Congonhas teve a honra de receber no sábado (01) a professora e doutora em história da arte, Myriam Ribeiro, 80, que é referência internacional no barroco e rococó, membro do Conselho Consultivo do IPHAN e uma das maiores pesquisadoras sobre Aleijadinho, no qual o acervo de Congonhas é citado em vários livros de Myriam.
A vinda de Myriam à Congonhas se deu pelo curso de extensão acadêmica “Aleijadinho: o artista e o mito” que está ministrando na Faculdade Dom Luciano, vinculada à Arquidiocese de Mariana, sob coordenação do Padre Edvaldo de Melo, que fez questão de trazer a professora Myriam e toda a turma, com cerca de 30 alunos de várias partes do país, de Minas Gerais e de Congonhas para uma aula presencial do curso.
Myriam disse estar feliz por voltar à Congonhas, lembrando de toda a carreira profissional passando por várias vezes à Congonhas e fez questão de mencionar a doação da coleção de 1.200 livros à biblioteca do Museu de Congonhas, em 2018.
A aula foi realizada em três fases, sendo a primeira dentro da Basílica explicando toda a concepção histórica do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, seus elementos artísticos e fases que diferenciam o rococó do barroco, reverenciando a importância da fé de Feliciano Mendes, idealizador do Santuário. Posteriormente no adro dos 12 Profetas, local da genialidade máxima de Aleijadinho na pedra sabão foi demonstrado cada posicionamento, feição e detalhes artísticos das esculturas.
Na parte da tarde, nos Passos da Paixão de Cristo, Myriam explicou toda forma de confecção das 64 imagens de cedro, bem como a policromia de Mestre Ataíde e o posicionamento das imagens, formando um verdadeiro teatro dentro das 07 cenas dos Passos, nas 06 Capelas.
Padre Edvaldo informa que a Faculdade Dom Luciano está com inscrições abertas para curso de pós-graduação em história da arte ministrado por Myriam.
A visita foi acompanhada pelo Diretor de Patrimônio Histórico, Hugo Cordeiro; a Presidente da FUMCULT, Lana Duarte; a Coordenadora do Museu, Lourdes Maria; Coordenadores do Educativo do Museu, Matheus Velozo, Pablo Osório e José Paulo Osório e o Reitor da Basílica, Cônego Nedson Assis.
Texto: Diretoria de Patrimônio Histórico