4 de maio de 2024 13:42

Audiência pública discute poluição de nascentes no Pires e qualidade da água para os mais de 2 moradores

Os mais de 2 mil moradores do Pires, em Congonhas, se mobilizam para resolver o problema de abastecimento e qualidade da água na comunidade. Há mais de uma década o bairro sofre com a insegurança hídrica e poluição das nascentes pela mineração que abastecem as residências. Hoje (23), a partir das 18:00 horas, na quadra escola na Escola Odorico Martinho da Silva, acontece audiência pública para discutir e propor uma solução definitiva para o problema que há mais de uma década aflige os moradores. Foram convidados representantes da CSN e Ferro + Mineração. Já a Câmara também aprovou a contratação de um engenheiro ambiental para a realização de um estudo técnico dos impactos sofridos nas nascentes do PIRES, causado pela exploração mineral.

Há menos de 20 dias, eles passaram pelo martírio quando as adutoras da CSN e Ferro + se romperam levando as casas água barrenta e carregada de minério. Acaso desejassem consumir água para alimentação ou higiene pessoal os moradores foram obrigados a comprar galões ao custo de mais de R$10,00. As mineradoras chegaram a oferta de caminhões pipa e ofereceram água potável, mas bem aquém da real necessidade de consumo dos moradores.

O Conselho de Meio Ambiente (CODEMA) se reuniu para discutir o grave problema do abastecimento de água no Pires na segunda feira (13) com a Comissão de Meio Ambiente da Câmara, o Movimento Atingidos pelas Barragens (MAB) e representantes da Associação de Bairro do Pires quando o Vereador Eduardo Matozinhos (PSDB) propôs, caso haja comprovação de contaminação, que as mineradoras abasteçam até a solução do problema a comunidade com água potável.

Em outra frente de atuação, a comunidade deflagrou uma campanha nas redes sociais para a preservação da Serra do Pires, rica em biodiversidade e patrimônio arqueológico. A COPASA também foi convidada, para a discussão. A estatal faz a manutenção no sistema até que o Município decida se irá iniciar a operação e faturamento. A Associação do Pires não quer a cobrança, com isto tem impasse que o Município tem que decidir.

O Ministério Público abriu procedimento para apurar a situação do abastecimento de água no Pires e rompimento das adutores.

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