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Drama, medo e incerteza: há mais de um ano moradores lutam por solução em barranco aberto em rua de Lafaiete

Eram por volta da noite do dia 8 de janeiro de 2022 quando iniciou o drama de diversas famílias que foram obrigadas a deixar seus lares em função de um desastre natural com a queda de um barranco de mais de 100 metros de profundidade interditando ao menos 5 residências na Rua Frei Leopoldo no Bairro Santa Efigênia em Lafaiete.

Em meio ao desespero, moradores tiveram que deixar às pressas com a retirada imediata das mobílias. “Foi um drama”, comentou à época o morador Enir da Silva, que há mais 30 anos mora com a família na via em entrevista a nossa reportagem em setembro de 2022.

Passado o terror inicial de possibilidade de novas quedas, o barranco aberto está ainda intacto e provoca medo e insegurança aos moradores. Desde então eles tentam em vão uma solução para o problema geológico com trincas que não para de abrir com a movimento do terreno. No dia 16 de setembro um grupo de moradores procurou a Câmara para buscar o apoio dos vereadores. Com cartazes e na esperança de uma resposta de um alento ao drama vivenciado diariamente, eles ouviram à época discursos inflamados de apoio e respaldo.

Em setembro de 2022 na Câmara, durante as discussões no plenário, a emoção tomou conta da moradora da Frei Leopoldo, Renata Cordeiro, que soltou lágrimas diante do drama vivido. Sua casa está a menos de 30 metros da cratera. O temor de novos deslizamentos, o medo e a insegurança aterrorizam sua família.

Quando nossa reportagem esteve junto aos moradores, Renata era uma das mais tomadas pela vigília da incerteza. O medo é tanto, que diariamente ela mede com uma tampa de caneta o tamanho da fissura que vai se abrindo no muro da sua casa. “Após a queda do barranco, novas rachaduras foram abrindo na rua e muitas casas, o que significa que há movimentação da terra. Isso nos preocupa e nos deixa apreensivos. Minha vida se encontra baseada em uma tampa de caneta. Sinto como se eu tivesse com prazo de validade para sair daqui. Só quem passa por isso diretamente sabe o quanto é triste e difícil” sentenciou Renata que levou a Câmara um cartaz com um fato que sintetiza o momento pelo qual vem vivenciado.

Nova mobilização

Nesta semana, um pequeno grupo de moradores da Frei Leopoldo estive novamente na Câmara para renovar os protestos de cobrança já que depois de mais de 15 meses eles aguardam uma solução em meio ao temor e a insegurança. “Já ouvimos diversos secretários afirmarem que há o projeto e falta a tal de licitação. Vem a chuvas e elas são uma justifica para não iniciar a obra, mas agora a elas passaram e aguardamos uma posição concreta da prefeitura. Ou vamos esperar por uma nova tragédia? Queremos voltar para nossas casas”, afirmaram os moradores.

Depois de intensa discussão e troca de farpas entre os vereadores, o Líder do Governo, o Vereador João Paulo Pé Quente (União Brasil) acionou via celular o Prefeito Mário Marcus (União Brasil) quando agendada para segunda-feira (10) para os moradores possam buscar uma solução definitiva para a cratera. “É uma situação caótica que precisar de uma ter uma solução. É preciso ouvir o lamento de nosso povo e uma situação constrangedora. Precisamos de empatia com estes moradores”, pontuou o Vereador Pastor Angelino (PP).

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