27 de abril de 2024 05:41

Presídio de Congonhas vira modelo de reinserção social em Minas com apoio da prefeitura; fabricação de blocos vai calçar 42 km

Os prefeitos de Carangola e de Faria Lemos, cidades da Zona da Mata mineira, e o Deputado Estadual Rafael Martins (PSD) vieram a Congonhas para conhecer a fábrica de artefatos de cimento montada no Presídio da cidade. A fábrica foi montada no ano passado pelo Governo Municipal em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais para promover a ressocialização dos detentos. O Prefeito Cláudio Antônio de Souza e a Secretária de Desenvolvimento e Assistência Social, Libertad Lamarque acompanharam a visita na unidade prisional.

O prefeito falou sobre a importância destas visitas destacando que os projetos de implantados em Congonhas ganharam repercussão em todo estado de Minas Gerais.”Isso nos enche de muito orgulho, ver que o que está sendo feito em Congonhas pode ser replicado em outras unidades prisionais do Estado”, destacou.
Doze detentos produzem, em média, 1200 blocos de cimento por dia. O material é feito seguindo padrões técnicos que garantem a qualidade do produto e sem desperdícios. Produto este que será utilizado em obras do município. A expectativa do Governo é calçar um total de 42km de vias rurais e municipais com este material ainda em 2023. O primeiro lote de blocos produzidos foram doados para obras que acontecerão na APAE de Congonhas.

A Diretora da Unidade Prisional, Thatiana Neiva comentou que a prática do trabalho representa não apenas uma oportunidade de ressocializar, mas também de humanizar os presos para que quando eles retornem ao convívio social sejam vistos não como criminosos, mas como seres humanos. A diretora destacou que além da fábrica de artefatos, o presídio de Congonhas conta ainda com outras atividades que permitem a redução das penas e a reeducação dos detentos.

“Nós temos cinco modalidades de remissão: por leitura em parceria com o IFMG, por música em parceria com a prefeitura; a fábrica de blocos, o trabalho interno e aguardando a determinação estadual para iniciar as aulas escolares. Ele é o único presídio de Minas Gerais que tem cinco modalidades de redução de pena. Isso é inovador”, comentou.
A Prefeitura fez um investimento primário de pouco mais de 140 mil reais na fábrica de blocos. A produção acontece de segunda a sexta-feira. A cada dia trabalhado, os detentos tem direito a remissão de um dia na pena. Também foi montada uma biblioteca dentro do pavilhão carcerário no fim do ano passado e. de acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social (SEDAS), o Governo Municipal aguarda uma posição do Governo do Estado para montar uma fábrica de costura dentro do presídio para atender as demandas do sistema prisional.
E como atividade complementar, a SEDAS informou que vai ofertar nos próximos meses um curso gratuito para a formação calceteiros. Serão ao todo 85 vagas disponibilizadas para a profissionalização da população e 15 vagas para os detentos.

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