passam. Usei uma frase que é da linguagem popular e reconheço que ela é carregada de preconceito. Peço desculpas a todos”, assinalou. “Eu faço parte da luta de vocês e estou do lado de vocês em suas demandas. A situação tem de ser resolvida de um jeito ou outro”, completou. O Presidente da Câmara, o Vereador Vado Silva (DC) também concordou que o ditado soa como viés discriminatório. “Foi mal colocado. Eu usei de sátira, mas sei que errei, mas nada com má intenção”.

Transporte

Pela segunda vez na semana, o movimento dos pais reivindica a regularização do transporte para cerca de 80 crianças, interrompido deste terça-feira, como também a contratação dos Monitores Especiais de Educação (MEI’s). “Temos que exigir uma solução para estes pais. Isso é uma obrigação do prefeito”, pontou Pedro Américo. A sessão de ontem foi concorrida com as presenças do Senador Carlos Viana (Podemos) e de seu filho, o Deputado Federal Samuel Viana, que vieram hipotecar apoio as demandas de Lafaiete no Congresso Nacional.

Os dois políticos conversaram diretamente com o grupo de mães, ouvindo suas demandas e o drama por que elas passam em Lafaiete. Durantes os discursos, as mães levantam e mostraram os cartazes com frases de cobranças direcionadas ao Prefeito Mário Marcus (União Brasil) que também esteve presente. “Acredito que o prefeito vá atender a todas as vocês já que é legitima a reivindicação”, provocou Carlos Viana.

Prontamente e na frente do público, o gestor informou que até segunda-feira apresentará uma solução para o transporte para as pessoas com deficiências. “A gente acredita só vendo. Todos os anos é a mesma situação e somos obrigados a brigar por nossos direitos. Vamos aguardar a solução definitiva mas com certa desconfiança”, disse um mãe e nossa reportagem após a sessão da Câmara.

Ao final da sessão, o Vereador João Paulo pediu que constasse em ata a promessa do prefeito em solucionar o transporte público até na segunda-feira (13).

Drama sem fim em Lafaiete mães buscam solução para transporte escolar de filhos com deficiência; “todos os anos é a mesma situação”, desabafam

A partir de hoje (8) cerca de 80 alunos com deficiência não terão o transporte escolar público. A denúncia foi encaminhada por um grupo de mães, ligadas a Associação das Mães Unidas pela Pessoa com Deficiência (AMUPD), à Câmara de Vereadores. No documento, a ONG informou que os motoristas da COPERLAF, empresa responsável pelo transporte dos estudantes, não mais ofertarão o serviço, já que o contrato com a prefeitura não foi renovado. “Infelizmente não temos o que comemorar mas de lutar por nossos direitos que estão sendo negligenciados. Esta é nossa realidade! Mas vamos continuar lutando por nossos filhos. Todos os anos passamos por este martírio. Parece que estamos pedindo favor”, criticaram um grupo de 10 mães presentes na reunião da Câmara nesta terça-feira quando foram buscar uma solução para o problema do transporte e a solidariedade dos vereadores.

Um outro contingente de alunos, cerca de de 70, atendidos por outras empresas, estão com o transporte regular. As mães da AMUPD estarão hoje na Procuradoria do Municípios para buscar uma solução para retomada do transporte escolar. Há também informações de que os alunos de Buarque de Macedo

As mães lamentam também a demora na contratação dos Monitores de Inclusão Escolar, profissional que atua que atua com estudantes com deficiência, acompanhando e auxiliando no desenvolvimento de suas atividades acadêmicas.

Buarque

Nossa reportagem recebeu denúncia de que crianças entre 4 a 5 anos da zona rural de Buarque de Macedo também não virão à escola por falta de transporte escolar.

