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Fernanda Takai conta detalhes de sua trajetória artística e carreira musical em um bate papo  

O mês de março marca o início da agenda cultural 2023 do Museu de Congonhas. Para começar esta programação de um jeito especial, o formato de bate-papos musicais – que marcaram a história do museu recebendo grandes nomes da música brasileira – está de volta. Nesta nova temporada, recebeu na noite de ontem (8), para uma conversa sobre música, literatura e sua trajetória com a vocalista do Pato Fu, a super competente, Fernanda Takai, cuja banda completa 30 anos de estrada em 2023 e prepara novos projetos e uma turnê nacional para comemorar a data.

Durante mais uma hora, ela cantou 6 músicas de um repertório variado que incluiu Nara leão e Tom Jobim ( sem canções do Pato Fu) e encantou o público com sua voz singular, sua gentileza, seu sorriso, sua franqueza, jeito irreverente e sua docilidade “A música é um elemento vital para mim”, pontuou durante o bate papo, citando a importância da arte na sua vida diária. “Ouço música o dia inteiro”, comentou indicando Rita Lee com uma de suas referências em sua formação.

Nascida em Serra do Navio no Amapá, passando pela Bahia, ela se estabeleceu bem cedo com seus pais em Minas e aqui fez história. Muito retraída e introspectiva, eles resolveram coloca-la em aula de música e foi aí que seu talento desabrochou.

Formada em Comunicação pela UFMG, ela escolheu a música ao invés da carreira em uma agência de publicidade e decidiu seguir os passos na estrada com o Pato Fu nos anos 90. “De indie ganhamos o mercado musical com vários CD”s lançados, shows e agenda lotadas”, contou. Hoje ela segue carreira solo e investiu na literatura com a publicação de diversos livros, trabalhos musicais e colunista de jornais e revistas. Já ganhou diversos prêmios como o Jabuti, em 2017, com a obra infantil “Cabelo de Menina”. Clarice Lispector, Fernando Sabino, Drummond, Saramago e Cecília Meireles são suas inspirações na literatura.

Dona de carreira eclética, jeito descolado, mas prezando por valores tradicionais, ele chegou a gravar um CD de inéditas com o guitarrista Andy Summers (The Police) em 2012. Lançou 20 álbuns, 9 DVDs e tem 4 livros publicados. E foi um grande papo em pleno Dia Internacional da Mulher. A mediação do bate papo foi de Pablo Osório. Camila Lordy acompanhou Fernanda Takai na apresentação.,

O projeto “Sou do Mundo, sou Minas Gerais”, tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale através do Projeto Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), contando com o apoio da Prefeitura Municipal de Congonhas e sé realizado pela Fumcult e pelo Museu de Congonhas. A próxima edição acontece no dia 15 de abril com o músico, arranjador, regente, pianista mineiro, Wagner Tiso. Agende aí!

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