A simpática e acolhedora Itaverava comemora hoje 329 anos de fundação e 60 anos de emancipação política hoje (21). Para celebrar a data, a Secretaria Municipal promoveu via redes sociais, promoveu o Vº Concurso de Fotografias “Itaverava para se apaixonar”. O resultado será divulgado em breve.
Ao longo desta terça-feira haverá diversas atividades como a Rua de Lazer para a criançada, entrega de retroescavadeira, missa e show com Geovana Rezende a partir das 20:00 horas na praça principal. Feriado Municipal de 21 de março com muita alegria e diversão!!!
A história
Ciclo do Ouro, Bandeiras, Estrada Real emolduram a cultura itaveravense, terra de notáveis homens e mulheres como Marília de Dirceu, Mestre Ataíde que deixaram registrados seus nomes na história de Minas. Itaverava respira cultura e seus casarões e sua arquitetura são os retratos vivos da memória do Brasil. Itaverava é berço de Minas.
Rodeada por belíssimas montanhas, a cidade possui muitas cachoeiras e misteriosas cavernas, como também possui um valioso patrimônio histórico tombado pelo IPHAN, o Casarão do Padre Taborda. Com escadas e pinturas internas originais, a construção marca o período colonial mineiro.
A Matriz de Santo Antônio também define bem a época do ouro no Brasil. Com seu altar revestido em ouro e pinturas do mestre Athayde em seu teto, é outra grande atração da cidade.
Fundada em 1.694 pelos bandeirantes paulistas, Itaverava originou-se através do ouro, onde o metal brotava da terra do então significado para índios tupi-guarani Ita (Pedra), verava(brilhante). Itaverava hoje conta com grande acervo histórico, mostrando o período áureo da época. Terra de Marília de Dirceu e de tantos outros nomes famosos e de uma rica história, Itaverava hoje guarda em teu seio um monumento. Salve, salve Itaverava! És meu berço e minha terra bem amada.
Marília de Dirceu é uma história de cunho autobiográfico, uma vez que faz referência à paixão vivida pelo inconfidente e poeta Tomás Antônio Gonzaga por Maria Joaquina Dorotéia Seixas ( (1767-1853). Na época, ele com 40 anos e ela com 17, o relacionamento foi completamente desaprovado pela família dela, fato que serviu de inspiração para a obra. Marília de Dirceu é o título da obra poética máxima de Tomás Antônio Gonzaga, integrante do Arcadismo. Ela nasceu e morreu em Ouro Preto, ex Vila Rica, e viveu parte da sua vida em uma fazenda em itaverava, na segunda metade do século XVIII.
Marco e resgate
Em setembro do ano passado, a Prefeitura Municipal de Itaverava, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e o Conselho do Patrimônio Cultural (COMPAC) inauguraram o monumento em que celebra a descoberta da primeira pepita de ouro no Brasil informada a Coroa Portuguesa. Ele estdá situado no núcleo histórico, hoje tombado pelo município, e foi executado pelo piranguense, Felipe Dias Rodrigues, e tem referências históricas do século XVII. Já a concepção foi de Samuel Loures, e foi levada a aprovação do projeto.
O feito histórico, narrado no livro “Boa Ventura: a Corrida do Ouro no Brasil, do autor Lucas Figueiredo”, conta que o Bandeirante Bartolomeu Bueno de Siqueira, que em 1694, ao tentar a sorte de encontrar ouro em Minas, se embrenhou na Bacia do Rio Doce, mais precisamente no roteiro a Itaberaba (pedra brilhante), hoje Itaverava, e apurou 43 gramas de ouro em suas bateias.