Sessão

Mas na sessão, os vereadores não pouparam de críticas a administração. “Parece que estamos fazendo papel de bobo nesta Casa. Eles sabem que todos os anos no início do ano letivo é esta má vontade com este grupo que mais precisa do amparo e apoio do poder público. Ao contrário, são tratados com má vontade. Já não basta o que os pais passam dia a dia com seus filhos especiais e agora são obrigados a passar por este constrangimento de deixar suas casas para valer seus direitos básicos”, disparou João Paulo Pé Quente (União Brasil). “É muito sofrimento para estes pais que já sofrem com o olhar discriminatório”, assinalou Sandro José (Mais Brasil). “Até apreensão de van escolar que transportava deficientes ocorreu”, disparou Giuseppe Laporte (MDB). “Infelizmente estão usando as mães para fazer politicagem. É um desrespeito total da atual gestão. Isso chega a ser humilhante. Elas parecem que estão mendigando um direito. Nós temos que nos unir e exigir que o prefeito resolva hoje esta situação. Que pegue os carros da prefeitura e coloque para buscar os alunos”, disparou Pedro Américo (PT). “Esta situação é revoltante e desumana. Falta empatia da administração. Tudo, como se diz, é para a semana que vem”, finalizou Erivelton Jayme (Mais Brasil).

CPI que apura omissão na falta de transporte público segue seus trabalhos

No dia 6 de maio, foi instituída a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apuração da “ Prestação de serviços de transporte coletivo no Município de Conselheiro Lafaiete” em razão da fiscalização precária e/ou inexistente do serviço prestado conforme contrato de concessão de transporte público, por parte do Poder Executivo, que pode ter comprometido a prestação de serviço com qualidade; da não realização de licitação em tempo hábil para que o município não ficasse sem a prestação do serviço e do impacto negativo com a ausência/precariedade de atendimento aos usuários do serviço de transporte, que estão sendo obrigados a se aglomerar em vans escolares, que foram adotadas como serviço paliativo pelo Poder Executivo.

A comissão tem prazo de 120 (cento e vinte) dias para apuração dos fatos e apresentação do Relatório Final.


Diante ao exposto, esclarecemos:
 A CPI Transporte Coletivo, continua realizando reuniões semanais, inclusive no último dia 11 de agosto colhemos mais dois depoimentos e ainda estamos solicitando alguns documentos da Viação Presidente e da Prefeitura Municipal.
 Está sendo realizado um trabalho minucioso, dedicado a apuração e análise dos fatos, com muita responsabilidade. Não é possível repassar um detalhamento do que já apurado, pois a CPI está sob sigilo.
 Não está sendo cogitada a apresentação de um relatório parcial, somente o Relatório Final no encerramento dos trabalhos.

Sem salários, funcionários da Presidente mantém paralisação amanhã; prefeitura dá ultimato a empresa para retomar transporte

Os funcionários, entre eles motoristas e cobradores da Viação Presidente, permanecem nesta quinta-feira (30) com suas atividades paralisadas pelo segundo dia consecutivo. Com salários atrasados, eles pleiteiam a regularização dos seus direitos. Durante esta quarta-feira (29) reuniões entre as duas partes tentaram um acordo para a volta ao trabalho, mas os funcionários, insatisfeitos e desconfiados da empresa, não abrem mão do retomada das atividades, somente com o pagamento de seus salários.

Terminal rodoviário totalmente vazio nesta manhã em Lafaiete/CORREIO DE MINAS

Segundo o Presidente do Sindicado dos Rodoviários de Lafaiete, Ivanildo Abranches, informou que a categoria está unida, mas a empresa alega que não tem saldo em caixa para quitar a dívida com os seus funcionários.

Ultimato

O Prefeito Mário Marcus (DEM) disse a nossa reportagem que é de responsabilidade contratual que a empresa mantenha ao menos 40% da frota circulando para não prejudicar a população. Em nota divulgada, Prefeitura “apertou o calo” da empresa e exigiu a retomada imediata do serviço do transporte público sob pena de medidas administrativas e judiciais. A prefeitura atribuiu total responsabilidade pelo caos no transporte público a Viação Presidente e eximiu os trabalhadores de qualquer culpa pela paralisação.

“Em decorrência da notícia de paralisação do transporte público na cidade, não comunicada oficialmente pela empresa ao Poder Público Municipal, o Secretário de Defesa Social e o Diretor do Departamento Municipal de Trânsito compareceram imediatamente à sede da empresa Viação Presidente a fim de buscar informações sobre a ocorrência.
“Diante das informações e da gravidade da situação, o Município, nesta mesma data de 29 de julho de 2020, notificou extrajudicialmente a empresa objetivando a retomada imediata dos serviços do transporte de passageiros, sob pena de tomada das medidas administrativas e judiciais cabíveis, visando evitar qualquer prejuízo aos munícipes e usuários do transporte,” adverte a nota da prefeitura.

Leia mais

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.